Capítulo 53 - Dores inevitáveis

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   Narrado por Bia

   Estou me arrumando para ir na casa da Lua como havia combinado, quando escuto a campainha da minha casa tocar, desço e abro a porta dando de cara com minha mãe.

Eu: Oi mãe - abracei a mesma e dando espaço para ela entra logo após

Maju: Oi amor, como você está? - sorri indo até o sofá com a mesma

Eu: Estou bem - respondi

Maju: Você não parece estar bem. Não precisa fingir que está bem se realmente não está. - respirei fundo

Eu: Mãe..

Maju: Se não quiser não fala , mas eu como sua mãe, sei que está precisando disso - ela me puxou para um abraço

   Ela me apertava acariciando minhas costas, fazendo-me sentir acolhida, e sem ao menos perceber uma dor intensamente forte começou a corroer meu coração. Como se tudo que eu tivesse reprimido estivesse vindo a tona.

Eu: Mãe - tentei falar mas minhas lágrimas foram mais rápidas

   Meu rosto se encaixa perfeitamente na curva de seu pescoço, e chorando a abraço forte

Maju: Eu sei meu amor.. vai passar

Eu: Tá doendo muito mãe - falei chorando - faz parar por favor

Maju: Me dói tanto te ver assim e não poder te dar mais que meu apoio

   Me debrucei a chorar em seu abraço, cada parte de mim sente a Alice, como se estivesse morrendo por dentro, eu tentei meu amor, eu juro Ali! Eu tentei seguir em frente como te prometi, mais dói muito, não sei como seguir a vida sem você...

Eu: Amar ela era como um tiro no escuro, o alvo era quase invisível, mas dessa vez eu era o próprio alvo e agora sinto que a dor e o amor estão ligados

Maju: Eu sei que é difícil de acreditar Bia, mas a dor vai cessar - falou e separei nossos corpos do abraço que estávamos

   Encostei-me no sofá ainda aos prantos, só queria ela comigo... Eu queria ter dito que a amava enquanto pude.

Eu: Esse vazio mãe, ele vai passar um dia?

Maju: Queria tanto dizer que sim, mas não! Você vai sentir para sempre a falta dela aí - apontou para meu peito - mas não vai doer tanto...

Eu: Amar ela dói tanto...

Maju: Eu sei bem meu amor, e se negar a sentir isso só amplifica sua dor... Se permita sentir, amar e sofrer

Eu: Sabe oque mais dói mãe? É sentir que estou traindo ela por querer ele como quero...

Maju: Ela sabia que você amava ele com todas as forças e mesmo assim ela te amava incondicionalmente, não se culpe, ela torce pela sua felicidade

Eu: Não sei se consigo ser feliz sem ela

Maju: Você consegue sim... - puxei ela para outro abraço ainda chorando - Eu queria ser forte como você quando eu perdi a minha melhor amiga, mais eu não fui. Você é muito melhor que eu! Você mesmo disse

Eu: Poxa mãe... Eu ocupo minha mente todos os dias de várias coisas, trabalho, cuidar da vida de pessoas, reality shows, séries, só para não pensar nela e na falta que ela me faz.. Mas a noite quando só está eu e meu travesseiro tudo vem a tona, tomo remédios para dormir e não ter tempo de pensar em como eu sinto falta daquele cheiro, daquelas carícias e até das declarações.

Maju: Eu já perdi muita gente nessa vida, mas não acho que minha dor chegue perto da que você está sentindo agora, tão nova e já sofreu tanto, você e incrível meu amor. E ela era também

Eu: Eu conheci essa pessoa incrível. E ela incrivelmente acabou comigo.

  Fomos interrompidas pelo interfone que tocou, avisando que havia alguém chamando na porta. Levantei-me limpando as lágrimas e seguindo até o banheiro. Passei uma água no rosto para amenizar e sequei o mesmo.
   Ao abrir a porta dou de cara com o Henrique a Catherine em seus braços sorrindo.

Eu: Boa tarde - falei pegando a Cathê para abraçar-la

Cathê: Oi tia - me beijou na bochecha

Ph: O que foi Bia? Suave não? - perguntou

Eu: Tá tudo bem - sorri

Ph: Tá uma porra, ninguém chora por nada - rolei os olhos

Cathê: Sem palavrões pai! Educação - ri

Eu: Não precisa se preocupar, está tudo bem sim Henrique - ele fez cara de tédio

Ph: Fala pô

Eu: Veio na minha casa e quer cagar regra garoto? - ele deu uma leve risada

Ph: Vim pedir para você cuidar da Catherine essa tarde, porque minha mãe teve que viajar e tenho que trampar né

Eu: Só vou aceitar porque gosto demais da minha pequena - ela sorriu me abraçando

Ph: Pois fechou, e depois quero saber o porquê de você estar assim viu - sorri de lado

Eu: Tchau Henrique falei me despedindo - e ele veio até mim dando-me um beijo na bochecha e cochichando no meu ouvido

Ph: Gosto de como meu nome soa na tua boca - sussurrou no meu ouvido

Eu: Vai embora anda - empurrei ele rindo e ele foi embora rindo também

   Entrei para dentro fechando a porta ainda com a Cathê nos meus braços, e até tinha esquecido da minha mãe que estava sentada no sofá da sala

Maju: Senti um clima

Cathê: Se a tia que tava longe sentiu imagina eu que estava no meio dos dois - rolei os olhos

Maju: Teus olhos ainda vão cair de tanto revirar assim

Cathê: Concordo com a tia de novo

Eu: As vezes eu acho que isso aqui é uma anã se passando por uma criança - disse eu fazendo cócegas na Catherine

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Boa noite meus amores, desculpa a demora para atualizar, me perdoem

Eu chorei nesse capítulo veyr, era a Bia de um lado e eu do outro chorando juntas.

Oque acharam desse capítulo?

O shiper Bia e Ph estão mais que vivos, sim ou claro?

E aliás me doeu quando a Bia falou que sentia como se tivesse traindo a Alice sentindo oque sente pelo Ph.

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Amor Bandido | Trilogia Abdala L2Where stories live. Discover now