Capítulo 47 - Arrependimentos e bebé a caminho!

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POV Bela

Já fazia alguns minutos que caminhava pelos jardins daquele lugar à procura da Mel. Se eu conheço bem a minha filha, ela deve estar toda encolhida e a chorar escondida em algum canto destes jardins.

Ela não esperava aquela atitude da parte do pai e confesso que nem eu. Mas ele teve toda a razão por estar chateado com a Mel. Ela desobedeceu uma ordem do pai e nós já lhe explicamos que ela não nos pode desobedecer em momento algum. 

- Melzinha! Onde é que estás, amor? – Eu comecei a chamar por ela, mas nem sinal dela. Eu confesso que estou a ficar preocupada e quando ia para outro lugar à procura, ouvi algo por detrás dos arbustos ali perto. - Mel, é a mamã! És tu que estás ai? - Eu perguntei.

- Sim! – Ela respondeu baixinho e pude notar que ela chorava. Eu caminhei até ao tal arbusto e logo vi a Mel sentada no meio dele toda encolhida, tal e qual como imaginei. Ela olhou para mim e os seus olhos estão cheios de lágrimas, vê-la assim estava a dar-me alguma pena.

- Vem cá, amor! – Eu abri os meus braços e ela logo se levantou e abraçou-me pelo pescoço e logo escondeu o seu rosto no meu peito e começou a chorar com muita vontade. Eu decidi deixa-la chorar, ela deve estar muito sentida com o Harry, pois ele nunca falou assim com ela. – Pronto, já passou! – Eu falei enquanto lhe dava algumas festinhas nas suas costas.

- O papá... ele gritou... ele não gosta de mim. - Ela tentava falar por entre os soluços do choro e eu sorri ligeiramente. Ela ficou mesmo sentida.

- Claro que não, Mel! O papá ama-te muito, mas tu desobedeces-te uma ordem dele e ele ficou triste com isso. - Ela olhou para mim e eu sorri ao ver o nariz dela muito vermelho por causa do choro. – Se o papá disse que a Lua tinha que ficar em casa, tu não tinhas que ir busca-la a casa com os tios. – Eu falei com calma e ela olhou para o chão.

- Mas a Lua ia ficar sozinha, ela é muito pequenina e eu queria que ela ficasse feliz! – A Mel tentou-me explicar as suas razões e eu sorri ligeiramente enquanto limpava algumas lágrimas que ficaram na sua bochecha.

- Eu sei, princesa! Mas aqui é um lugar muito perigoso para a Lua ficar. Ela é muito pequenina e podia desaparecer ou até ser aleijada e depois quem ficava triste eras tu. - Eu falei e a Mel escutava-me com atenção. - O pai só queria que a Lua ficasse em casa porque sabe que ela é muito importante para ti. Essa foi a razão dele ter proibido a Lua vir para o casamento. - Eu expliquei e ela assentiu ligeiramente.  

- Mas o papá gritou comigo! – Ela falou e podia ver as lágrimas a querem sair novamente dos seu olhinhos.

- Pois gritou! Ele ficou nervoso, mas não fez de propósito. Ele só ficou triste porque tu não obedeceste o que ele mandou. – Ela assentiu e abaixou o olhar.

- Eu portei-me muito mal, não foi? – Ela perguntou-me e assenti ligeiramente.

- Um bocadinho, amo! - Ela suspirou.

- Será que o papá me vai perdoar? – Ela perguntou-me triste. – Eu disse que o odiava. – Ela falou baixinho e logo me abraçou outra vez começando a chorar. Eu sorri ligeiramente e depositei um beijo na sua testa a fazendo olhar para mim. 

- Claro que o papá te vai perdoar! Mas tens que prometer que nunca mais vais dizer essa palavra feia a mais ninguém! - Eu pedi e ela logo assentiu.

- Eu prometo, nunca mais! - Ela beijou os dedos como sinal de promessa e eu sorri. - Desculpa, mamã! - Ela pediu e eu assenti dando-lhe um selinho.

- Bom, eu acho que tu devias conversar com o papá e pedir-lhe desculpa! - Eu sugeri e ela sorri ligeiramente. - Então eu vou chamar o papá e tu ficas aqui a pensar naquilo que lhe vais dizer. -  Ela assentiu e saiu do meu colo para se sentar no banco. - Até já! - Eu dei-lhe um beijo na testa e segui caminho até ao salão de festas.

O Fruto do nosso AmorWhere stories live. Discover now