Capítulo 15

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          Com o corpo ainda tremendo Noah abre os olhos devagarinho

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          Com o corpo ainda tremendo Noah abre os olhos devagarinho. Ainda estava dentro dela. Sophie mexia em seus cabelos bagunçando-os, estava ofegante mas tinha um sorriso de satisfação nos lábios. Em silêncio ele se afastou e andou até o banheiro onde tirou o preservativo jogando-o no lixo. Que homem ele era? Falou tanto do Cris que nem ao menos olhou para ele mesmo. Tratara Madeleine da pior maneira, nem ao menos se dignou a falar com ela e o pior de tudo deixou de levá-la para casa para acabar na cama com aquela mulher que estava na cama naquele momento. Ele queria sexo e tinha conseguido, mas não conseguiu relaxar como queria, aliás parecia que havia um peso muito maior em suas costas depois daquela transa. Se olhou no espelho e sentiu vergonha dele mesmo. Olhou para o relógio em seu pulso e viu que era umas três e meia da madrugada, saiu do banheiro e começou a se vestir sem olhar para Sophie na cama. - Já vai? Ela pergunta sentando-se rapidamente. - Aham. Diz e veste a sua camisa. - Por favor não vá. Ela pede e se levanta da cama indo até ele. - Não posso ficar. Diz sério. - Só mais uma vez Noah, quero te ter de novo. Fala tentando beijá-lo. - Não Sophie. Ele a afasta com cuidado. - Preciso ir. Diz e coloca a sua carteira no bolso atrás da calça. - Promete me ligar de novo? Para outro round? Pede quase suplicando. - Aham. Diz e se senta em um sofá para calçar os tênis. Sophie ainda estava nua e em pé em sua frente. - Você foi melhor do que imaginei, adorei a nossa transa. Diz mordendo o lábio. - Se vista vou te deixar em casa. Fala sério. Depois de Sophie se arrumar eles saem do motel, Noah a deixa em sua casa e retorna para a dele. Não tem ninguém mais acordado aquela hora, ele entra em seu quarto sem fazer barulho, toma banho e deita na cama para tentar dormi. Seria uma noite longa. Uma longa e terrível noite.
         Madeleine sai da cama e vai em direção ao banheiro. Na noite passada não havia pregado os olhos, rolou de um lado à outro da cama tentando dormi. A pior parte foi quando ouviu passos pelo corredor e ela sabia que era Noah que havia chegado de sua noitada, e foi aí que não conseguiu pegar no sono imaginando o que ele andava fazendo, com quem estava, se era com a tal Camila ou outra mulher. Só consegui dormi vencida pelo cansaço e já era de manhã, acordou nem sabia qual era a hora. Olhou para o relógio na mesinha de cabeceira viu que já era dez horas da manhã, havia dormido mais do que devia. Tomou um banho rápido e se trocou, vestiu um vestido leve floral e prendeu os cabelos em um lenço preto. Quando saiu do quarto deu de cara com Noah saindo do dele. Só podia ser algum tipo de brincadeira! Ele a olhou de cima a baixo mais não sorriu como em todas as vezes que se encontravam. Ela andou e desceu às escadas indo em direção à cozinha não encontrando ninguém ali. Era domingo eles teriam o dia todo livre como em todos os domingos. Atravessou as portas dos fundos que dava para o terraço e viu Grace, Roger ao redor da mesa tomando café da manhã, enquanto Jena estava deitada apenas de biquíni na espreguiçadeira perto da piscina e Will na outra sentado olhando o celular. Madeleine se aproximou da mesa e Grace sorri ao vê-la. - Bom dia Madie, hoje acordou tarde. Diz sorrindo. - Bom dia, perdi o horário. Fala sem graça. - Tomé café. Roger a convida. Noah se aproxima e senta ao seu lado na mesa. - Ainda você vai me matar de preocupação. Grace fala toda dramática. Noah ergue à sobrancelha olhando-a. - Não se faça de desentendido, chegou que horas da sua farra? Pergunta após tomar um gole do seu café. Noah dá de ombros e pega a jarra de suco enchendo o seu copo. - O que diabos é isso no seu pescoço? Um arranhão? Pergunta se aproximando dele. Noah coloca à mão em cima. - Meu Deus será que ninguém pode tomar café em paz nessa casa? Pergunta irritado. Madeleine mão consegue desvia o olhar do pescoço dele quando ele tira a mão, havia duas marcas de unhas em sua pele. Na mesma hora perdeu o apetite, isso era demais para ela. Segurou a vontade de chorar feito uma boba e olhou para as suas mãos. - Tá vendo Roger? A gente se preocupa e ganha o que em troca? Nada! Reclama com o marido. - Grace