Capítulo - 28

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    Freen Narrando


Louca. Desequilibrada. Parece que joga pedra na lua.

É muito difícil entender a Rebecca. Parece que tem mil e uma personalidade. Você nunca sabe qual está lidando. Uma hora é uma coisa, outra hora é outra. Sei que estávamos em trégua, mas tive uma breve ilusão de que ela não iria implicar com a minha amizade com o Chris.

Gostei do menino. Gostei mesmo.

Qual é o problema nisso?

Sei que não posso apagar o meu passado e também os meus erros. Mas posso escrever um presente e idealizar um futuro com o meu aprendizado. Não sou tão burra á ponto de cometer os meus erros e deslizes. Eu tenho ganas de me reconciliar com a Rebecca, mesmo ela se mostrando essa chata da carochinha. Sei que no fundo, posso resgatar a minha Rebecca de anos atrás. Sei que a minha Rebecca está escondida e reclusa dentro da nova Rebecca, querendo sair... Sei também que ela irá apenas se libertar quando eu mostrar que realmente estou mudando e não ajo mais na base do interesse.

Onde o interesse me levou?

Ao mundo perdido de mentiras. Uma teia de aranha de autodestruição. Não quero mais isso para mim. Quero me libertar também. Quero ter a chance de ser feliz e de recomeçar do zero.

Estaciono a minha moto na frente do Staybridge, um manobrista rapidamente vem pegar a chave da minha moto. A entrego sem nenhum problema, retiro o capacete e adentro o hotel.

– Srta. Sarocha? – o recepcionista me chama com a expressão ansiosa.

O que a Alison e a perturbada da Serena aprontaram agora?

– Sim? – pergunto ao me aproximar dele.

– Como a senhorita sabe, o seu pacote mental encerrou, gostaria de saber se tem o interesse de renová-lo. – ele diz. – Como medida de segurança, já que o hotel sempre tem uma grande demanda... Isso é para evitar que o seu quarto seja disponibilizado no site.

– Claro. Claro, eu sei. – respondo vagamente, aliás, são anos que eu tenho esse quarto, sei de toda burocracia do hotel. Retiro a minha carteira do bolso da calça jeans, e o entrego.

Ele aceita, e espero a transição. Digito a minha senha na maquineta quando solicitada, e...

– Transição negada. – ele diz baixinho. – Quer usar outro cartão ou tentar novamente?

Solto o ar pela boca, e dou uma risada. Na realidade, gargalho, chamando atenção das pessoas que estavam presentes. Negado! O meu cartão de débito tinha sido negado! A única explicação era: O meu dinheiro tinha acabado. Claro que acabou, com aquelas duas sanguessugas no meu pescoço, inocência era achar que o dinheiro se tornaria elástico.

– Senhorita?

– Oh não. Não quero, obrigada. – pego o meu cartão de volta e o guardo. – Tenho que sair imediatamente?

– Não. – ele balançou as mãos, com o rosto cheio de compaixão. – A sua diária só se encerra amanhã ás treze horas. Pode ficar tranquila.

Suspiro, então, retiro os meus brincos de pérolas folheado a ouro. Peguei a mão dele, e coloquei os meus brincos na palma de sua mão.

– Acho que esses brincos pagam suficientemente bem a refeição de hoje, de amanhã de manhã e também algumas garrafas de bebidas, não?

– S-sim.

– Ótimo. Então, mande as garrafas rapidamente para a minha suíte, por favor.

Dou-lhe as costas, mas o escuto me chamar, viro-me para ele.

El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }Where stories live. Discover now