𝓜𝖺𝗌𝗄𝖾𝖽 𝗅𝗈𝗏𝖾, 𝗯𝗮𝗻𝗴 𝗰𝗵𝗮𝗻.

O13. the masks.

┆ 彡 narração 𝙥.𝙤.𝙫'𝙨

      QUE ÓTIMO CLÍMAX, NÃO ACHA? Saori realmente não queria ter de desmarcar a viagem, mas queria menos ainda ter de deixar o namorado. Porém, com tanta insistência do Byung, era óbvio que a garota preferira partir ao invés de apenas esperar pela próxima convulsão do sogro.

    Tal situação corroía ambos, mas eram incapazes de admitir o quão cansativo aquilo tudo se tornara. Christopher estava obviamente detonado com a partida do pai que não tardaria, e Saori, por sua vez, se detonava ao ter de escolher o país natal ou o pai de Chris. Fora que, fazia algumas horas desde que seu namorado sorrira sinceramente, e isso, de fato, detonava-os triplicadamente.

    Entretanto, não fazia muito tempo desde que Chris deixara a casa de Akemi, onde Saori se encontrara com ele há pouco e tornara a decisão estúpida de ir à viagem ao invés de ficar com o mesmo e prestá-lo consolo.

   O loiro provavelmente descia a rua de baixo, manuseando seu volante, enquanto Saori, por sua vez, adentrava a casa de sua amiga, já com os olhos marejados.

    Agora, como alguns anos atrás — dez, mais especificamente — estavam se machucando aos poucos. Chamando a dor para um breve bailar de valsa, novamente, mascarados. Literalmente. Estavam mascarando seus sentimentos e toda a amargura, ambos, guardando tudo para si mesmos, novamente. Máscaras.

   E era exatamente por isso, que agora Saori chorava em plenos pulmões no colo de sua amiga, que perdida, apenas acariciava as costas da mesma enquanto soltava alguns suspiros pesados. A japonesa sabia que a situação estava, novamente, desgastando-os. E, Christopher, que outrora decidira voltar até o pai, se encontrava agora com o carro freado ao lado de uma calçada qualquer dessas do bairro, chorando de bruços no volante.

     Desgaste.

     Ambos se encontravam exatamente iguais ao dia daquela sexta chuvosa, com o objetivo inicial de apenas degustar uma pizza qualquer. Mas a Yoshida, que já havia notado isso, não deixaria o orgulho arruinar seu para sempre dessa vez. Estava cansada disso também.

    E foi assim, que uma simples notificação de celular interrompeu o pranto ardente do Byung, que escorria por entre as curvas do volante e molhava a borracha escura.

my bae <3
— online —

my bae <3: chris, nós já vimos esse filme...
my bae <3: não quero isso de novo, ok? eu não vou ir pro japão.

you: yoshi, você tem que ir...

my bae <3: não, amor, eu não tenho
my bae <3: decidi ficar dessa vez
my bae <3: por que não me impede?

you: porque quero te ver feliz, bae...
you: te ver feliz me faz feliz.

my bae <3: eu sou feliz onde você está, byung...

  Aquilo foi o suficiente para que ambos estendessem sorrisos largos e ingênuos pela face molhada de lágrimas salgadas. De repente, o som da chuva que pairava lá fora se tornou uma melodia prazerosa de se ouvir, e os soluços desesperados se tornaram parte do sorriso que esboçavam.

you: pra sempre?

my bae <3: pra sempre.