ele já sabe o que é certo e o que é errado. Roger diz. - E como ele sabe, sai não sei para onde, volta na sei que horas e está todo arranhado não sei por quem. Fala olhando duro para Noah. - Agora vou ter que relatar tudo o que eu faço agora? Pergunta revirando os olhos. Jena se aproxima com as mãos na cintura. - O que a minha família linda está discutindo? Pergunta olhando para cada um. - Seu irmãos que saiu ontem e voltou todo arranhado. Grace dispara fazendo Jena gargalha olhando para Noah que esconde o arranhão com a palma da mão. - Arranhado? Pergunta entre risos. Noah franze o cenho. - Não tenho paciência para isso. Fala irritado. Jena para de ri e olha para Madeleine que está envergonhada. - Mãe deixe o Noah em paz, ele já é bem grandinho para saber cuidar para própria vida. Fala sorrindo. - Eu falei para ela isso. Roger diz dando de ombros. - Não está aqui quem falou. Grace diz erguendo as mãos. Madeleine se levanta da cadeira. - Não vai comer querida? Grace pergunta preocupada. - Estou sem fome, vou para o meu quarto. Diz nervosa. - Fica aqui comigo, tomar banho de piscina. Jena a convida. - Não, obrigada. Fala e sai entrando dentro de casa.
        - Acho que ela ficou constrangida. Jena diz após Madeleine sumir. - Se vocês fossem um pouquinho discretos isso não teria acontecido. Noah diz e come um pouco do melão. - Não vou discutir isso, com licença. Grace fala e sai da mesa e Roger faz o mesmo. - Dona Grace gosta de ficar no seu pé. Jena diz e sorri. - É, parece que ela se esquece que tem mais dois para se preocupar. Fala e morde o lábio. - Mas  eu e o Will somos bem tranquilos. Fala e toca em seu braço com carinho. - Até parece. Fala e ri baixinho.
           Madeleine se joga em sua cama e fecha os olhos com bastante força. Não bastava ter passado a noite em claro, teria que suportar em relembrar os arranhões no pescoço de Noah. Uma coisa era imaginá-lo com alguém outra coisa era ter a certeza de que ele realmente estava com alguém. A imagem de Noah com a Camila invade a sua mente, não podia suportar isso. Uma vontade de chorar surge novamente e ela não consegue segurá-lo, não queria segurá-lo. Precisava expoodir senão iria morrer afogada com as próprias lágrimas. E elas descem pelo o seu rosto sem cessar, molhando o travesseiro macio onde ela encostava a cabeça. Ela coloca tudo para fora, raiva, medo, mágoas, saudades de sua família e do Colorado, saudades de suas amigas, e raiva de Noah por causar nela emoções como essas em que não sabia como agir. Ela precisava entender que ele não era nada dela, e que não tinha obrigação de se manter afastado de nenhuma mulher só porque ela era quem estava apaixonada e não ele. Ele não sentia nada por ela, e porque sentiria? Se tinha várias mulheres muito mais lindas e perfeitas que eram caidinhas por ele. Noah nem precisava de muito esforço para tê-las, bastava só chegar perto e já era!
         Era quase a hora do almoço e Madeleine ainda continuava enfurnada dentro do seu quarto chorando. Grace havia batido na porta chamando por ela várias vezes e ela não conseguiu dizer nada, ainda não conseguia disfarçar a voz chorosa. Não queria sair dali, não queria olhar para a cara de Noah e fingi que não sentia nada quando o seu peito gritava que era apaixonada por ele.
        Noah saiu da piscina e pegou a toalha se enxugando, caminhou até a mesa onde Jean, Will e Cris estavam sentados conversando animadamente. - Cara que história é essa que voltou para casa todo mordido? Cris pergunta gargalhando. Noah joga a toalha em cima dele. - Sai fora! Diz e senta-se à mesa. - A noite foi quente. Diz rindo olhando as marcas no pescoço. - Quem foi que te convidou para estar aqui? Pergunta fingindo irritação. - Eu não fui. Jena diz dando de ombros. - Nem eu. Will fala e toma um gole de sua cerveja. - Não preciso de convite, eu já disse que já sou de casa. Cris fala e passa a língua pelos lábios. - Engraçadinho. Noah reclama e dá um soco de leve em seu ombro. - Onde está a Madie? Cris pergunta mudando de assunto. - Ela está no quarto desde cedo. Jena fala não escondendo a preocupação. Grace aparece com o olhar preocupado e fala. - Eu chamei a Madeleine várias vezes e ela nem me respondeu. Diz nervosa. - Será que ela tá bem? Jena pergunta também nervosa. - Jena vai lá e a convence a vim a almoçar. Grace pede. - Vou lá. Diz e entra em casa.
