Capítulo 14

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Alguns dias depois, Frederico já havia retornado para Nova York, e estava tentando seguir em frente com sua vida após a perda de seu avô, os colegas de trabalho e seu amigo Matt tentavam o animar a todo custo, quando estava com eles, ele até se animava um pouco. Mas bastava chegar em casa, para a solidão e a tristeza baterem em sua porta e ele ficar mal novamente.

Após 2 longos dias apagando um incêndio florestal, em fim, Frederico e os outros bombeiros que estavam com ele, tiveram um dia de folga, mas isso não durou por muito tempo. Ele estava deitado no sofá da sala, assistindo à um filme, todo embrulhado nas cobertas, acompanhado de seu cão, o pipoca, quando ouviu o celular tocando no quarto, então correu para atende-lo.

📞
—Alô?
—Hastings?
—Sim chefe!
—Estou precisando de você, apareceu outro foco de incêndio próximo à floresta, você pode ir até lá dar uma força para os outros homens?
—Claro Natan, em 10 minutos chego no quartel.
—Obrigado, até já.
—Até!
📞

Ele desligou o telefone, se vestiu rapidamente, e foi para o quartel encontrar com os colegas e ir para o local apagar as chamas...

                           [...]

—Ai, estou exausto!
—Frederico falou tirando o capacete da cabeça, e se recostando no caminhão de bombeiros—
—Eu também mano, e estou morrendo de fome também.
—Matt falou passando a mão em sua própria barriga.
—Idem!
—Que tal a gente ir almoçar naquela cantina italiana nova que abriu no Up West Side?
—Matt falou—
—Eu tô dentro!
—Frederico respondeu animado—

Eles saíram do local do incêndio, deixaram o caminhão no quartel, e seguiram para o tal restaurante, onde tiveram uma refeição excelente e deram boas risadas juntos. Porém a ida ao restaurante terminou mal, pois ao sair do local, ele viu algo que não queria ver.

—Fred? O que foi? Que cara é essa.
—Matt perguntava preocupado—
—Nada não, vamos embora.
—Frederico disse saindo pela porta ainda olhando para trás—

Matt acabou olhando para onde o amigo olhava e viu o ali o motivo para aquela cara de emburrado do amigo, a tal detetive, Melissa, estava acompanhada de um homem, tomando vinho e conversando, e eles pareciam bem íntimos.

—Espera cara, pra que essa pressa toda?
—Matt disse correndo atrás do amigo—
—Será que é o namorado dela?
—Matt perguntou—
—Bem provável, mas quer saber, eu não tenho absolutamente nada a ver com isso.
—Frederico falou secamente—
—Ah, e vai me dizer que não te incomodou em nada em ver ela com esse cara?
—Matt disse o encarando—
—Não Matt, eu tô pouco me fudendo para essa detetive mal educada e marrenta.
—Frederico disse irado—
—Até parece Frederico, eu te conheço muito bem, você está caidinho por ela, tá escrito na sua cara.
—Eu não estou caidinho por ninguém, muito menos por aquela megera, e chega desse assunto, você já me encheu com isso hoje.
—Ok, não tá mais aqui quem falou.

                          [...]

Era por volta de 20:00 da noite quando Frederico decidiu ir até um bar que ele gostava muito, estava se sentindo muito mal hoje, chateado por conta de seu avô, chateado por hoje ser véspera de ano novo e ele passar essa data sozinho, longe de todos que ama. Matt até o havia convidado para passar a data em sua casa, com ele, Beth e o bebê deles, mas ele não quis, estava tão mal que não queria os contagiar com sua tristeza.
Ainda tinha a questão da Melissa, desde que ele a viu, com aquele homem no restaurante mais cedo, a raiva o consumiu, ele não podia acreditar na sua falta de sorte, a mulher por quem ele se interessou de verdade depois de um longo tempo solteiro, tem namorado, ele não tinha sorte no amor mesmo.

Alguns minutos depois, já pronto partiu para o tal bar, por volta de 21:05 ele chegou lá, e teve uma grande surpresa ao adentrar o local, Melissa estava lá, sentada no bancão, bebendo sozinha, e no momento em que a viu, a raiva que sentia passou, bastou ver seu sorriso e seus lindos olhos verdes, cor de oliva, para a raiva passar. Então se sentou ao seu lado, e por um milagre, eles começaram a conversar e beberem juntos, e estavam se dando bem, muito bem por sinal.

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