Parece que a mídia não ficou sabendo dos detalhes de sua sexualidade, e muito menos de seu relacionamento com Nick, visto que, para todos de fora, eles eram apenas amigos de trabalho. Nem mesmo Eleanor sabe se essa é a verdadeira história, mas foi a que eu aceitei. Prefiro não ficar investigando muito.

Em uma noite fria de sexta-feira, eu já havia terminado meu trabalho. Harry havia pedido apenas que eu fizesse mais uma ligação, e eu logo desliguei o computador em minha mesa.

—Ainda bem que hoje é sexta, né? — Falei animado para Eleanor, que organizava uns documentos em pastas, me ignorando —Pelo menos Harry vai para Miami hoje, não vai ficar nos ligando de final de semana!

—Uhum.... — Respondeu, erguendo ambas as sobrancelhas.

—Sabe, minha mãe está vindo de Londres.... Nós vamos sair para jantar, talvez vamos assistir a um musical chamado "Chicago". — Eu contava, não conseguindo segurar meu entusiasmo — Você vai fazer algo legal esse final de semana?

—Vou!

Foi o que ela disse, antes de se retirar do escritório com os documentos em mãos.

Revirei os olhos e me levantei para pegar meu casaco no armário.

—Onde está meu casaco? — Ouvi a voz grossa de Harry e me virei. Ele usava um óculo preto quadrado no rosto, mas logo o tirou, olhando ao redor a procura do casaco.

—Ahm.... Está aqui! — Peguei seu casaco vermelho e comprido no armário, juntamente com sua pasta.

—Por que você é tão lento? — Perguntou, logo quando lhe entreguei suas posses.

—Bem, eu....

—Tenho um avião para pegar, com licença! — Vestiu o casaco, pegou sua pasta e saiu da sala.

Como eu odeio você!

— X —

—É, bem que Niall disse que esse restaurante é bom! — Comentei, enquanto minha mãe sorria para mim — Na verdade, ele começou trabalhando aqui, mas eles estavam procurando alguém com mais experiência.

—Pegue.... — Minha mãe estendeu o braço, segurando um cheque em mãos.

Bem, Jay, vulgo minha figura materna, sempre foi um amor comigo e com meus irmãos. Ela sempre se preocupou muito com o bem-estar de todos nós. Chegava até a ser um pouco estressante quando eu era mais novo, lá pelos meus dezoito anos, ela ainda me tratava como um bebê. Mas, é a vida, mães são assim.

—Mãe, eu.... Eu não posso aceitar! Falei que iria viver somente dos meus custos agora!

—Lou, não quero ver você dependendo de ninguém e, pelo que me falou, esse seu trabalho parece ser um inferno! Vamos, aceite.

—Bem, eu.... — Seus olhos grandes e azuis, assim como os meus, brilhavam para mim. Oras, não tem como negar algo dessa maneira — Está bem... obrigado!

—É tão bom ver você, filho! Me orgulho tanto! — Ela dizia, pegando em minha mão. Eu sorri, ficando até um pouco corado.

—Senti saudades....

—Você faz tanta falta lá em casa.... Mas sei que vai se dar muito bem aqui, e vai ser o que sempre sonhou! Meu Louis nunca desiste de seus sonhos!

—Vai começar a me fazer ficar sentimental agora, ou acha melhor esperar até depois do jantar? — Falei, fazendo-a rir.

—Eu acho melhor você aproveitar esses petiscos de queijo primeiro.... — Pegou um palito, ficando o mesmo em um pedaço de queijo.

—Não, tudo bem. Pode começar....

O Diabo Veste Prada (Larry Stylinson)Where stories live. Discover now