CAPÍTULO 12.Primeiros dias (Jørn)

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Eu e Finn nos despedimos tarde naquele dia.

Resolvi não beijá-lo, pois sabia que aquela poderia ser a última vez, e eu queria que todos os meus beijos com Finn fossem felizes, então escolhi ficar apenas grudadinho nele. Quando eu soltei, pensei que talvez não houvesse outros abraços em um futuro próximo.

Caminhei, ou melhor, dei uma corridinha até chegar a minha casa para que eu pudesse chorar em paz, eu não queria que o Finn me visse chorando, de novo. Entrei silencioso e subi para o banheiro para tomar banho e dormir. Queria que aquele dia acabasse, o quanto antes possível.

Finn iria pegar o avião de manhã, e o plano era acordar tarde e não chegar perto do celular até ter certeza que ele já estava longe de mim, e então começar, ou recomeçar, a minha vida sem Finn. Só que às 5 da manhã eu tinha acordado e não conseguia mais dormir.

Vi a mensagem dele falando que já estava em pé e ia tomar um banho antes do seu pai levá-lo ao aeroporto, e eu pensei: não, eu não vou responder para ele, ele vai embora e me deixar para trás e é isso, ele não merece uma resposta.

Vi a mensagem dele falando que já estava em pé e ia tomar um banho antes do seu pai levá-lo ao aeroporto, e eu pensei: não, eu não vou responder para ele, ele vai embora e me deixar para trás e é isso, ele não merece uma resposta

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Não consegui segurar o sorriso quando eu li as suas mensagens narrando a manhã, eu queria estar lá com ele, ou melhor, o que eu queria de verdade era estar fechando as minhas malas para ir a Londres de mãos dadas com Finn.

Conversamos sobre nada até ele entrar no avião e ter que desligar o celular.

Acho que Haakon sabia que Finn já estava longe de mim, porque alguns segundos depois eu recebi uma mensagem do meu melhor amigo me chamando para ir a casa dele. Eu pensei um pouco em ficar em casa chorando, mas me distrair com Haakon era um plano melhor.

Nós passamos o dia juntos, conversando sobre absolutamente nada, enquanto eu ficava longe do celular tentando não pensar no Finn em todos os segundos do meu dia, esse era o primeiro dia longe dele, e pelo jeito teriam mais, eu precisava me distrair até acostumar com a nova realidade.

Então, eu e Haakon jogamos videogame, maratonamos Breaking Bad e pensamos em andar de skate na rua, mas desistimos quando vimos o quão frio estava lá fora. Eu sabia que ele estava fazendo de tudo para me animar e que estava se segurando de curiosidade para perguntar o que tinha acontecido entre mim e Finn.

À noite sua mãe trouxe pizza para gente, depois que ela voltou do seu encontro.

– Sabia que vocês estariam aqui – ela disse dando um beijo na cabeça de Haakon e na minha, ela sempre me tratava como um filho e eu me sentia muito bem na sua casa. – Trouxe pizza! Mas tá faltando um, cadê aquela girafinha britânica que não desgrudava de vocês dois? – por mais que doesse não estar por perto de Finn eu achei engraçado o jeito que ela tinha falado e dei uma risadinha.

– Ele voltou para Londres – respondi, e senti uma dorzinha no meu coração.

– Que pena, e nem deu tempo de conversar com ele – ela falou colocando as mãos na cintura e fingindo que estava brava. – quando ele voltar fala que eu quero que a gente bata um papo!

De mãos dadas em Tøyen (história gay) AMOSTRAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora