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Mary conferiu todas as portas e janelas depois do jantar. Tudo estava em ordem. Quando se dirigia ao seu quarto, ela notou a porta do quarto de Chloe semi aberta. Parou na entrada e observou a garota dormir tranquilamente. Era uma boa garota, apesar de algumas peraltices, ela sempre se prontificava em ajudar.
No entanto, era impossível a permanência dela ali. "Dorme, Franjinha, amanhã será um grande dia para você. Encontraremos seus responsáveis e terá uma vida tranquila que eu não posso proporcionar.

Chloe dormiu mais do que planejou. Encontrou Berna na cozinha preparando o pernil para o almoço. As batatas já estavam descascadas.
- Bom dia, dona Berna.
- Bom dia, querida! Como passou a noite?
- Tive um sonho bom, queria dormir mais - ela esfregou os olhos ainda inchados do sono.
- Hoje não há muito o que fazer na lavoura. Pode descansar mais se quiser.
- A Mary vai me levar a Bromedad. Preciso me preparar - disse, um nó se formando na garganta.
- Bom, minha querida. Talvez ela se arrependa. Na minha opinião, ela tem muito medo.
- Mas medo do quê? Ela atira melhor que qualquer homem! É a mais destemida que eu já vi.
- Não esse tipo de medo. Ela perdeu o marido. Não que meu filho fosse uma boa pessoa, pois eu o conhecia o suficiente para entender o gênio difícil dele. Ela jurou que viveria só pelo resto da vida. - Berna fez uma pequena pausa - Então, eu apareci para atormenta-la. Ela não pode ficar só, seria terrível demais para ela.
- Ela se faz de durona, não aceita afeição, mas eu sei o quanto aquele coração dela é mole. Mas não vou contrariar ela.
- Faz bem, querida. Você é uma peça importante nas nossas vidas. Espero que tudo se encaminhe para o rumo certo.

 A Menina De FranjaWhere stories live. Discover now