EPÍLOGO

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Narração Cloe

- Mãe....- tentei repreende-la ao alfinetar Peter.- Peter não gosta dessas lembranças.- disse sincera.

Peter balançou a cabeça em negação e logo consegui enxergar o seu sorriso quase imperceptível.

- Olha só, vou deixar mãe e filha a sós, vou pegar o Miguel.- Peter disse tentando disfarçar o constrangimento, ele não gostava quando trazíamos essas lembranças atona em quase todas as festas de família, mas não tínhamos culpa de ser algo engraçado.

Estavamos na casa da minha mãe, no Brasil. Haviamos chegado na hora do almoço, e hoje rolaria a ceia de natal para toda a familia. Os pais de Peter também estão aqui no brasl, mas em um hotel. Disseram que não queriam incomodar mamãe mas é logico que isso não seria um incomodo. Mas pelo menos lisa esta hospedada aqui também.

Lisa e Michael. O seu namorado. Os dois vivem brigando a todo segundo, brigam e voltam, mas agora até que parecem estáveis.
Lisa esta uma garota linda, com seus cabelos dourados ate a sua cintura, seus olhos azuis como o de sra Carter, e sem contar com o seu barrigão enorme.

Lisa estava gravida de oito meses, mas sinceramente parece que está com menos, ela vivi pra lá e pra cá dançando o tempo todo, nada parecia abalar ela e o menininho que ela carrega para todo canto.

- Vai, me conta.- Mamãe sempre insistia para que eu contasse a historia do aeroporto. Sim, do dia que Peter levou uma paulada na cabeça.

- Peter chegou gritando o meu nome, me comunincando dizendo que eu havia passado naquela universidade.- Refresquei a memoria da minha mãe.- Só que para ele chegar até a mim, ele passou por uns dos seguranças que havia negado a sua passagem, e você sabe como o Peter é teimoso.- disse e minha mãe concordou sorrindo, ela o amava.- Então, o segurança deu uma "paulada" nele com aquele negocio...- disse tentando me lembrar. Eu e peter estávamos morando no Canadá a 8 anos, e essa era minha terceira quarta vez no brasil depois que descidimos ficar por lá, então muitas palavras eu havia esquecido.

- Cacetete?- minha mãe perguntou.

- Isso mesmo.- Falei.- Então o peter caiu no chão com os dois braços abertos...- E logo a gargalhada escapou de nossas gargantas. Eu nunca me esqueceria daquilo.- E ai eu já comecei a xingar o segurança, chamaram uma ambulância e fomos para o hospital.- falei escutando a risada de mamãe.- E ele acordou e começou a perguntar do por quê de estar ali e perguntou por que eu ainda não tinha embarcado, e eu tive que mostrar para ele a carta, e explicar tudo o que havia acontecido. E foi isso, mas eu nunca vou esquecer do peter com os braços abertos caído no chão.- disse gargalhando e logo o imitando no sofá ao lado da minha mãe.

E assim que olhei para o lado, peter estava me encarando com um sorriso no rosto.

Minha mãe também parecia ter o visto, e logo levantou.

- Preciso terminar a maionese...

Assim que mamãe saiu do meu lado, peter caminhou e se acomodou onde a mesma estava.

- Como ele esta?- perguntei referindo ao Miguel enquanto recuperação fôlego.

Miguel era o nosso filho de 8 anos. Haviamos adotado ele a dois anos com o seu irmão John, que na época já estava com 16 anos. Hoje, John ficou com a namorada, tentei convencê-lo de vir comigo, mas ele quis fazer companhia para a mesma. Eu até hoje não a conheci e estou querendo puxar a orelha de John por isso.

John e Miguel tinham pais alcoolatras que os maltratavam sempre. Os dois foram para adoção no mesmo dia que peter resolveu levar algumas roupas para o orfanato. E na mesma noite quando peter chegou, disse que haviam chegados mais duas crianças e que Miguel havia ficado encantado com as suas tatuagens. Peter falou sobre os dois a semana inteira, parecia que estava com medo de admitir que havia sentido alguma conexão com os mesmos, então, eu o chamei para ir e depois de quatro meses, os dois já estavam na nossa casa.

Egocentric [CONCLUÍDO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora