15. È un'estate crudele con te.

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— Doutor, nós só queremos saber como Jennie está, o que realmente aconteceu para que ela entrasse em coma... Enfim, estamos querendo respostas há tanto tempo. — Seokjin deu a partida inicial ao assunto.

— Bem, como médico, o que posso dizer é que fiquei surpreso com o avanço do caso. Medicinalmente falando, tínhamos poucas esperanças de que a paciente acordasse do coma. A altura do local em que ela caiu é fatal para a maioria dos casos, o coma induzido e a falta de respostas dela ao decorrer dos dias nos dava a sensação de que haveria uma falência ou que isso se estenderia por meses, quem sabe, anos. É comum. — Entendo muita pouca coisa, preferi somente continuar a ouvir o que o médico explicava. — Acompanhei minuciosamente todo esse processo, a paciente despertou muito repentinamente, para falar a verdade, pegou toda a equipe de surpresa uma vez que não havia melhora alguma, ela ainda estava em sedação.

— Por Deus, graças a satanás! — Exclamo, sorrindo em alivio. Logo tenho todos os olhares sobre mim, então caio na realidade e entro em desespero. — Oh, eu confundi, perdão. Graças aos médicos, enfim... Continue.

Vi Taehyung negar repetidamente enquanto voltava à atenção ao doutor, desejei, naquele momento, cavar um buraco e me meter lá dentro. O médico sorriu.

— Tínhamos plena consciência de que esse tratamento seria longo, buscaríamos por toda a ajuda necessária ao caso, mas, ao que parece, sua amiga é muito forte e não se deixou levar por uma queda. — Concluiu.

— Tentativa de assassinato, para ser mais honesto. — Hoseok corrigiu.

— Nós podemos vê-la? — Jisoo levantou a questão. — Por favor...

Antes que uma resposta fosse dada, o doutor entrou em um estado de confusão, provavelmente queria nos dizer um não, mas estava sentindo dó.

— Jennie continua na UTI, iniciaremos o processo de levá-la ao quarto conforme aconteça o relatório de exames. Eu permito que a vejam através do vidro, no entanto, dois de cada vez. É um local delicado, peço que entendam.

Não sou capaz de esconder um sorriso que dança em meus lábios, Hoseok gruda em mim, deixando claro que seremos nós a irmos juntos. Nossos amigos concordam que sejamos os primeiros, sendo assim, acompanhamos o médico até a UTI.

Estou tão absurdamente nervoso que minhas mãos soam em uma ansiedade desesperada. Hospitais me deixam sufocado. A sensação de que você pode entrar aqui para um mero exame de rotina e sair com um diagnóstico letal é tão tênue quanto à de estar caminhando na rua e ser atropelado.

— Peço que sejam rápidos. — O médico pediu antes de adentrar ao quarto da Kim.

Aproximei-me da janela e olhei para a cama. O corpo de minha amiga estava rodeado por aparelhos, o doutor, agora, checava algo, parecia satisfeito com o resultado.

É um misto estranho de sentimentos quando você se depara com uma situação maçante envolvendo seu melhor amigo, é aquele tipo de dor inegável, você sente por ele, você deseja estar em seu lugar, porque você o ama demais para aguentar vê-lo naquela situação.

Por isso, eu sabia perfeitamente bem da minha capacidade em ultrapassar barreiras por meus amigos. Nossa conexão vai além daqui.

— Ela foi muito bem, não acha? — Hoseok questiona, olhando-me muito rapidamente antes de apoiar a mão no vidro da janela.

Aceno em concordância, passando meus lumes por toda a cama, decorando cada pequeno detalhe. É pouco nítido comtemplar o rosto de Jennie, os fios dos aparelhos dificultam.

— Ela estava muito machucada quando foi jogada? — Indago.

Nesse meio tempo que pintou os caminhos após o acidente da Jen, eu tinha assumido o local de tratar o caso da Jennie como uma tentativa de assassinato. Embora os exames não tenham encontrado vestígios de DNA humano ou até mesmo de minha amiga, eu sabia que de acidente isso não tinha nada.

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