CAPÍTULO 63

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Quando Caio chegou em casa já era noite e ele foi direto para o quarto dormir. Na manhã seguinte, encontrou Amanda estudando na sala e se sentou ao lado dela em silêncio.

— Então você foi encontrar com ele ontem? — perguntou ela.

— Se você está falando do Eduardo, fui.

— E agora vocês vão ser pai e filho que se amam como se nada tivesse acontecido? — Antes que Caio pudesse responder, ela continuou. — Eu não sei como você pôde esquecer o que ele fez com a gente, Caio, e simplesmente o aceitar de volta.

— Calma que não é bem assim. Eu apenas fui falar com ele, ouvir o que ele tinha pra dizer, não significa que o perdoei.

— Mesmo assim eu não entendo. Por mim ele pode pegar o que tem pra dizer e enfiar você sabe onde.

— Talvez fosse bom você ouvi-lo também.

— Dispenso. Meu tempo é muito precioso pra gastar assim. Ele nunca se importou em gastar o tempo dele conosco, por que eu deveria?

— Ok. Se você não quer falar com ele você não precisa. É uma decisão apenas sua. Se um dia tiver curiosidade, assim como eu, você fala e se não, tudo bem. — Ela apenas concordou. — Aliás, o que você disse quando ele te ligou?

— Sei lá, acho que mandei ele voltar pro inferno ou algo assim.

— Imaginei que tivesse sido algo pior.

Então os dois riram.

— Eu não preciso dele, Caio, eu estou bem apenas com você e a mãe, como sempre foi. — Ao ouvir isso, Caio se aproximou dela e a abraçou. — Eu te amo, mano.

— Eu também te amo, pirralha.

***

O tão esperado dia da colação de grau finalmente havia chegado. Agora Caio e Rafael estavam oficialmente formados!

Após a cerimônia de colação na Concha Acústica, eles aproveitaram para tirar fotos com a família e com os colegas de turma. Essa seria a última vez que eles estariam reunidos como turma, a partir dali cada um seguiria seu caminho.

As famílias de Caio e Rafael fizeram uma reserva em um restaurante para comemorarem juntos esse momento. Caio estava com Amanda e Laura, esperando os outros para irem quando ouviu uma voz familiar o chamando. A pessoa se aproximou deles.

— Oi, Eduardo — disse Laura.

— Oi, Laura. — Se aproximou dela e a cumprimentou com o beijo no rosto.

Amanda apenas revirou os olhos e saiu sem dizer nada. Eduardo a acompanhou com os olhos tristes. Laura pediu licença e foi atrás da filha.

— Eu não sabia que você realmente viria — disse Caio.

— Eu disse que viria, não foi? Não quero perder mais nada na sua vida. Eu estava aqui desde o início, mas achei melhor me aproximar só depois que acabasse a cerimônia.

Caio olhou para os lados.

— E o Ulisses?

— Ah, ele não pôde vir comigo porque ficou enganchado com umas coisas do trabalho, mas ele mandou um abraço e parabéns.

— Obrigado.

— Eu encontrei com o seu namorado agora há pouco e ele me disse onde você estava, só que eu te vi com seus amigos, não quis atrapalhar. Mas eu não podia ir embora sem te parabenizar pessoalmente e te dar um abraço.

Caio sorriu e confirmou. Então Eduardo o abraçou.

— Parabéns, filho. Eu estou muito orgulhoso de você. E apesar de tudo, eu estou muito feliz de poder estar aqui hoje presenciando esse momento tão importante da sua vida.

No teu abraçoOnde histórias criam vida. Descubra agora