-Obrigada pelo jantar?!-Eu falo entre o beijo.-Mais eu preciso descansar.
-Iii acha que vai ser fácil assim? Usa, abusa e depois joga fora?-Ele brinca.
-Primeiro... Não abusei e segundo, eu só usei um pouquinho.-Entro na brincadeira.
-Ana, Ana, Ana você é uma mulher muito folgada.-Ele me prensa na parede ao lado da porta da saída.
-Não sou!-Falei sorrindo diabólica.
-Aé... Você é sim.-Ele fala chegando mais perto.
-O que vai fazer?-Eu pergunto olhando para a boca dele, que o mesmo está olhando para a minha boca.
-O que acha que irei lhe fazer?-Ele continua olhando para a minha boca.
-Bom... primeiro me beijar e depois tentar fazer algo que não vai acontecer.-Olhei para os olhos dele que agora estão olhando para os meus.
-E por que não vai rolar?-Ele sorri.
-Porque não vai! Não tô preparada.-Eu falo sorrindo.
-Você...-Ele fala mais eu o interrompo.
-Mais ou menos.-O clima mudou e eu me afastei dele.
-Como assim?-Ele pergunta confuso.
-Como os seus pais se chama?-Tento mudar de assunto e ainda de costas para ele.
-Hanna?!-Ele me chama e eu me viro tentando conter o choro.-Me explica.-Ele fala calmo.
-Eu não sei, se eu tô preparada para te dizer o que aconteceu.-Uma lágrima cai mais eu limpo a tempo.
-Você...-Ele pensa.-Você foi estrupada?-Ele perguntou assustado. Na hora eu não aguentei.-Hanna?-Ele me chama e me abraça.-Eu estou aqui, e nada vai acontecer a thi eu prometo. Cuidarei de você para sempre.-Ele fala tentando me acalmar.
-Era numa noite...-Comesei mais ele me interrompeu.
-Não precisa me contar, se não quiser.-Ele coloca as mãos em meu rosto a levantando.
-Eu quero.-Não sei porque mais eu confio nele.-Eu estava na rua sozinha a noite.-Falei indo me sentar no sofá.-Eu estava super magoada, triste, e brava por causa da minha melhor amiga, aí eu estava sem cabeça e comesei a andar pela a rua até perceber que estava numa rua vazia que eu não conhecia e a noite...-Falei um pouco nervosa.-Daí um carro preto, igual o seu passou...-Na hora ele ficou confuso.
-Então foi por isso que você não quis entrar no meu carro, e comesou a chorar?-Ele me perguntou.
-Foi! Eu não queria entrar e nem sentar do seu lado.-Abaixei a cabeça.
-Você disse que o carro é igual o meu...-Ele fica pensativo.-Você viu a placa?
-Não! Não deu para eu ver a placa. Porque?-olho para ele.
-Por nada.-Ele fala. Eu olho para ele sem entender.
-Eu não entrei porque eu quis... mais porque eu não tive opção, eu fiquei paralisada, não conseguia fazer nada o monstro me colocou dentro do carro. Aí ele me disse que me levaria para a casa, eu falei a onde é, só que teve uma hora que ele saiu do caminho para a minha casa...-Me dá uma dor no coração.-Ele me abusou em uma casa abandonada...-Chorei.
-Hanna...-Ele fala.
-Não sei como, mais eu fui para a minha casa... daí por diante não fui a mesma, ninguém acreditava em mim, só minha mãe, e meu pai, sou filha única. Todos os meninos queria "ficar" comigo-fiz aspas com os dedos.-Só que não era normal, eu tentei, juro que eu tentei seguir, e esquecer o que aquele mostro fez comigo, mais ninguém consegue esquecer o que um monstro faz, principalmente quando ele te maxuca bem fundo.-Falo em meio ao choro.-Só que o mais encrivel.-Falo com ironia e com uma risada de frustração.-É que eu não posso ser mãe. O meu sonho era ser mãe, mais eu não vou ser, pelo menos não do meu ventre.-Eu falo olhando para ele, que agora está frustrado e com uma cara que eu ainda não tinha visto.
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O Filho Do Monstro
RomanceComo vocês iriam se sentir vendo o homem que te forçou a fazer uma coisa, que vai ficar marcado pro resto da sua vida, na sua frente? como você se sentiria se soubesse que o seu verdadeiro amor é filho do monstro? o que você iria fazer, desistir do...