43 - Nunca mais me assusta desse jeito 😢❤

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Any

O que aconteceu ? Sinceramente nem eu sei. Parece que dormi por dias e acordei com alguém tocando uma trombeta no meu ouvido. Escuto um zumbido constante e minha cabeça dilatava dor. Abro os olhos com dificuldade, me sinto fraca, meu Deus, acho que fui atropelada.

Shiv me deixou dormindo por um tempo, agora que acordei, notei que estava usando uma roupa, nem lembro quando vesti isso. Olho para a janela, esta tudo escuro lá fora, acho que todos já foram em bora, ou dormiram aqui mesmo.

Logo minha memória começa a voltar ao normal. Sofy. Eu tenho que levantar. Eu preciso. Ela não ta bem, tenho que vê-la, ah não. Um desespero tomou conta de mim, puxava o lençol para levantar, mas minhas pernas estavam moles, pereciam gelatina, meus braços se movimentavam lentamente, eu me apressava, mas não conseguia, estava tudo pesado e devagar. Já estava suando. Finalmente senti o chão gelado nos meus pés, respirei fundo antes de fazer uma força imensa para eu sair dali. Nunca me concentrei tanto para ficar em pé e não cair. Com uma mão no armário de madeira e a outra apoiada na cama tentei dar o meu primeiro passo. Um barulho e eu já estava no chão.

- Any! - escutei alguém gritar enquanto eu ia de cara no chão, minha visão embaçada de novo e eu só enxergada um vulto vindo correndo para me segurar - você é doida? vai se machucar assim! - ata agora sei de quem é. Josh me agarrou com uma mão na cintura e a outra me dava um apoio para eu mesma me levantar. Sem sucesso. Eu continuava no chão.

- E-Eu preciso ver a Sofya - disse sussurrando tentando novamente fazer força com as pernas e me levantar, só que dessa vez ele foi mais rápido, me ergueu em um segundo. Me encontrei agarrada em seu pescoço, eu não tinha mais força.

- Nem pense em sair assim - ele me adivertiu e eu o encarei brava. Ele deu de ombros e me levou até a cama. Contra a minha vontade, só para deixar claro. Senti meus músuculos agradecerem por relaxar, meu corpo todo estava formigando e uma pressão se instalava. Cruzei os braços tão rápido que doeu. - ficou bravinha do nada ? - resolvi não responder. Como se já não fosse sacanagem, ele ergueu as minhas pernas e sentou na cama com cuidado, depois devolveu em seu colo e em movimentos delicados e precisos começou a fazer massagem nos meus pés - melhor assim?

- Da pro gasto - virei o rosto, não iria baixar a guarda e muito menos dizer que isso estava reconfortante demais, sentia que cada vez minha perna estava se desfazendo em suas mãos, ele sabia cada canto, cada lugar para tocar, como tocar e que força usar. Se eu não o conhecesse diria que é um profissional - onde aprendeu ? - depois de um longo silêncio apreciando os meus pés, sei lá por que, ele levantou a cabeça com um sorriso forçado.

- Minha mãe - aos poucos soltei meus braços e o encarei com cautela - eu sentia muitas dores nas pernas, ela massageava toda a noite - vi o mesmo olhar que a minha mãe estava quando lembrava do passado; culpa, saudade, arrependimento e gratidão - depois tive que aprender a fazer nela - como assim?

- Por que ? - essa pergunta foi quase que espontânea, no mesmo segundo seu sorriso desapareceu e ele diminuiu o ritmo dos toques. Fiquei com medo de ter ido muito longe - ah... - cocei minha cabeça tentando pensar em uma coisa menos idiota de perguntar - vamos mudar de assunto né? - eu falava gaguejando e mexendo minhas mãos com gestos que eu nem sabia o que era - que tal você perguntar como eu to ? - fui pega desprevenida quando uma risada baixa e um sorriso de agradecimento surgiram em seu rosto.

- Como você ta? - ele disse debochado, como sempre.

- Melhor agora - joguei minha cabeça pra trás e depois pisquei pra ele, no mesmo instante ele fritou meus pés.

♡ Nada é coincidência ♡ { Concluída }Where stories live. Discover now