TROUBLE MAKER ✾ jikook

2.4 - he is always watching

－Acertou. Tenho cara de bióloga, então? －levantou uma sobrancelha, olhando Olivia, e esta estremeceu com o olhar e a pergunta.

－Bastante －droga, podia sentir suas bochechas esquentarem －Combina com você.

－Valeu －deu um sorrisinho e voltou a olhar para as plantas que regava com a mangueira.

Um pequeno silêncio se instalou, e Olivia se desesperou. O que podia falar agora?

Bom... Era sua chance:

－Eu já sei seu curso na faculdade, mas não sei seu nome... －disse, como quem não quer nada.

－Eu não falei? －espantou-se.

－Ainda não... －Caralho. Suas bochechas ardiam de tão quentes.

－Ah, foi mal Olivia －e a citada quase teve um ataque ali mesmo. Ela lembrava de seu nome... －Me chamo Haeun.

Um sorrisinho quase imperceptível surgiu na boca de Olivia.

－É um bom nome...

－Combina com uma bióloga? －Haeun sorriu de volta, terminando de regar as plantas.

Olivia fez que sim com a cabeça, sem conseguir tirar os olhos da garota.

Ela anunciou que seu trabalho ali era só regar aquelas plantas, e ela já tinha feito isso, então precisava continuar com suas coisas pelo resto do jardim. Deu um tchau alegre para ela, desejando um feliz aniversário para ela.

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Os cronogramas de aula mudavam com muita frequência, e a mudança mais recente fez Seokjin morrer de raiva.

Na terça-feira, daria aula para o segundo ano, e só soube disso na segunda de manhã, quando o novo horário de aulas foi anunciado. Isso era um problema, já que ele tinha várias provas para corrigir até terça, e não teria tempo de fazer isso depois do trabalho.

Por isso, decidiu chegar mais cedo no internato na terça, e usar duas horas para corrigir as provas do segundo ano. Precisava de duas horas já que gostava de fazer as coisas com calma, então 6 da manhã, já estava lá.

Bom, talvez não tenha sido uma ótima decisão...

O internato ficava meio bizarro naquele horário. Não tinha ninguém nos corredores, era um silêncio imenso, mas já cedo todas as luzes estavam ligadas.

Seokjin sentiu um arrepio em sua espinha. As vezes aquele lugar parecia ter algum tipo de presença. Como se os espíritos dos alunos já falecidos viessem para assombrar o pior lugar de quando eram vivos...

Segurou sua maleta com força e foi andando pelos corredores, olhando sempre para trás, como se algo estivesse o perseguindo, mas nunca encontrava ninguém. Era realmente assustador.

Chegou são e salvo até a sala dos professores. Mas o problema foi quando olhou para dentro dela, pela pequena janelinha sobre a porta.

Não pôde crer no que seus olhos encontraram.

Era um jovem, de cabelos escuros, ainda de pijama, lendo uma pequena carta. Ele a fechou, então, andou até o armário de Seokjin, e a colocou lá dentro.

Era ele. Era o anônimo.

Ao se virar para caminhar até a saída da sala, ele deixou cair uma caneta, provavelmente a que estava usando para escrever a resposta, e precisou se abaixar. Isso deu tempo para que Seokjin saísse dali sem ser visto.

Ele entrou na primeira porta que viu, que deu num pequeno almoxarifado. Cobriu a boca e ficou encolhido no escuro, sem poder acreditar.

Quase tinha sido pego por ele.