"Eu já sou sua..."

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-Você?-Pergunto não acreditando que é ele ali na minha frente, com uma garrafa de Whisky na mão, e com a mão na parede, para não cair.

-Oi?-Ele da um sorriso, mesmo bêbado é lindo.

Ele tira a mão da parede, e vem em minha direção. Eu seguro ele, para não cair em cima de mim.

-Meu Deus Benjamin. Não sei o que eu faço com você...-Falo tentando segurar ele, pois ele é muito pesado, e eu não tô conseguindo segurar ele.-Vem?!-Chamo ele, puxando o mesmo pois ele caiu no chão de bunda e está rindo.-Vem logo Benjamin.-Eu falo alterada, e ele tenta se levantar, mas é em vão. Bufo, e ajudo o mesmo a se levantar. Com muito esforço, consigo levar ele para o banheiro do meu quarto.-Até que em fim.-Sento na privada, cansada, pois não foi fácil.-Agora é só te colocar de baixo do chuveiro.-Me levanto. E coloco ele de baixo do chuveiro, na água gelada.

-Aiiiii Hanna, tá gelado porra.-Ele grita, tentando sair, mas eu o enpurro.

-Olha qui, ninguém mandou você beber muito não tá?! Então fica quieto e fica debaixo dessa merda.-Falo alterada.

-AFE.-Ele fala. Do nada ele fica me encarando e chora.-Sabe, o meu pai já me estrupou...-Ele fala, e eu ficou paralisada.-Eu era bem pequenino, tinha só oito para nove anos...-Ele continua chorando, só que dessa vez com a cabeça baixa.-Contei para a minha mãe o que o meu pai fez comigo...-Ele passa a mão no olho.

-Ben não precisa...-Ele me interrompeu.

-Você confiou em mim, deixa eu confiar em você.-Ele olha para mim.

-Tá...-Falei ainda triste, e me sentei no chão, mesmo molhado e gelado.

-O mais engraçado dessa porra toda, é que a minha mãe não fez porra nenhuma, só brigou com ele. Ele fez algumas vezes, mas de pois parou...-Ele da uma risada nervosa.-Minha mãe, só me abraçou e me pediu desculpas eu aceitei. Eu era uma criança, de nove anos, que sofria nas mãos de seu pai, de um filha da puta.-Falou olhando para baixo.-Eu prometi para mim, que não séria igual a ele...-Eu o interrompo.

-Ben, você não é! Você nunca vai ser que nem ele, você não é um monstro, você é gente. Seu pai, não te merece.-Eu falo chorando e abraçando ele(Sim eu estou em cima do colo dele).

-Hoje, depois da nossa briga, eu não sabia o que fazer, eu nunca iria ou vou te machucar Hanna, eu te amo.-Essa palavra me deixou sem ar_Só fui perceber que segurei o ar, quando ele continuou a falar.-E a única coisa que eu quero é te ver bem. Eu não sou que nem esses filhos da puta Hanna.-Ele fala com os braços em volta da minha cintura, e com a cara no meu ombro ainda chorando. Eu levanto a cabeça dele, e olho bem em seus olhos.

-Você não é eles.-Falei.

Ficamos alguns segundos nós olhando, e nós beijamos. Um beijo com vários sentimentos misturados.

-Seja minha?!-Ele fala entre os nossos lábios.

-Eu já sou sua.-Falo e baijo ele de novo.

Ele me me levanta, ainda nós beijando. Me levou até a minha cama, e me colocou lá.

Começou a beijar o meu pescoço, e depois parou e me olhou nós olhos. Eu estou sentindo algo que nunca senti, na minha vida, e estou com a respiração acelerada.

-A sua primeira vez, não vai ser comigo bêbado.-Ele me dá um selinho e depois deita do meu lado. Eu fico sem entender. E fico olhando para ele, que está com um sorriso lindo.

-Como pode?-Falo passando a mão em seus cabelos molhados.

-O que?-Ele continua com um sorriso.

O Filho Do MonstroWhere stories live. Discover now