SAINT SEIYA - MARCADA PELA DOR.

Capítulo IV - A PARTIDA

Após a morte prematura de sua esposa, o inconsolável Listel, perdeu o sopro de vida que possuía, o pouco de alegria que tinha era para sua filha, que era tudo que sobrara de um sonho que não existia mais, quando estava com a garotinha sorria e brincava com ela dando total atenção, mas quando não estava apenas o pesar, tristeza é dor parecia dominá-lo. Isso não passou despercebido da pequena Shina que era uma criança esperta é a muito tempo percebera a tristeza de seu amado pai, que havia contado a ela sobre sua mãe quando esta havia crescido um pouco mais.

Alguns anos haviam se passado a criança havia se tornando uma linda garotinha com seus cinco anos de idade, com pele clara, cabelos verdes com o pai, que vinham até os ombros, e os olhos verde esmeralda iguais o de sua mãe, que sempre que Listel os via se recordava de sua mulher dando um sorriso de tristeza e nostalgia, que mesmo após os anos nunca se interessou por outra mulher, ou deixara de amar Maya. Porém as coisas não estavam indo bem na Itália para o pai solteiro que o ferreiro havia se tornado, viver e manter os dois estava sendo difícil, Listel estava tendo graves problemas financeiros, a forja não produzia mais como antes, as vendas haviam caído drasticamente, fazendo com que seu trabalho não fosse mais tão requisitado, isso se refletia no quanto recebia cada semana...

Listel tentava de verdade ser um bom pai, se esforçava cada dia, mas as coisas sem Maya estavam difíceis, sem ela sua força parecia desaparecer, se sentia perdido, deslocado, mesmo despedaçado por dentro tentava oferecer a sua filha todo o amor que ainda restava em seu coração, o tempo passava rápido e sua garotinha crescia forte é saudável, mas aguentou até ver o dia em que não tiveram o que comer, isso foi a gota d'água, pensou em desistir várias vezes, mais sempre que via o rosto de sua pequena, os olhos verdes brilhantes dela, o lembrava de sua esposa, e da promessa que fizera a ela.

Isso o revigorava, pois sempre pensava, quem cuidaria de seu único raio de sol se ele partisse, se vendo sem muitas alternativas, o ferreiro escolheu a mais segura, que era regressar a sua terra de origem, a conhecida "Grécia" onde havia parentes distantes que com sorte poderia ajuda-lo em momentos mais sombrios. Viver na Itália sem Maya não era mais a mesma coisa para o pobre Listel, já que seu plano era viajar pelo mundo, mas acabou criando raiz por causa de sua amada.

― Shina venha aqui....

Chamou o homem com ar de cansado, ao chegar em casa, o sol já estava se escondendo no horizonte, dando um tom acinzentado ao céu, a garotinha sorri correndo até seu pai, o abraçando, enquanto ele se abaixa e agarra erguendo ela em um aperto de urso.

― Olá papai como seu dia! ― Perguntou a garotinha sorrindo.

― Não foi dos melhores querida, o trabalho e pouco, não são como costumava ser. ― Colocou a garotinha no chão.

Uma senhora saiu da cozinha, era a vizinha que Ajudava Listel a cuidar da pequena Shina enquanto tinha que trabalhar, eles trocaram um breve olhar enquanto ela saia, acenado para a garota de olhos verde, em seguida olhou para o pai.

― O que o senhor pretende fazer? ― Mesmo jovem a menina era esperta, e sabia que alguma coisa teria que ser feita.

― Não tenho muito o que fazer, o que me resta é retornar para minha terra natal, venho pensando nisso a um bom tempo, é tudo que me vem à cabeça é isso, mais queria saber o que você acha... ― Mesmo sendo uma criança Listel a tratava com bastante seriedade é atenção. ― Mesmo você sendo muito pequena ainda para entender tudo, isso influencia você de forma direta, e quero saber o que acha. ― Finalizou o ferreiro olhando para o rosto de sua filha, enquanto segurava sua pequenina mãozinha.

Ela sorriu delicadamente. ― Eu entendo papai, para onde quer mudar?

― Estava pensando em regressar para a Grécia, nasci e cresci lá, porém decidi conhecer o mundo, e outros lugares, parti em busca do meu destino é sonhos, e acabei vindo parar na Itália onde encontrei sua mãe é acabei me apaixonando por ela, não sei como pode ser as coisas por lá, mas acredito que possa ser melhor, tenho parentes que não tive muito contato mais que viviam nas redondezas...