E então, vai ficar?

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8° CAPÍTULO

Betty

Acordo com o som do despertador. Vejo que marca cinco e meia da manhã. A segunda-feira é o único dia em que eu não preparo o café da manha do Jughead, pois eu chego um pouco mais tarde, pelo fato de eu não ter dormido em sua casa no dia anterior.

Me levanto com toda a preguiça do mundo. Vou para o banheiro, tomo um banho gelado para me despertar, se não é capaz de eu dormir debaixo do chuveiro mesmo do jeito que eu estou cansada. Depois de um tempo, o tempo necessário para que eu realmente me desperte, saio do box e me arrumo. Coloco uma calça jeans escura e uma segunda pele preta.

Ajeito o meu cabelo e passo um batom nude na boca e nada mais.

Volto para o quarto, pego minha pequena bolsa que deixei arrumada. Volto novamente para a cozinha preparo o café rapidamente, assim que pronto coloco em uma xicara e começo a toma-lo.

- Bom dia, filha. – diz minha mãe entrando na cozinha.

- Bom dia, mãe. Não está cedo demais pra senhora estar acordada, não? Ainda são 06h00min.

- O cheiro de café me despertou e daqui a pouco terei que arrumar o Dylan pra creche mesmo.

Então não faz diferença.

- Ah sim.

Levo a xicara a boca, bebendo o ultimo gole e logo em seguida a deposito dentro da pia.

Vou para o meu quarto, me sento de frente para o berço do Dylan e começo a acariciar de leve os seus cabelos, com cuidado para não acorda-lo.

Todas as segundas-feiras eu fazia a mesma coisa. Ficava um tempo ali o olhando dormir, até eu finalmente tomar coragem de ir embora. Me doia o coração todas as vezes que fazia isso, mas é preciso. Depois de um tempinho ali, me levanto, dou-lhe um beijo e saio do quarto.

Encontro com minha mãe na sala, me despeço dela e saio de casa.

Quando estava me virando para fechar o portão de casa, algo faz o meu corpo se petrificar no lugar e um arrepio sobe pela minha espinha. Pisco várias vezes e mesmo com medo, decido me virar novamente na mesma direção para ter certeza do que vi. Mas quando me viro não há mais nada lá.

Eu poderia jurar que vi aquele par de olhos azuis que tanto assombrou minhas noites de sono. Giro o meu corpo e varro os meus olhos por toda aquela rua a procura de algum sinal dele. Mas não encontro nada.

“Isso é coisa da sua cabeça, Betty. Ele está preso. Não tem como ele sair de lá.“ – tento me  convencer disso.

Deve ser coisa da minha cabeça. Deve ser por causa do pesadelo que eu tive com ele sábado.

Ele está preso, eu acho que ele não teria como sair de lá.

Pelo menos eu espero.

Tento tirar essas coisas da minha cabeça. Respiro várias vezes tentando me tranquilizar.

Tranco o portão e saio em direção ao ponto.

[...]

Finalmente chego à casa do Jughead e vou rapidamente preparar as coisas para o almoço.

Vou para o meu quartinho, vejo que ele já concertou a fechadura da porta. Troco de roupa, colocando o meu uniforme e volto para a cozinha. Começo a adiantar as coisas para o almoço e enquanto deixo a panela no fogo, vou para o quarto do Jughead para arruma-lo.

Assim que entro no quarto dele o seu cheiro inebriante entra nas minhas narinas. E parece que aqui o cheiro dele é ainda mais forte. Começo por abrindo as cortinas e logo em seguida fui arrumar a cama que ele deixou bagunçada. Vou para o banheiro, dou uma ajeitava em sua bancada que estava um pouco bagunçado e depois vou para o seu enorme closet. Como o restante do quarto, ali havia algumas pouquíssimas roupas jogadas pelo chão, nas quais eu fui catando e separando as sujas das limpas. Quando eu abri o seu guarda roupa para guardar as roupas limpas, eu vi que a enorme gaveta que pegava uma boa parte do guarda roupa, que por sinal, vivia trancada por uma chave estava um pouquinho aberta. A curiosidade tomou conta de mim. Eu sempre quis saber o que ele guardava naquela gaveta pra haver uma tranca. Cheguei a pensar que fosse dinheiro, mas descartei essa possibilidade quando descobri que tem um cofre no escritório.

o delegado-BugheadOnde as histórias ganham vida. Descobre agora