Capítulo 18

438 30 0
                                    

      Madeleine permaneceu do lado de fora enquanto Noah entrou no bar para falar com Jena

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

      Madeleine permaneceu do lado de fora enquanto Noah entrou no bar para falar com Jena. Mordeu o lábio ansiosa para sair dali o quanto antes, queria somente a sua cama naquele momento para pensar no beijo que não havia acontecido. Se Jena houvesse ligado só um pouquinho depois ela teria provado o sabor dos lábios de Noah, ainda tentava entender se a interrupção foi bom ou não, talvez fosse apenas a chance dela para se afastar de Noah o quanto antes. Seria tolice da parte dela querer alguém que nunca seria dela, mas isso não tira a vontade dela de nem que seja por um segundo de beijá-lo. De sentir o seu abraço de novo enquanto sentia aquela boca linda na dela, porque não? - Aí meu Deus! Madie como você está? Jena fala ao quase derrubá-la após abraçá-la. - Estou bem Jena. Diz tentando acalmá-la. - Eu fui culpada, me perdoa Madie. Diz com a voz chorosa. - Você não tem culpa de nada, e estou bem, só quero ir para casa. Diz sorrindo. Jena se afasta e olha para Noah que estava em silêncio ao seu lado. - Leve ela no meu carro, aqui está as chaves. Diz entregando-lhe a chave. Noah apenas assente sem dizer nada. - Eu fiquei com muito medo e logo depois que você me contou aquilo eu quase que infarto imaginando que pudesse ter acontecido de novo e a culpa seria minha. Jena fala rápido deixando Madeleine nervosa que olha para Noah que franzia o cenho sem entender nada que Jena falava. - Jena eu já vou indo. Diz mordendo o lábio nervosa. - Claro, fique bem. Jena diz sorrindo forçado. - E você cuide bem dela ao dirigir por favor, nada de velocidade. Avisa apontando o dedo para Noah que revira os olhos.
       Noah abre a porta do lado do passageiro para Madeleine entrar e logo dá a volta no carro entrando-o. O que havia acontecido com Madie? Havia acontecido algo igual aquela noite com ela? Era o que tinha entendido, mesmo que Jena não tivesse dado muitos detalhes. Poxa! Queria perguntar à ela que história era aquela, mas não queria assusta-lá com esse assunto. Talvez outro dia a perguntasse e tirava aquela história à limpo. Mas se alguém tiver feito alguma maldade com ela, não queria imaginar o que faria! Agarrou o volante com mais força e nenhum momento desviou a vista para o seu lado onde ela estava. Ela era tão frágil, parecia ser tão ingênua e quase havia a beijado e era tudo o que ele queria fazer, mesmo sendo algo errado, mas o que mais queria era encostar aquele maldito carro e puxá-la para os seus braços e provar o seu gosto em um beijo voraz. Precisava pensar em outra coisa, senão enlouqueceria de vez em somente em ficar pensando nela em todo momento. Irritado buzinou quando o carro da frente demorou para sair após o sinal ficar livre, Madie olhou-o de soslaio.
         Depois de um tempo ele estaciona o carro em frente à sua casa. Madeleine tira o cinto de segurança rapidamente e pega a sua bolsa. - Obrigada. Diz sorrindo sem graça sem olhá-lo nos olhos direito. Ele passa a mão na barba e a observa sair do carro batendo a porta a seguir. Madeleine suspira aliviada assim que entra em casa e não vê ninguém, não queria ter que dar explicações para Grace do porquê viera mais cedo. Subiu às escadas sem fazer barulho e entra em seu quarto fechando a porta e acendendo a luz. Apenas uma noite e ela havia sentido tantas emoções diferentes, desde o medo ao desejo, nossa ela estava exausta psicologicamente. Tirou as suas roupas e foi direto para o banheiro tomar um banho quente, tirando o cheiro de Noah do seu corpo já que havia vestido a sua jaqueta. Saiu do banheiro e foi ao closet onde escolheu um pijama leve e logo se deitou na cama. Olhou para o cabide perto da porta onde havia deixado a jaqueta dele, devia ter devolvido já que a noite estava sendo muito fria e Noah precisaria para se esquentar. Como se tivesse no automático ela se levantou da cama e parou perto do cabide levando às mãos a peça de couro,encostou o nariz e cheirou o seu perfume delicioso. Adorava aquele cheiro, meio amadeirado que suas amigas diziam ser o verdadeiro cheiro de homem. Sorriu lembrando de Mia e Hanzel, elas eram doidas e sempre falavam de homens. Mas aquele cheiro se tornou o seu favorito, pensou aspirando outra vez a jaqueta. Devia está ficando louca, voltou para cama esperando o sono chegar.