         - O que houve? Cris pergunta após ficar só com Noah e o Will. Noah deu de ombros. - Ninguém sabe. Will fala. - Acho que ela se arrependeu de ficar aqui com um bando de loucos. Cris diz rindo. - Quer que eu te expulsa daqui? Noah o ameaça. - Desculpa cara. Diz tentando não sorri. - Deve ser TPM. Will fala sorrindo. - Nossa, então é melhor deixar ela lá no quarto. Cris diz fazendo careta. - Seu medroso. Noah diz sorrindo.
        Madeleine saiu do banheiro após vê o seu rosto através do espelho. A sua cara estava inchadissima, seus olhos muitos vermelhos, enfim nem maquiagem resolveria o seu caso. Ia deitar novamente na cama quando ouviu duas batidas na porta. - Madie? Madeleine? Jena a chama e bate mais duas vezes. - Está tudo bem? Pergunta. - Estou Jena. Resolve responder. - Posso entrar? Pergunta. Madeleine respira fundo e passa as mãos pelo seus olhos ainda um pouco úmidos. - Vamos conversar um pouco. Jena pede com carinho. Madeleine vai até a porta e a destranca e abre-a. Jena a olha com curiosidade e entra sem dizer nada. - Vamos nos sentar. Jena diz quebrando o silêncio. Madeleine senta de um lado da cama e Jena no outro. - O que está acontecendo? Pergunta por fim. - Só estou com saudades de casa. Diz abaixando o olhar. - Eu sei que deve ser difícil ficar longe de sua família. Fala gentilmente. - É muito, nunca fiquei longe deles. Diz sentindo às lágrimas vindo mais uma vez. - Não fique assim querida. Jena a puxa para os seus braços. - Vai dar tudo certo. Fala e beija o topo de sua cabeça. - Jena tenho algo para te falar. Madeleine diz se afastando um pouco para olhá-la nos olhos. - Sim, o que é? Jena a indaga sem conter a curiosidade. Madeleine morde o lábio inferior e fecha os olhos com força. - É sobre o Noah? Pergunta tentando adivinhar o assunto. Madeleine franze o cenho discordando. - Não é isso Jena, eu quero contar a verdade sobre eu ter vindo para Nova York. Diz e respira fundo ao relembrar o que viveu nas mãos daquele monstro. Com isso em mente, ela começou a falar tudo desde o começo quando Clinford foi em sua casa para chamá-la para ser babá até o momento em que ele tentou estuprá-la e como ela conseguiu fugir. Jena arregalava os olhos e a abraçou quando Madeleine caiu no choro. - Meu Deus Madie! Que horrível. Diz a abraçando forte. - Eu quero que não fale com ninguém sobre isso, por favor. Pede limpando o rosto molhado. - Sim, eu não irei falar isso com mais ninguém. Jena diz sorrindo. - Mas apesar de tudo que você passou, tudo mudou, você está aqui com a gente e muito segura. Jena continua a falar olhando-a nos olhos. - Eu sei, eu pensei que viveria nas ruas até o resto dos meus dias, eu tinha certeza que nunca mais iria vê minha mãe... minha família. Fala baixo. - Só que o Noah a encontrou e a trouxe para cá. Jena segura em suas mãos. - Eu já o agradeci por isso, se não fosse ele eu ainda estaria naquela praça sozinha. Diz com um sorriso fraco. - Madie a vida tem dessas coisas, quando achamos que tudo está perdido tudo muda e para melhor. Diz confiante. - Obrigada Jena, você é um anjo. Diz e a abraça. - Quando você agradeceu o Noah o abraçou apertado assim? Pergunta com malícia fazendo o sorriso de Madeleine sumi. - Eu o agradeci no dia que fomos andar pelo Central Park. Fala sorrindo sem graça. Jena riu alto. - Seus olhos brilham quando fala dele. Diz sorrindo com malícia.
        

Minha Esperança - Livro Um.Where stories live. Discover now