Capítulo 25

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— Meninos? Ei, acordem

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— Meninos? Ei, acordem... — Ouvi a voz da Sasha. Abri os olhos devagar. A senhora de cabelo cinza estava abaixada próxima à cama. — Oi, querida. — Ela sorriu. — Trouxe um chá para você, vai tirar as dores do corpo, mas parece que vocês dois estão muito bem aconchegados... — Nos lançou um olhar insinuativo.

Olhei para trás e vi Zac com seu rosto bem próximo a mim, seus braços rodeavam minha cintura, apertando-me, sua perna direita estava em cima das minhas pernas. Ele estava totalmente agarrado à mim.

Senti minhas bochechas queimarem.

— Desculpe...

Ela soltou um risinho baixo.

— Tudo bem. Deixa ele aí, vem tomar seu chá. — Assenti. Devagar, fui me desvencilhando dos braços dele e me levantei, no momento em que fiquei de pé a minha pressão caiu e se não fosse pela Sasha, eu teria ido ao chão. — Opa. — Disse assim que me segurou pelo braço. — Ainda sente muitas dores?

— Não. Elas diminuíram depois do banho quente. Mas ainda me sinto fraca.

— Vamos descer. O chá que eu fiz vai te fazer se sentir melhor. Depois eu te dou alguma coisa que não seja sopa para comer.

Nós descemos até a cozinha e eu me sentei à mesa enquanto ela colocava o chá numa caneca e depois me entregou.

— Obrigada. — Assoprei um pouco e tomei um gole. O gosto até que era bom. — É de quê?

— Chá de malva. — Respondeu enquanto abria o armário. — É uma planta medicinal, ela é boa com dores e fraqueza no corpo. — Assenti e tomei mais um pouco. — Você gosta de pão integral? Só temos dele aqui...

— Sim, eu gosto.

— Geleia de morango ou ameixa. — Apontei para a de morango. Eu sempre gostei de tudo que tinha morango, era a melhor fruta do mundo para mim. Ela assentiu e em seguida pegou um sachê de cappuccino e despejou em água quente, começando a prepará-lo, enquanto eu ainda tomava o chá. Ficamos um tempo em silêncio até que ela se pronunciou. — Como você está, Mandy? Digo, em relação ao Zac e à mim?

Suspirei.

— Foi estranho no início... Ainda é. Está tudo muito confuso, sabe? — Ela assentiu enquanto colocava o cappuccino numa xícara e em seguida, pães de forma na torradeira. — Eu não tinha acreditado até ele me mostrar. Antes eu sentia medo, aversão... Principalmente por causa da história com a minha mãe. Mas agora... Eu estou confusa, não sei o que pensar. Eu sei que já faz tempo, que ele não me conhecia, mas... É difícil não ficar chateada. E também, poxa, eu pensava que isso nem existia.

— Eu te entendo. — Colocou a bebida e as torradas na minha frente, se sentou e começou a passar a geleia nos pães. — No começo eu fiquei aterrorizada também, não só por causa da existência mas porque era algo que estava acontecendo comigo e com o meu filho. Foi difícil me acostumar, Zac começou a ter muitas dificuldades na escola e eu tive que tirá-lo e ensiná-lo em casa. A única companhia que ele tinha era a minha e a dos lobos. Antes ele era uma criança solta, feliz... Depois ele se fechou completamente. Até para mim. Não foi fácil recuperar meu filho. Nós ficamos por anos tendo Kairos como nosso alfa, Zac se envolveu com algumas garotas da alcateia e algumas humanas normais, mas nunca passou disso. Tyler era o melhor amigo dele... Até que eles brigaram, deu a maior confusão, Zac acabou desrespeitando Kairos e nós resolvemos sair. Fomos para o Alasca, ficamos por três anos e decidimos voltar para cá, já que pensamos que os outros não estariam mais aqui, eles não ficam no mesmo lugar por muito tempo, costumam migrar. Mas, não sei porquê, ainda estão aqui... Eu te pedi para tentar se aproximar do Zac porque não queria vê-lo sozinho dentro de casa o dia todo, mas avisei à ele para te deixar fora disso tudo... A culpa é minha.

Coração De GeloOnde as histórias ganham vida. Descobre agora