Prólogo

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Narrador's POV


Uma nova temporada inicia-se. Caminhos totalmente diferentes foram tomados inesperadamente. Ela não desejou o que aconteceu.

Ele a ama e nunca superou perdê-la naquele acidente terrível. Mas, acima de tudo e de todos, o amor verdadeiro prevaleceu mesmo sendo ele um completo egoísta, frio e possessivo. O amor não mede distâncias, não conta horários e nem ao menos sabe quando vai acontecer ou acabar. Apenas flui normalmente como flores brotam e as ondas do mar vem e vão. Mas, às vezes é melhor esquecer esse amor, sendo ele verdadeiro ou não, pode ser a melhor das escolhas a ser tomada.

Dallas, Texas.


Courtney Lauren POV's

- Para, vai! - eu ria descontroladamente com Tommy me fazendo cócegas. - Eu vou morrer. É sério! - só então ele parou.

- Tudo bem. Desculpa. - ele disse tirando as mãos de mim e ficando em completo silêncio.

- Tommy, você ainda tá aí?

- Humm? Tô, tô sim. Desculpa, o que houve?

- Nada. Você está tão distante... - disse enxergando uma enorme escuridão a minha frente, aquela que chamo de "minha escuridão particular".

- Não é nada. - ele disse, mas não me convenceu.

- Vem cá, quero tocar o seu rosto. - então ele veio, pegou minhas duas mãos e colocou-as em seu rosto com barba por fazer.
Sem querer enfiei um dos dedos em seu olho, ele recuou - Ah! Me desculpe, ainda não me acostumei a ser uma cega imprestável. - eu disse emburrada.

- Ei! - ele levantou meu rosto com seu polegar e o indicador - Você vai voltar a enxergar. Já conversamos sobre isso.

- Eu sei, mas é muito difícil! Eu quero te ver, quero ver como você é. Quero ver como é o lugar onde estou, que roupa estou vestindo ou até mesmo olhar-me no espelho.

- Nós vamos reverter isso, meu amor, eu prometo. - ele me deu um beijo quente no canto da boca, me deixando envergonhada. Não posso ver, mas acho que corei. O ouvi sorrir pelo nariz.

Flashbacks do acidente ainda percorrem minha cabeça. Não faço ideia do que aconteceu nesses últimos anos. Tommy me contou que fiquei em coma profundo por dois anos consecutivos, todos estavam sem esperanças, mas ele ainda acreditava em mim. E finalmente, quando dou uma de bela adormecida e desperto de repente, não consigo exergar nem um palmo a minha frente.

Eu sou uma pessoa muito azarada mesmo. Quando está tudo bem tenho que desconfiar, nunca dura nem uma semana.
Tommy também me contou que a minha cegueira não é permanente, que a qualquer momento posso voltar a enxergar. Fiz vários exames e descobriram que sofri uma pancada muito forte na cabeça e acabei perdendo a visão, mas que com o tempo ela volta aos poucos, espero que volte logo.

Confesso que ainda sofro, sinto saudades do Justin. Ele não tem culpa do que aconteceu. Eu me preocupo com ele e adoraria saber onde ele está agora, o que está fazendo... mas ás vezes imagino ele com outra mulher, até com um filho, uma família formada e por isso prefiro que ele nunca saiba que eu estou viva. Prefiro sofrer sozinha na minha escuridão particular.

- Ei, quer ir ao Mc Donald's? - Tommy interrompeu meus devaneios me fazendo esse convite tentador.

- Tommy, eu estou cega. - esclareci os fatos.

A Criminosa IIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora