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Mary deixou cair a faca que ela nem sabia como foi parar em sua mão. Seus dedos estavam crispados.
- Ora, ora. Mary - disse Bill, com sarcasmo - Não te disse que ela era atrevida? Estava em sua propriedade te roubando este tempo todo e você nem notou.
Mary deu um passo na direção deles. Mas ele continuou falando.
- Não se preocupe. Ela pode ter mentido este tempo todo a você, é o que ela faz de melhor. Engana as pessoas.
- Franja! - balbuciou Mary.
- Está tudo bem, Mary - acalmou o homem da cicatriz - Ela voltará conosco, nada de mal irá acontecer. Peço perdão por todo dano que ela possa ter causado, meu chefe a compensará.
Chloe fitou Mary com os olhos marejados, como se implorassem por socorro, mas não disse uma palavra.
- Ela não vai com vocês. Ela fica comigo! - Mary tentou ganhar tempo, enquanto pensava em uma alternativa. Droga! Justo hoje saí sem a pistola!
- Ah, querida Mary, não somos os vilões aqui, não precisa me olhar deste jeito. Ela ficará bem, prometo - e olhando para Chloe, disse: - Conta a ela, querida, o que você fez no orfanato... Em Bromedad, ela precisa saber antes de nos julgar mal. Conta!
- E-eu fiz coisas feias.
- Não escutei - insistiu ele - Repita mais alto.
- EU QUEIMEI O orfanato.
- Depois do quê?
- Depois de roubar o dinheiro do cofre.
- Muito bem, garota. Viu, ela é bipolar, age por impulsos, o crime está na mente dela. Precisa de tratamento. Em Bromedad ela fez coisas terríveis, maltratou um casal de velhos, entre outras coisas horríveis. Estou mentindo, Chloe?
Chloe engoliu em seco.
- Não - respondeu em um fio de voz.
- Muito bem, não vamos incomodar mais essa linda senhora.
Ele se virou e seguiu em passos lentos. A menina sendo puxada pelo braço.
Mary sentiu-se impotente, como se suas mãos estivessem atadas.
De repente, ele parou. Mais dois homens apareceram, eles traziam uma caixa dourada. O coração de Mary deu um pulo. Precisava voltar imediatamente!

 A Menina De FranjaWhere stories live. Discover now