Pode-se dizer que para nós, os Biebers, a definição de família não é a mesma que para os outros. Nós não criamos filhos, criamos soldados. Somos a maior e mais poderosa máfia do mundo, não por medo, mas sim por respeito. O nosso sucesso? Manter isso...
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"Se eu te dissesse o que eu era, você viraria as costas para mim? E mesmo se eu parece perigoso, você ficaria com medo? Tenho essa sensação apenas porque tudo o que eu toco não é obscuro o bastante. Se esse problema sou eu. — Imagine Dragons (Monster)."
Megan's Point Of View.
30 de março de 2017
10:44 a.m.
Toronto, Ontário - Canadá.
— Porra. — Só consigo falar isso, pois logo me inclino novamente na frente do vaso e começo a vomitar pela terceira vez seguida, vendo a quantidade de ervilha e milho que sai da minha boca junto com o vomito. Isso que dá, querem me dar uma dieta que nem o meu precioso bebê quer, então é óbvio que vou ficar vomitando.
— Já acabou? — Ele pergunta do outro la porta e eu o ignoro, voltando a vomitar. — Porra, precisava mesmo ser antes da consulta? Não podia ficar vomitando quando eu não tivesse por perto? — E inúmeras vezes eu chego a me perguntar se a insensibilidade desse ser tem ou não limite.
— Você é um insensível de merda! É o SEU filho que está causando isso, então aguente. — E dou a descarga, levantando e escovando os dentes no mínimo umas cinco vezes, pois assim é o único jeito que não sinto o gosto.
— Pelo menos assim eu sei que nem ele gosta de você. — O idiota fala quando passo por ele, mas o ignoro e saio do quarto, descendo e sendo acompanhada por ele. O mesmo que segue com passos firmes e fortes atrás de mim.
— Eu preciso de chocolate. — Falo e ele nega. — Bieber, fazem mais de dois meses que eu não ponho um na boca! Minha personalidade está mais do que obviamente começando a ter mudanças, então se eu te dar um soco no meio da cara não posso me responsabilizar. — E ele nega mais uma vez. — Porra, um pedaço de chocolate não vai matar o bebê!
— Não, mas eu não quero dar à você o que quer, então apenas suba no carro e cale a boca, pois se me fizer ficar aqui mais um único segundo que seja, eu te arrasto pelos cabelos.
— Ah é? — Ironizo e antes mesmo que eu rebata, ele literalmente agarra o meu cabelo com força e começa a o puxar de maneira rápida e dura, o que faz com que eu o siga. — Me solta!
— Já cansei de ficar duvidando de mim. Só mais uma brincadeira ou piada e eu juro, juro que você vai levar a maior surra da vida. Vai implorar para eu te matar de uma vez. — E então ele solta o meu cabelo, entrando no carro mais do que irritado e não fazendo com que nem isso me impeça de soltar meu comentário irônico.
— E depois eu que sou a grávida temperamental. — Ele ergue a mão e eu me curvo para me proteger, mas ele respira fundo e simplesmente me ignora, dando a partida na Ferrari antes mesmo de eu subir direito no carro.
Estico a mão para por uma música no carro, mas ele dá um tapa na mesma e nega, me deixando mais irritada ainda, então não me seguro.
— Me diga, você sabe o que é viver? Você já foi para festa curtir, não é? Então sabe o que é a merda de uma música.
