Depois do porre

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Eu procuro um amor que ainda não encontrei diferente de todos que já vivi

(Segredos – Frejat)

Quando cheguei ao meu apartamento, Belinda estava vendo o noticiário local, enquanto seu notebook estava ligado. Nem sinal de Jessye e Ivy.

— Onde você estava?

— Cuidando do porre do Nick.

— Como?

Era melhor contar logo o que tinha acontecido.

— Passei o dia todo ligando e mandando mensagem para Nick sem obter nenhuma resposta. Agora a pouco o encontrei bêbado que mal conseguia ficar em pé sozinho.

— Nick bêbado? Por quê?

— Ele não me falou. E você não é a única que ficou surpresa. Enfim, o levei pra casa e agora está apagado na cama – falei me jogando no outro sofá – Ivy está dormindo?

— Acho que não. Estava até agora tentando falar com Diogo.

— Claro que estava – soltei.

— O que disse? – Belinda pareceu confusa.

— Nada não. Só pensei alto. Estou com fome, tem alguma coisa para comer?

Encaminhei-me para a cozinha antes que ela se aprofundasse na pergunta.

— Tem lasanha. Acabei de fazer. Já ia chamar as meninas para jantar quando você chegou.

— Ótimo, então vamos jantar. Vou preparar um suco. Prefere que sabor?

— Pode ser uva? – perguntou enquanto se encaminhava para chamar Jessye e Ivy.

Na manhã seguinte, por algum milagre de Deus, conseguimos tomar café todas juntas.

— Meninas antes que eu me esqueça, sairemos hoje à noite – falei quando estávamos todas na bancada.

— Hoje? O que vamos comemorar? É seu aniversário?– perguntou Jessye.

— Não. Vamos a um show de karaokê no Zunk.

— Hein? – indagou Belinda.

— Uma amiga de Nick praticamente me obrigou a ir. Então vocês irão comigo. Não vou pagar esse mico sozinha. E o prêmio é em dinheiro. Jessye pode levar o Rafael. Ivy, você também pode levar o... Diogo.

— Oba! Adoro karaokê – vibrou Ivy.

Estava pensando em uma oportunidade para contar para minha amiga sobre a traição do seu namorado.

— Nick vai? – perguntou Belinda.

— Com certeza.

— Então eu não vou.

— Porque não? — perguntei.

— Porque eu não quero ver o Nick. Hoje não.

— Já está na hora de vocês se enfrentarem – falei.

— Vocês não podem me obrigar a ir – reclamou Belinda.

— Pretende ficar se escondendo dele até quando? – perguntou Jessye.

— Não estou me escondendo, só acho que não preciso ver ele hoje.

— Então fica em casa, porque eu vou – disse Jessye.

— Eu também vou – disse Ivy – Está marcada para que horas?

— Marcamos nove horas na porta do Zunk. Agora preciso ir, tenho que ver como está meu amigo pinguço e dar a notícia do karaokê.

Tinha Que Ser Você 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora