36 - I Did What?

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"Eu sei que você não me quer mais, pelo olhar em seu rosto. Dizem que quando chove transborda você pode dizer por meu rosto. Ah, e eu sei, e você sabe que já passamos por essa situação. Eu acho que sei como isso deve terminar, temos um público nos chamando de loucos. — Fifth Harmony (No Way)."

Megan's Point Of View.

10 de agosto de 2017.

10:32 p.m.

Toronto, Ontário - Canadá.

Após entrar no meu quarto, é como se todo o meu corpo tivesse finalmente absorvido o que havia se passado no andar inferior, com ele.

Eu sinto minhas mãos suarem frio e as lágrimas agora estão secas sobre a minha face, pois o choque ainda é evidente, a surpresa para mim é grande porque eu jamais havia o visto perder o controle, ainda mais em uma proporção tão grande como essa.

Eu não consigo entender ou raciocinar o que se passou na mente dele, pois primeiro ele bebe como um condenado e depois além de transar com outras, vem para cá me por mais na merda ainda? Como se eu fosse a droga de um peso morto no mundo?

Ele disse que conversou com o seu pai e então ele ficou assim? Nojento e maldoso? Ele ainda me fez questionar a mim mesma por assinar a droga do contrato, pois não consigo acreditar que eles iriam mesmo me matar depois de tudo, é algo que não é possível... E o que ele falou sobre eu ter um meio-irmão? Como se nem ele cansasse de suas próprias mentiras!

Eu poderia ter jogado tantas coisas na sua cara, céus! Eu poderia ter falado de sua mãe, que ela não queria o matar! Ter abordado o fato de que seu pai não o ama e os filhos tem medo dele. Poderia também ter dito que ele não é merecedor algum de amor no mundo e merece morrer sozinho, mas... É como se mesmo com raiva, o meu cérebro ainda funcionasse e me falasse que eu não conseguiria baixar o nível para o dele. Pois eu sei que jamais conseguiria ser tão ruim quanto ele foi, simplesmente não poderia.

— Meg... — O Dylan fala ao fechar a porta atrás dele e eu abraço a mim mesma devido ao nervosismo, pois sigo olhando para a porta como se esperasse que ele viesse para cá e me batesse ou gritasse comigo, que fizesse coisas ainda piores.

— A gente trancou a porta, ele não vai voltar. — O Zac fala em um tom mais calmo e eu suspiro, mordendo o lábio nervosa ao me sentar na cama e não conseguindo mais me segurar, pois em seguida o que ouço são os meus soluços se espalhando pelo quarto.

— Eu... — E eu nem sequer sabia por onde começar, não sabia o que conseguir falar ou não agora, mas eu lembro de suas palavras, o como elas me cortaram como facas.

"Quando mataram sua mãe, ela merecia ter sido até mesmo estuprada antes. É uma pena que não te mataram junto com ela, porque agora quem tem que te aguentar como peso morto sou eu. Porque é isso que você sempre vai ser na vida de todo mundo na sua volta, a porra de um peso morto."

Peso morto? Eu sou a porra de um peso morto por estar aqui tentando o ajudar? Por sempre querer a droga do seu bem? Por querer o entender antes mesmo de julgar? Esse homem simplesmente não tem limites, pois quando ele se vê encurralado diante à qualquer situação, ele simplesmente parte para o seu mecanismo de defesa, que é afastar mais ainda os outros dele.

— Não chora, só... Ele é um idiota. — O Dylan fala ao caminhar até mim e eu tento parar de chorar, mas não consigo. É como se eu tivesse tanta coisa engasgada no meu peito, tanto para por para fora que agora finalmente é a minha chance.

— Eu só... Eu estou cansada de ser forte 100% do tempo. Eu estou cansada de ter que ser sempre positiva quando as pessoas sempre me decepcionam e me põem na merda. Eu... Eu não sou perfeita, eu não aguento mais erra droga toda, não tem como. — E quando eu falo isso, congelo ainda mais quando sinto os braços do Dylan na minha volta.

Criminal BloodWhere stories live. Discover now