Parte 13

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Wednesday POV

— Mamãe.

— Mamãe.

— Mamãe, acorda – eu estremeci quando o sussurro foi feito bem no meu ouvido, e meus olhos rapidamente abriram para ver minha filha parada ao lado da cama.

— Oi, carinõ. O que você está fazendo acordada? – Eu consegui dizer entre um bocejo enquanto minha filha esperava pacientemente até que eu acordasse de verdade.

— Mamãe, por que a mama está na cama com você? – Lana sussurrou de novo. Eu olhei para baixo e vi o braço de Enid estendido do meu lado da cama e senti o quanto apertado seu corpo estava pressionando contra o meu. Merda.

— Ela dormiu aqui essa noite, lembra?

— Mas você disse que ela normalmente dormia no sofá? A mama teve um pesadelo? – Lana perguntou de maneira solidária.

— Sim! – Eu concordei rapidamente, usando sua sugestão como uma desculpa razoável para justificar Enid estar na minha cama, já que Lana ainda não tinha noção do quão próximas eu e sua mão estávamos. – Digo, sim, ela teve – eu tentei me afastar dos braços de Enid para me sentar e poder incentivar Lana a sair do quarto, mas a mulher mais velha apertou-me ainda mais em seu braço e me puxou de volta para seu abraço. – Você queria ficar na cama conosco, Lana?

Ela balançou a cabeça imediatamente e pulou na cama, seu joelho batendo com força contra minha barriga e eu grunhi com a dor. – Desculpa, mamãe – eu consegui ficar de costas na cama, mesmo me mantendo nos braços de Enid, e ela, como se reconhecesse que me mexi, puxou-me para si novamente. Lana deitou-se em cima de mim e, felizmente, em cima do cobertor, porque eu estava ainda só de calcinha e a ereção grande de Enid seria difícil de esconder.

— Como você dormiu essa noite, carinõ? – Perguntei a minha filha, quem parecia completamente acordada e tinha um dos sorrisos mais doces que eu já tinha visto em seu rosto.

— Muito bem.

— Por que você está sorrindo tanto? – Indaguei divertidamente, cutucando minha filha na barriga enquanto ela resistia fracamente. Lana balançou a cabeça em negação de que ela esteja sorrindo e enterrou o rosto dela em meu pescoço para esconder seu rosto ainda sorridente, o que acabou em uma adorável risada quando comecei a fazer cócegas nela. Minha filha mexia-se, inquieta, em meu colo, seus braços tentando me afastar e suas perninhas caindo para lados, o que fatalmente acordou Enid.

— Bom dia – sua voz rouca nos cumprimentou, seus olhos abrindo devagar para revelar olhos cujo azuis era igual aos de Lana. – E bom dia para você, princesa – Enid estendeu sua mão para nossa filha e acariciou sua bochecha, fazendo a menina alargar ainda mais seu sorriso.

— Mamãe disse que você teve um pesadelo – as sobrancelhas de Enid franziram em confusão e ela olhou na minha direção como se fazendo uma pergunta silenciosa –, e que era por isso que você estava na cama com a mamãe – seus olhos comicamente se dilataram quando ela compreendeu a situação, percebendo que Lana tinha nos flagrado juntas na cama. – Você está bem agora?

— Muito melhor, obrigada – Enid envolveu a cinturinha de nossa filha com seu braço e puxou Lana para mais perto dela, fazendo a garota cair no vão recém-criado entre mim e Enid. Nós nos viramos de lado para encararmos a nossa filha, que deitava entre nós, ainda sorrindo para si mesma.

— Então você vai me dizer por que você está toda sorridente essa manhã? – Eu indaguei nossa filha novamente. Demorou alguns segundos com ela corando e se escondendo de novo para que enfim respondesse:

— Porque a mama está aqui com a gente e eu gosto de ter vocês duas comigo.

— Eu gosto de ter sua mama com a gente também – sussurrei no ouvido da menina ainda corada, fazendo ela rir mais uma vez. O momento tão terno entre nós três foi, porém, arruinado pelo tocar do telefone, o meu desta vez, e Enid levantou-se para me pegar meu telefone e uma camiseta quando ela percebeu que eu ainda estava nua da cintura para cima. Eu coloquei a camiseta dada por Enid, peguei o telefone de sua mão e andei em direção ao corredor.

The donor: WenclairWhere stories live. Discover now