         Noah desejava pela primeira vez em sua vida está em outro lugar menos ali no bar abarrotado de gente. Estava cansado de andar de um lado à outro atendendo pedido, levando bandejas com bebidas e ainda tinha várias mulheres que sempre não perdiam a chance de tocá-lo. A noite para ele já podia ser encerrar, e graças à Deus não estava tão longe disso acontecer. Se encostou no balcão ao lado de Cris respirando fundo. - E aí vai me contar o que houve com a Madie? Ele pergunta. - Eu pensei que a Jena havia lhe contado. Fala passando as mãos pelos cabelos lisos. - Que nada, ela disse que não era do meu interesse. Fala fazendo careta. - Um cara louco tentou agarrá-la. Diz furioso. Toda vez que lembrava disso o seu sangue esquentava. - Puta que pariu! Cris diz franzindo o cenho. Noah conta tudo a ele desde o começo até a hora que a deixou em casa, claro omitindo a parte que quase a beijou no meio da rua. - Nossa cara eu não acredito, ela deve ter ficado bem mal. Cris diz depois de ouvir tudo. - Ela saiu chorando eu tive que levá-la em casa. Fala bufando de raiva. - Isso não acontecerá outra vez. Continua a falar.
         Para alívio de Noah os últimos clientes vão embora. Ele fecha o caixa e logo ajuda Jena e Will a limpar o espaço, a organizar mesas e depois de tudo limpo fecha o bar. Noah monta em sua moto e sai em disparada para ir para casa. Quando chega se dirige à cozinha para comer algo, sua mãe sempre deixava o jantar para eles esquentar e comer assim que chegasse. Ele abriu a travessa de vidro que estava em cima do fogão e retirou o pedaço da lasanha e o coloca dentro do micro-ondas. Jena entra na cozinha acompanhada por Will que sorriem de algo que ele havia dito. - Estou faminta. Jena diz também se encostando no fogão. - Humm lasanha. Diz tirando um pedaço. O micro-ondas apita e Noah tira o seu pedaço se dirigindo à mesa. - Cara não fica pensando nisso. Will diz olhando-o sério. Noah mastiga em silêncio e toma um gole do seu refrigerante. - Como não pensar? Isso não deveria ter acontecido. Fala. - Ok, eu sei que a gente tem um nome a zelar e que o que ele fez foi algo inadmissível. Will fala e se senta à mesa para comer. - Você não devia ter me impedido de dar um soco na cara daquele miserável. Diz baixo. - Noah a violência não é a melhor saída. Jena diz após comer um pedaço de lasanha. - Ele merecia. Noah fala com raiva. - Ele mereceu mas você não podia sujar suas mãos com esse tipo de gente. Will fala muito sério. - Não me importaria. Fala se levantando da mesa. - Relaxa cara, você está muito tenso. Will diz franzindo o cenho preocupado. Noah lava o prato e as talheres e sai da cozinha sem dizer nada e vai direto para o seu quarto, tira a sua roupa jogando-as pelo chão e caminha para o banheiro onde toma um banho demorado. Depois de escovar os dentes ele sai para o seu closet onde veste apenas uma cueca box preta. Sem sono ele se direge a grande janela do seu quarto que era de frente para o terraço da casa, abriu a janela e olhou para o céu onde não dava para vê as estrelas. O ruim de Nova York era que por ser uma cidade grande ninguém podia apreciar as coisas simples como poder olhar as estrelas ou a lua por causa do acúmulo da poluição. Sempre nas férias ele optava em ir para lugares onde pudesse sentir sentir a brisa leve e natural,se tivesse praia era melhor ainda. Tirando os olhos do céu quase já fechando a janela ele notou Madeleine sentada em uma das espreguiçadeiras ao redor da piscina olhando para nada pensativa. Sem pensar direito ele fechou a janela e sei dirigiu ao closet mais uma vez e pegou uma calça moletom preta e vestiu-a. Saiu do seu quarto e desceu às escadas, todo mundo já estava dormindo aquela hora. Atravessou a cozinha, abriu a porta dos fundo e saiu em direção à Madeleine que estava de costas. Como ele estava descalço não fez nenhum barulho que pudesse fazer ela notar a sua presença.
