00 › prólogo

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#CuidadoComOCoelho

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O pequeno garoto corria incessantemente pelo labirinto de corredores, seus pés deixavam rastros de sangue por onde passava. O som de passos atrás dele se aproximava cada vez mais. Chegando ao final do corredor, em um ato de desespero, se atirou contra a porta metálica e enferrujada, na tentativa de escapar do destino aterrorizante que lhe aguardava.

A porta não abria. Sentiu um arrepio percorrer sua espinha ao perceber que não tinha mais para onde fugir. Ele se encolheu contra a parede e tapou os ouvidos com as mãos ensanguentadas, trêmulas. Não queria ouvir, não queria mais ver. Preferia morrer ali mesmo do que ser arrastado de volta para aquele lugar.

Cerrou os olhos, todo seu corpo tremendo, e sentiu o gosto metálico do sangue ao morder os próprios lábios sem querer.

Primeiro, veio o eco de sapatos colidindo contra o chão gélido. Ele estava cada vez mais próximo. Em seguida, o ruído de algo metálico sendo arrastado pela superfície, e uma voz grave e rouca, seguida de um riso completamente sádico:

— Onde você está, pequeno? — Os passos pararam. — Saia enquanto ainda estou sendo gentil, e eu prometo não te machucar.

O garoto sabia reconhecer uma promessa vazia de longe - há anos que convivia constantemente com elas.

Prendeu a própria respiração para não ser ouvido, ainda movido e agarrado a um minúsculo fio de esperança. No entanto, seu destino estava fadado desde o instante em que tentou escapar daquele labirinto de corredores metálicos e escuros. E ele percebeu isso quando espreitou pelo canto do olho e viu um par de sapatos parados bem ali, do seu lado, enquanto uma risada ressoava pelas paredes.

Em poucos segundos, o silêncio foi substituído por gritos de desespero.

Era o fim.

PLAYER 2 | JikookWhere stories live. Discover now