"Só o tempo dirá..."

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-Aaaa Anna, para vai. Não tem o porque de você fica com ciúmes de mim...-Eu paro e o interrompo, ele para e fica na minha frente.

-Primeiro querido... eu não tô com ciúmes. Segundo Ben, não mando na sua vida, você faz o que você quiser, se quiser come ela de novo vá, não sou nada sua, não sou sua namorada, nem sua dona, já disse... Não mando na sua vida.-Falei com ele na minha frente me encarando, ele não disse nada e nem eu, então continuei andando.

-Anna eu...-Ele começa a falar, mais eu o interrompo.

-Ben... fica de boa, eu fiquei brava com ela e descontei em você, então fica de boa.-Falei mais tranquila.-Desculpa?!-Abaixei a cabeça.

-Não pesa, sei bem como é, ficar bravo com algo e descontar nos outros, eu também sou assim.-Ele falou divertido.

-Ai viu... Nós não iríamos dar certo.-Falei sorrindo.

-E por que não?-Ele me perguntou meio sem entender.

-Nada... esquece.-Comesei a chutar as pedras.

-Por que não iremos dar certo Anna?-Ele me perguntou de novo.

-Não sabemos nada um do outro, não te conheço, você não me conhece, não sei como você é de verdade, você também não sabe como eu sou. E sinceramente... Não sei e não consigo entender o que você viu em mim?-Ele ria enquanto eu chutava as pedras e desabafava para ele.-Porque está rindo?

-Anna, isso só o tempo pode explicar, a convivência, e o amor. Eu não sei o que eu te vi, e eu já te disse que... eu sei que dentro de ti tem uma grande história. Se você não percebeu... Você mudou muito de um tempo pra cá.-Ele segurou em meu braço eu parei e olhei para ele.-Só o tempo dirá!-Ele fala e me beija, um beijo calmo mais muito bom.

-Você sabe né? Que nos só nós conhecemos faz acho que três dias, né?-Falo entre o beijo.

-Eu sei, mais parece que te conheço a muito tempo.-Ele fala e eu dou um sorriso.

-Se você soubesse da metade da minha vida, você não iria fundo no relacionamento.-Falo e me afasto do seu abraço.

-Anna, eu não vou te forçar a nada, se você um dia quiser desabafar, eu estarei aqui sempre.-Ele fala colocando uma mexa do meu cabelo atrás da minha orelha.

-Meu Deus, o que você está fazendo comigo?-Olhei para ele coloquei a mão no seu rosto fazendo carinho. Ele sorriu. Me abraçou, fechei os olhos e ele também, do nada escutamos uma buzina, então a gente abriu os olhos e eu percebi que estavamos a um centímetro de distância para nós beijar.

-E aí querem morrer?-O cara fala todo nervosinho.

-Velho olha o tamanho da porra da rua.-Vixi vai comesa.

-Sai da frente caralho.-O homem grita de novo.

-Po...-Eu interrompo o Ben.

-Ben, cala a boca!-Falo puxando ele pelo braço.-Pode passar.-Falei ao moço.

-Eu queria quebrar a cara desse babaca.-O Ben fala todo estresado.

-Ata, você ia ser o primeiro a apanhar.-Falei rindo.

-Não ia não, eu sei lutar, eu fiz muay thai, pode ser quem for eu iria vencer.-Ele fala todo se achando.

-E se ele estivesse com uma arma?-Cruzei os braços.

-Aí eu ia pular na sua frente e ser o herói da história da princesa Anna em defesa.-Ele me agarra, sabe no casamento quando o padre fala "pode beijar a noiva" e o noivo agarra ela e beija, foi isso que ele fez, mais no caso eu tô rindo e ele também, mais ele me beijou do mesmo jeito. Voltamos a ficar normal mais não desgrudamos os nossos lábios.

O Filho Do MonstroWhere stories live. Discover now