         Madeleine havia desistido de tentar dormir e acabou saindo para o terraço para tomar um ar já que estava se sentindo sufocada com as lembranças do quase beijo. Colocou uma jaqueta jeans por cima da blusa fina de alcinha e saiu sem encontrar ninguém pelo caminho, sabia que Jena, Will e Noah ainda estavam no bar. Já no terraço ela se sentou na espreguiçadeira e apertou a jaqueta em torno de si após sentir o vento frio sopra-lhe. As noites em Nova York já estavam ficando bem frias e pelo o que ela sabia logo começaria a nevar. Sempre via na televisão os transtornos causados pela neve nas ruas de Nova York, muitas das vezes as pessoas eram impedidas de sair de casa por causa dela. Mas uma vez pensou em sua mãe e seus irmãos no Colorado, sentia uma saudade gigante que doiá-lhe o peito, toda noite ensinava os exercícios da escola para os seus irmãos. Agora estava em Nova York, na casa de pessoas que a acolheu tão bem mesmo sem conhecê-la direito, e nessa mesma casa havia uma pessoa que estava tirando o seu sossego de tal forma que ela nem conseguia dormir. E havia o quase beijo, o beijo que não aconteceu por um triz. Era loucura perder o sono por causa de algo que não havia acontecido, e se tivesse? Nem ela sabia como iria reagir depois. Ela nem sabia como e quando se apaixonou por Noah, talvez foi logo no começo onde ele a encontrou em um banco de praça ou talvez foi no dia que ele a ajudou a limpar a sujeira que havia feito na cozinha ao quebrar a xícara de sua mãe, mas achava que bem antes já era caidinha por ele. E como não gostar? Noah era muito lindo e além da beleza ele era um cara honrado, bom e que ajudava os outros sem olhar a quem. Era lindo por dentro e por fora, simples assim. Estava tão envolta em seus pensamentos que tomou um baita susto ao sentir alguém sentando ao seu lado. E quase se desequilibrou quando viu que esse alguém era Noah. - Ah é você Noah. Ela disse colocando a mão sobre o coração acelerado. Ele estava somente usando uma calça moletom um pouco caída no quadril. Se não tivesse apaixonada antes estaria agora vendo-o daquela maneira. Desviando o olhar do abdômen definido ela o olhou envergonhada. Ele estava tão perto, tão perto que era só estende um pouco a mão para tocá-lo, mas ela se manteve firme. - Você está bem? Ele a pergunta com a voz mais rouca do que o normal. Ou ela estava tão fascinada que estava ouvindo coisa. - Sim.. eu estou bem... só... só estou... sem sono. Diz com dificuldade. Ele a olha sério. - Não fique pensando naquele idiota. Diz olhando para as mãos enquanto rodava o anel em seu dedo indicador. Madeleine engole em seco e respira fundo. - Eu estou bem, só que... fala e se cala mordendo o lábio apreensiva. Noah a encara com um brilho estranho no olhar. - Só que o quê? Pergunta com a voz rouca outra vez. Madeleine desvia o olhar dele e acaba fitando a tatuagem que fica um pouco acima da costela que era uma frase, não dava para vê direito por causa do seu braço. Noah segue o seu olhar e ela fica corada desviando. Ele não sorri mas morde o lábio de modo sensual, talvez não fosse intencional mas aquilo acendeu algo nela. Um calor insuportável se instalou que a fez querer tirar a sua jaqueta. - Madie o que está acontecendo? Noah pergunta com carinho. Madeleine passa as mãos no rosto querendo tirar os pensamentos indevidos de sua mente. - É que tudo está tão confuso. Diz nervosa. - Confuso? Porque? Pergunta passando a mão pela barba. Madeleine segue seus movimentos com a boca entreaberta. Aquilo era demais para ela porque ele tinha que ser daquele jeito, tão lindo? - Madie fale alguma coisa. Diz a tirando dos seus devaneios. - É... é estou confusa porque minha vida mudou da noite para o dia. Fala baixinho. - Às vezes a vida é desse jeito, achamos que nada vai acontecer e aí as coisas mudam. Fala sorrindo. - Eu sei, mas eu acho que não consigo. Fala com a voz triste. - Não consegue o que? Pergunta e passa a mão pelos cabelos. Madeleine fecha os olhos. - Às vezes acho que é melhor eu ir embora, voltar para o Colorado. Diz com a voz embargada. Noah abre os olhos assustado e morde o lábio pensativo. - Madeleine eu já falei que você não precisa se preocupar que aquilo nunca mais iria acontecer outra vez. Fala a olhando intensamente. - Noah o problema não é isso. Diz. - Então o que é? Porque quer ir embora? Pergunta aflito. Porque ele estava agindo daquela forma? - Nova York nunca foi para mim, eu não sou elegante e nem vou ser, é tudo novo e não estou acostumada. Diz com a voz trêmula. Noah se levanta virando de costas e a visão das suas com uma tatuagem perto da nuca a fez ofegar.

       

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

       

Minha Esperança - Livro Um.Onde histórias criam vida. Descubra agora