Capítulo 11

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Na manhã seguinte, acordei, fiz o que tinha que fazer e desci para a sala

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Na manhã seguinte, acordei, fiz o que tinha que fazer e desci para a sala. Depois de um tempo, senti fome e fui até a cozinha. Encontrei meu pai sentado à mesa vendo algo no notebook.

— Bom dia, pai. — Lhe dei beijo na testa.

— Bom dia, princesa. — Respondeu olhando para a tela do aparelho.

— Não vai pra delegacia hoje?

— Não. Estou pesquisando algumas coisas e preciso de privacidade, então achei melhor ficar em casa.

— Entendi... É sobre os corpos encontrados na floresta?

— É sim, querida... É parecido com o caso da sua mãe — senti uma pontada de tristeza em sua voz — e isso mexe comigo.

— Eu sei, papai. Comigo também... — Apesar de terem se passado dez anos, falar dela faz com que pareça menos.

Ficamos em silêncio enquanto pego uma pera para comer.

— Pai, vou andar um pouco, está bem?

Ele apenas assentiu ajeitando os óculos com os olhos vidrados na tela do notebook.

Saio sem saber pra onde ir, até que lembro que estou perto do lago em que eu e minha mãe íamos juntas e decido parar por lá. Sento em sua beira, observando a água refletindo as nuvens densas e cinzentas do céu.

O lago era de um azul escuro, sua águas eram calmas e as vezes, passarinhos sobrevoavam ali para se refrescarem, mesmo com todo o frio que fazia.

Por um momento, foi como se eu visse a mamãe e eu quando era menor jogando pedrinhas no lago, rindo e nos divertindo.

A saudade é uma coisa que dói, não é? Ainda mais quando se trata de uma pessoa extremamente importante e especial para você. Nessa hora eu queria chorar, mas as lágrimas estavam meio que presas. Ficar ali me trazia muitas memórias, por isso decidi voltar para casa.

Chego lá e meu pai ainda está em seu notebook, vou para o meu quarto e me deito, logo o sono vem.

Eu estou em minha casa, até que ouço um barulho vindo da casa de Zac e vou até lá pra ver. Tudo está extremamente escuro, ando tropeçando em algumas coisas, pois não consigo enxergá-las à minha frente.

Começo a chamar por Zac, mas ele não responde. Chego na sala de jantar, a lareira está acesa e ele está em frente à ela.

Seus olhos têm um brilho perverso e sua boca está toda ensanguentada. Ele começa a se aproximar devagar, e por algum motivo eu não consigo correr, ou não quero.

Quando ele está a mais ou menos um metro de mim, ele avança me atacando, e a única coisa que eu ouço é o meu grito...

Acordo desesperada. O quê está acontecendo comigo?!

Coração De GeloWhere stories live. Discover now