Parte 12

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Wednesday POV

Já tinham se passado algumas semanas desde a maratona de Harry Potter, a qual tinha sido um sucesso – para Enid e para mim. Acabou que ela era ainda mais fã dos filmes do que o restante de nós e, durante a noite inteira, Enid e eu ficamos repetindo falas dos filmes, o que deixou todos bastante irritados. Até mesmo Lana tinha dito a ela, em determinado momento, para ficar quieta.

Desde aquela noite, as coisas entre Enid e eu tinham se desenvolvido. Ocorre que, muitas vezes, desenvolvimento é compreendido como algo que avança, mas não era esse o caso. Desenvolvimento implicava em uma mudança, e às vezes alguém ou algo pode desenvolver de maneira regressiva. Isso não queria dizer que as coisas entre Enid e eu estavam piorando, mas também não estavam avançando exatamente.

Eu tinha aceitado o conselho de Bianca e começado a provocar a mulher de olhos azuis e sempre funcionava, mas não da forma que eu esperava.

Uma noite em que Enid dormiu aqui, eu propositadamente diminuí a temperatura do ar-condicionado em meu quarto. Quando fomos para a cama, ela se mexeu para me aconchegar em uma conchinha, como ela sempre fazia, mas ela rapidamente notou meus bicos do seio rígidos por causa do ar frio. Não demorou para que a mulher mais velha os abocanhasse, um de cada vez, sua respiração quente me fazendo ansiar por mais. Seus lábios, vagarosamente, começarem a passear pelo meu corpo. Mas nada mais aconteceu além da sua habitual exploração com língua e dedos.

Eu continuei com minhas provocações mesmo quando estávamos ambas em público. Um dia, por exemplo, Enid sem querer acabou me deixando excitada no caminho para o shopping e eu fiz tudo que estava ao meu alcance para provocar um estado similar na outra mulher. Enquanto ela dirigia para o lugar, ela manteve uma mão firme em minha perna, seus dedos apertando gentilmente o interior da minha coxa. Aquilo não deveria me excitar o tanto que me excitou, mas ela sabia que eu era especialmente sensível quando os gestos dela eram mais rígidos.

Como vingança, eu não podia provocá-la com um beijo lento e apaixonado, como eu queria e que eu sabia que ela não resistiria, porque Lana estava conosco e não ainda não demonstrávamos muito afeto perto dela. Em vez disso, minhas provocações deveriam ser mais sutis.

Assim, quando estávamos no elevador, eu fiz o óbvio. Me certifiquei que eu estava parcialmente em frente dela assim eu poderia pressionar minha bunda contra seu pênis. Quando mais pessoas entraram no elevador, eu tive a desculpa perfeita para pressionar meu corpo completamente contra o dela. A mão de Enid segurou minha cintura e a minha desceu até sua perna numa tentativa de me manter equilibrada; sua respiração travou quando eu apertei sua coxa e me pressionei ainda mais contra ela. Apesar disso, além de se esquivar totalmente de me olhar nos olhos enquanto estávamos no elevador, Enid não fez nenhuma menção ao ocorrido. Se não fossem suas bochechas coradas e a forma como ela, disfarçadamente, arrumou a frente de suas calças, eu não saberia nem que ela tinha notado o que fiz.

Mais tarde naquele mesmo dia, nós fomos para uma loja de roupas e Lana me incentivou a provar uma roupa que eu gostara. Ela sabia que eu era o tipo de pessoa que nunca experimentava nada na loja, em vez disso eu levava para casa, a roupa não cabia e eu tinha que voltar a loja. Lana não queria que eu voltasse para trocar nada, então ela me pediu para ir ao provador. Eu tinha acabado de provar um par de jeans que eu não mais vestia e eu ainda não estava muito certa sobre uma blusa que eu experimentava. Olhei-me no espelho e, surpreendentemente, eu me sentia ótima. A blusa era transparente e mostrava a roupa de baixo de renda que eu usava.

Obviamente, eu precisei chamar Enid para saber o que ela achava.

Eu perguntei a Enid se ela podia dar uma olhada para saber se ela achava que a blusa era muito transparente (o que eu já sabia que era). Ela colocou sua cabeça pela cortina do provador e eu tentei fazer uma pose para ela; desabotoei alguns botões para deixar meu sutiã preto a mostra e modelei minhas pernas nuas, assim ela conseguia ver um pouco da minha calcinha também. Demorou um pouco para Enid me encarar nos olhos, ela primeiro fixou sua atenção em meu corpo, aprovando minha calcinha de renda e a blusa transparente. Ela apenas murmurou um tímido "sim" para me informar que a blusa era muito transparente e não tentou sair. Eventualmente ela saiu porque eu disse para ela o fazer, falando para ela olhar nossa filha, que andava pelo provador e brincava com os cabides.

The donor: WenclairDonde viven las historias. Descúbrelo ahora