"Quero te conhecer..."

4.8K 265 59
                                    

(Hanna na multimídia...)

Acordei com despertador, levantei e fui para o banheiro, fiz toda, a minha rotina matinal. Sai da minha casa com uma calça lege preta, e uma camiseta branca com toca.

Sai de minha casa com a minha bolsa, e com o meu celular no bolso com fone. Fui até a faculdade.

Cheguei e dessa vez não esbarrei em ninguém, fui até a minha sala, as aulas passaram devagar.
Sai de minha sala.

-Ei.-A mesma voz de ontem grita, coloco os meus fones no ouvido.

Entrei no banheiro feminino, e lavei as minhas mãos e joguei água na minha cara. Sai do banheiro e me deparei com o cara de ontem na porta mexendo no celular com um pé na parede. Tomei um susto. Sai dali pois acho que ele está esperando outra pessoa, continuei andando.

-Eiii. "Não te interessa"...-Ele grita.-Vai fingir que não me conhece?-Ele parou ao meu lado.

-Pensei que estivesse esperando outra pessoa.-Falo ainda olhando para frente.

-Posso te acompanhar até a sua casa?-Ele pergunta. Parei.

-O que você quer?-Lhe pergunto.

-Como assim?-Ele fica em minha frente.

-O que você quer comigo? O que eu tenho? Sinceramente...-Falo e ele sorri.

-Eu quero te conhecer. Eu acho que você tem algo super legal aí dentro através da sua marra. E eu quero saber porque você tem tanto medo, do mundo.-Ele fala olhando em meus olhos. Como ele sabe que eu tenho medo do mundo? Ele mal me conhece, não sabe nada sobre mim. Eu fiquei o encarando.

-Você não sabe de nada...-Falo ainda o encarando.

-Por isso que eu quero te conhecer. Sei que através de tudo você é encrivel.-Ele dá um passo para a frente e eu dou um passo para trás.-Viu?!-Ele fala sério.-Você tem medo de que eu me aproxime de você, você tem medo de que alguém se aproxime de você, você tem medo de todo mundo.

-Você não sabe nada sobre mim.-
Falo com os olhos cheios de lágrimas.

-Deixa eu me aproximar de você.-Ele fala vindo até a mim.

-Você não me conhece, você só me viu ontem e já quer se aproximar?-Pergunto com os olhos cheios de lágrimas.

-Eu não sei o que eu vi em você ontem só sei que quero te proteger.-Ele fala com uma expressão de preocupado. Eu fiquei pasma com aquelas palavras.

-C-como?-Eu gaguejei e pisquei várias vezes.

-Deixa eu te conhecer, deixa eu me aproximar, deixa?-Ele chegou mais perto, e não tem mais nenhum passo de diferença entre nós.

-E-Eu não te conheço e-eu n-não sei nada s-sobre você.-Gaguejei.

-Não seja por isso...-Ele sorri.-Te busco as 18:00 horas.

-Mais você não sabe a onde eu moro.-Ele da uma gargalhada gostosa, eu fico sem entender a sua reação.

-Aí que você se engana...-Ele ri.-Eu te seguir.

-Como assim? Eu te vi indo embora...-Aí que arrependimento porque eu disse isso?

-Então a senhorita ficou me olhando?-Ele cruza os braços e sorri.

-Não muda de assunto.-Eu reviro os olhos.-Porque me seguiu?

-Sei lá, só fui.-Ele deu de ombros.-Agora me responda...-Ele sorri.-Ficou olhando para a minha bunda?-Eu não acredito que ele me fez essa pergunta. Eu não me segurei e ri.

-Você acha que eu sou quem? Nem passou na minha cabeça olhar para a sua bunda.-Cruzei os braços e sorri.

-Aaaa vai... duvido muito.-Ele ri.

-Querido não sou de olhar na bunda de ninguém, muito menos de meninos.-Comesei a andar.

-Aaaaaa sei!-Ele debocha.-Então isso é um sim?

-Talvez.-Brinco.

Acho que vai ser bom para mim, sei lá, acho que se eu tiver alguém ao meu lado. Mais e se... e se ele fizer algo comigo? Se ele me maxucar? Aí eu não sei se isso é o certo.

-Então tá, as 18:30.-Ele fala se afastando antes de eu desistir disso tudo.

Fui para a minha casa estudei um pouco e fui para o banheiro, tomei banho e fiz as minhas higienes. Sai do banheiro e fui arrumar a minha roupa.

Coloquei uma calça jeans preta uma bota marrom e uma camiseta beje. Peguei o meu celular e vi que falta um minuto para ele chegar. Respirei fundo.

Calma Hanna vai...

Uma buzina interrompe o meu pensamento. Respirei fundo de novo, e sai de casa.

Quando eu vi àquele carro eu não estava acreditando que aquilo realmente estava acontecendo...

Comesei a chorar. Vocês acham que sou chorona né? Mais é que ainda para mim é muito recente, tudo na minha vida é recente. É dolorido ficar lembrando tudo todos os dias, quando eu relo em mim, ou quando eu olho para os carros pretos, ou até mesmo quando eu passo em frente a casas abandonadas. Mais tem um que é o pior de tudo... não poderei realizar o meu sonho de ser mãe, por causa do monstro.

O cara que eu ainda não sei o nome sai de dentro do carro e vem até a mim com uma expressão de preocupado.

-O que aconteceu?-Ele me pergunta.

-A onde a gente vai?-Sai como um sussurro.

-Em um parque.-Ele fala meio sem entender.

-De carro?-Olho para ele.

-Sim. Porque?

-Eu não vou entrar nesse carro, e muito menos com você.-Falei linpando as minhas lágrimas.

-Porque?-Ele fica sem entender.

-Porque NÃO!-Grito no não.

-O que ouve? Você está chorando, não gosto de ver meninas chorando, não gosto... por favor pare de chorar.-Ele se aproxima e me abraça.

Eu deixei? Nossa... Se eu deixei ou não, não me importo, só que eu estou sentindo um conforto enorme, como se nada me afetasse. Eu retribui e continuei chorando.

-Vamos...-Falo me afastando do abraço.-Desculpa pela camisa.-Falo limpando às lágrimas e sorrindo meio triste.

-Não liga, tenho mais dessa.-Ele sorriu.-Não quer ir de carro mesmo?-Ele pergunta.

-Não!-Respondo aflita.-Vamos de táxi. Mais nesse carro eu não entro.-Respiro fundo e fecho os olhos.

-Mais...-Interrompo.

-Não sou igual as outras, mais é que... nesse carro eu não entro!-Falo tentando me conter sobre o choro.

-Tá bom então.-Ele fala como se estivesse se rendendo.-Vamos de táxi então.-Ele bufa. E fomos até o ponto de táxi, entramos no primeiro que vimos...

We walked without looking for us... But knowing always that we were going to meet us.

Andávamos sem nos procurar... Mas sabendo que andávamos para nós encontrar.

O Filho Do MonstroWhere stories live. Discover now