15 - Capítulo

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    Freen Sarocha


Estou em dúvida á quem matar... Rubi ou Alison?

O que se passou na cabeça de minha amiga ao entregar cocaína para Alison? Talvez, ela não tenha medido o nível de inconsequência ou não pensou que a garota ficaria mais insuportável... Ou que embolaria das escadas como se fosse um cacho de banana caindo livremente. Meu mau humor aumentou consideravelmente. Eu não queria lidar com Alison e suas bobeiras, queria apenas ir pra casa e dormir, mas... Nem tudo é como queremos, e o meu cansaço não pode nunca ultrapassar a minha ganância.

Eu, e Rubi corremos até a Alison que estava com a cara enterrada no tapete caríssimo egípcio que a mãe de Rubi tinha comprado e fazia questão de exibi-lo como se fosse um diamante. O tapete que antes era em tons claros estava sendo presenteado por uma tonalidade avermelhada dando indicio de que Alison tinha se machucado. Ela estava fazendo um som estranho que não dava para distinguir se era choro ou riso, já que sua cara se mantinha atolada no tapete.

- Ela está rindo ou chorando? -  perguntei confusa para a minha amiga.

Rubi que estava de olho no tapete, respirou fundo com pesar:

- O tapete amado de minha mãe. Ela vai me matar, hoje será o último dia da minha vida.

Revirei os olhos. Se isso estava acontecendo é por conta da própria Rubi. Então, não me compadeci. Ajoelhei-me, e fui levantando a Alison. Soltei um gemido em lamento, e fiz uma caretinha de nojo com a situação... O rosto de Alison estava todo ensanguentado, e uma gosma que parecia mais plasma grudava-se do tapete ao rosto de Alison em uma filetas. E ela ria, descontroladamente, como se isso fosse à coisa mais normal do mundo, provavelmente, nem estava sentindo dor.

- Ops... Alguém vai ter que procurar um odontologista. - Rubi comentou com a mão na boca, abismada, mas depois soltou uma gargalhada escandalosa. - Preciso tirar uma foto... Onde está o meu celular? - perguntou batendo em seus bolsos.

- Rubi... - chamei, mas a minha amiga afastou-se, ainda procurando o seu celular. Então, voltei a olhar para Alison, vendo o buraco negro em que a sua boca se tornou. Ela perdeu os dentes da frente. Quebraram-se na raiz. Os dentes estavam cravados no tapete. - Alison... O que você.... - Estava a perguntar quando Alison soltou uma gargalhada ao olhar pra mim e isso a fez cuspir sangue, bem na minha cara. - Eca! Que nojo! - gritei, passando as mãos no rosto, sentindo o cheiro enjoativo de ferrugem em minha cara, e me melando mais.

- Seu... Rosto... - cuspe. - Está... Todo... Melado... -  mais cuspe. - De... Sangue! - Alison balbuciou entre cuspidas e gargalhadas.

Afastei-me consideravelmente por está sendo toda salpicada de sangue. A raiva fluiu em minhas veias. Garota desgra/çada! Olhei para as minhas mãos meladas de sangue, mas um flash de celular desviou a minha atenção. É a Rubi, tirando fotos da minha situação e da Alison.

- Rubi! - gritei irritada, me levantando.

- Desculpa amiga. Mas essa cena não pode deixar de ser registrada. - Rubi falou, soltando altas risadas.

- Espero que essa risada dure quando a sua querida mamãe olhar para o tapete! - praguejei, o riso de Rubi morreu e o seu rosto empalideceu. Fiquei muito contente ao vê-la desse modo. -Você tem uma toalha aí, ao menos?

- Vou buscar! - Rubi respondeu com cara de poucos amigos.

Rubi sumiu de vista, e eu levantei a Alison que me agarrou pela cintura.

- Beija-me, Freen... Beija-me... - ela fez biquinho, e mais sangue escorreu pelo mesmo, tentava insistentemente me beijar.

- Alison para! - coloquei as mãos em seu rosto, e tentei afastar de mim, mas ela estava com uma força quase sobrenatural, e ainda insistia. - Para! Para agora! - exigi agoniada.

El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }Where stories live. Discover now