9. O nome dela era Tanya

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Justin POV

Obrigado, Deus, pelas academias, halteres e suor. Eu tinha terminado o levantamento de peso e já tinha feito minha corrida de oito quilômetros, então me sentia ótimo e disposto, e minha camisa cinza estava escura com a umidade do meu corpo. Agora eu estava dando golpes com meu punho no saco de pancadas, o aparelho seguinte, atacando intensamente a sua volumosa superfície rígida.

Ryan o segurava no lugar para mim enquanto eu tomava fôlego e avançava novamente, com bastante força.

—Tudo bem, Justin, quando você vai se abrir comigo, cara? - ele me olhou e deu um sorriso convencido.

—Me abrir sobre o que? – eu soltava o ar, batendo no saco outra vez, como se eu o estivesse esmurrando no estômago, com uma mão, e depois com a outra.

—Bem, esse saco de pancadas ou fez algo para você, e você está tentando matá-lo, ou há alguma outra coisa te incomodando. – ele disse, girando um pouco, segurando o saco enquanto eu seguia o movimento.

—Eu só estou me exercitando, Ryan. – afirmei, atingindo o saco com mais dois socos.

—Ok. – ele desistiu, depois perguntou. —Como estão indo as coisas com aquela garota?

—Bem. – eu disse secamente, dois socos mais fortes.

—Uhum... – ele me deu um olhar como se entendesse.

Ignorei aquilo e continuei distribuindo murros.

—Qual é, cara, sou eu. – Ryan estava fitando meu rosto agora. —Eu não tenho sempre te ajudado? Você pode conversar comigo, você sabe. Eu sou seu amigo.

Fechei meus olhos e me senti culpado agora, sabendo que ele estava certo. Eu estava construindo muros a minha volta, mesmo entre as pessoas em que eu acreditava que poderia confiar. Ryan não merecia ser deixado de fora. Ele é um amigo de verdade.

—Porra. – eu soltei, parando com os socos, encostando minhas costas na parede, olhando agora para Ryan, enquanto ele largava o saco de pancadas e dava um passo na minha direção, cruzando os braços, esperando. —Desculpe, Ryan. Eu sei que você é meu amigo. Eu só não me abro muito bem.

— Eu sei disso. – ele riu, nem um pouco surpreso com minha confissão. — E aí, o que está incomodando você? Aquela garota não é boa na cama ou algo assim? Ela tem pêlos horríveis pelo corpo, ou o quê?

Eu dei risada dele, apesar do meu mau humor. Mas por que estou mal humorado? Não tinha acontecido nada de diferente comigo hoje. Faço isso o tempo todo.

— Não, ela é maravilhosa na cama. – arregalei meus olhos para enfatizar o meu ponto. —E ela é linda demais... mas... –dei um longo suspiro. —... ela... quer conversar comigo o tempo todo. Ela faz muitas perguntas pessoais. Tem aquele papel em que ela fica escrevendo ou coisa do tipo, ela me acha interessante e eu concordei em deixar que ela me estude, sabe... no começo pensei que seria tudo tranquilo. Eu não tenho nenhuma intenção de contar toda a minha história de vida, mas, eu pensei em algumas coisas que não faria mal dizer a ela. Só que agora... –eu olhei para ele. —... eu me sinto esquisito.

𝓡𝓮𝓭 𝓛𝓲𝓷𝓮𝓼 | 𝓕𝓲𝓷𝓪𝓵𝓲𝔃𝓪𝓭𝓪Onde histórias criam vida. Descubra agora