XLVII. Red Zone

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- Você é muita boa nisso.
- Sua vez.

- Deixa a música entrar. Deixa seu corpo sentir a música. - Me mexi com ela, ao contrário de mim, seus olhos estavam abertos e ela descia até o chão, o que me fez ter um sorriso no rosto. - Acima de tudo, tem que ser divertido para você, se não, não vale a pena.

Ela se virou de costas para mim e de repente seu corpo parou de se mexer.

Fui ai seu lado para tentar enxergar o que ela encontrou entre as luzes vermelhas.

Era um menino, com cachos loiros e extremamente bonito.

- É ele? - Perguntei olhando para Donna que engoliu a seco.

Ela negou com a cabeça o que me fez ficar confusa.

- É o melhor amigo dele.

Ah.

- E vocês dois já.... - Deixei morrer no ar. Donna suspirou, coçando a tempora.

- E-Eu.. Não, Vênus. Claro que não.

Cruzei os braços e levantei as sobrancelhas, dando de ombros logo depois.

- Se você diz.

Senti uma mão no meu ombro e me virei, vendo Noah.

- Quer dançar? - Ele perguntou mas aquilo foi só uma desculpa, ele queria mesmo era desabafar.

- Claro. - Cutuquei Donna que ainda encarava o garoto. - Chame ele para a nossa mesa, vou dançar com o Noah. - Me afastei mas lembrei de algo logo depois. -  E lembre-se, sinta a música e deixa ela entrar.

Quando cheguei a Noah, ele estava cabisbaixo e com as mãos nos bolsos, encarando o chão como se fosse a coisa mais interessante do mundo.

- O que rolou, Noah?

Me aproximei dele e comecei a mexer um pouco o corpo no ritmo da música.

- Você sabe como começou nosso relacionamento? - Ele me encarou, seus olhos estavam vermelhos, não sabia se era maconha ou choro. Neguei com a cabeça e ele continuou. - Quando entrei aqui no primeiro ano, me interessei pela a Mille, ela já estava no segundo. Comecei a tentar investir e deu certo, em menos de três meses começamos a namorar sério. Nathan também fazia faculdade aqui, mas estava ocupado demais dando em cima de várias pessoas para se interessar que eu estava namorando.

Ele limpou o canto do olho e foi ai que percebi que estava chorando.

- Então foi aí que aconteceu, levei Mille ao meu quarto naquela noite e Nathan resolveu ir também, os dois se encontraram e Nathan se apaixonou por ela, ele se afastou de nós para não me machucar mas a observava de longe e ficou completamente apaixonado. Até o dia que quebrei a perna e Nathan veio me socorrer, ele e Mille dividiram a sala de espera do hospital, Mille não sabia que ele gostava dela então começou a puxar assunto, eles se identificaram na hora e viram que tinham uma sintonia incrível, viraram amigos e eu não liguei por que também não sabia que ele gostava dela.

Peguei na mão dele e a apertei, o incentivando.

- Até o dia que Nathan bebeu e veio parar no meu quarto, Mille estava comigo e ela ajudou a cuidar dele, quando ele estava quase dormindo confessou para nós dois entre lágrimas o que sentia. Percebi que Mille ficou mexida, ela não dormiu e no dia seguinte quando acordei, ela não estava mais lá. Ela começou a se afastar de mim, de nós dois, Nathan não olhava na minha cara com vergonha. Foi aí que cogitei a ideia de trisal, não queria perder os dois, sempre dividi tudo com Nathan, desde o útero até o quarto ou a mãe. Conversei com Mille antes e ela aprovou a ideia, fomos conversar com Nathan que concordou. E foi assim os últimos cinco anos e foi bom.

Love Or Sex?Onde histórias criam vida. Descubra agora