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Após a morte da mãe, Mandy Donovan cresceu aos cuidados de seu pai. Isolada e sem amigos, ela não acha que há possibilidades de conhecer pessoas novas no momento. Mas isso muda quando Zac Trayne, uma rapaz de vinte anos e chei...
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Após correr por mais alguns minutos, já que sua velocidade não permitia que demorasse mais, Zac estava chegando perto das nossas casas. Mas antes, claro, ele voltou à sua forma humana, meu pai não podia ver ele nem por acidente.
Eu já estava há horas sem comer, meu corpo estava fraco e cansado, mas eu sentia que nas feridas onde Zac havia passado um pouco do seu sangue, estava bem menos dolorido.
— Você está bem? Pode andar? — Perguntou-me assim que desci de suas costas e ele voltou ao normal.
— Posso, não se preocupe.
Comecei a andar devagar, mas como estava sem forças, meu corpo começou a cair para frente.
— Ei, cuidado. — Ele correu e me segurou antes que eu fosse ao chão. Ficamos nos olhando por alguns segundos, me perguntei se haveria algo mais lindo do que aqueles olhos amarelados e brilhantes... — Você não está bem. Vem, eu vou te levar pra minha casa.
Ele me tomou em seus braços como se eu fosse uma pena e começou a andar.
— Por que na sua casa?
— Porque eu quero cuidar de você. — Me olhou. — E na sua casa não vou ter tanta liberdade... Sem falar que minha mãe pode ajudar.
Apenas assenti, impossibilitada de falar mais alguma coisa, deitei minha cabeça na curva de seu pescoço e fechei os olhos.
Ele precisava de um banho, estava com cheiro fraco de cachorro. Mas preferi deixar quieto, por enquanto.
Ele chegou até sua casa e abriu a porta.
— Filha! — Ouvi a voz do meu pai e, lentamente, abri os olhos.
— Pai? O quê faz aqui?
— Eu trouxe ele, querida. Para tranquilizá-lo. — Disse Sasha.
Ele chegou mais perto e Zac me transferiu de seu colo para o colo dele. Eu devia estar mesmo bem levinha.
— O quê aconteceu, Mandy? — Seu olhar era preocupado e cheio de dor.
— Não foi nada, pai. Eu estava voltando para casa ontem e decidi vir por um caminho diferente, acabei me perdendo e não consegui voltar para casa. Desculpe...
Era a primeira vez que eu mentia para o meu pai, mas eu não tinha escolha.
— E esses machucados?
E agora?
— Ah... Isso? Bom...
— É melhor levarmos ela para cima. — Sasha interveio. — Ela deve estar cansada.
— Eu prefiro que ela venha para casa comigo. — Meu pai disse.
— Compreendo. Mas é que aqui eu posso cuidar dela melhor. — Olhou para Zac. Ela conhecia mesmo o filho. — Não te desvalorizando, jamais, mas nós mulheres nos entendemos melhor.
