Capítulo dezessete - seus sentimentos importam

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Blair Finnegan


— Filme favorito? — perguntou Hunter.

Pensei por um breve momento.

— Pode ser uma franquia?

Hunter sorriu, concordando.

— Jurassic Park. — respondi. Ele riu. — É engraçado eu gostar desses filmes?

Ele rapidamente balançou a cabeça.

— Não, mas me pegou de surpresa, nunca pensei que gostasse de filmes de dinossauros. — ele realmente pareceu surpreso com minha resposta.

— Eu sou uma caixinha de surpresas, pode se acostumar com isso, Hunt.

Ele ajeitou uma mecha solta do meu cabelo.

— Gosto de ser surpreendido, mas tenho que dizer uma verdade, nunca assisti Jurassic Park.

Olhei para ele horrorizada, como ele poderia ter perdido a oportunidade de ver esses filmes? Era minha obrigação fazê-lo assistir.

— Maratona no próximo final de semana, você precisa assistir.

Encostei minha cabeça em seu peito exposto, minha bochecha se acomodando em sua pele quente, enquanto Hunter fazia desenhos invisíveis com os dedos sobre minha coxa apoiada em sua cintura.

Ele me trouxe para casa depois da minha última aula da tarde, passamos em uma loja para buscar minha cama sob medida e sua camionete seria o mais recomendado para transportá-la, ainda não havia mais nada no quarto além da cama recém montada e estreada a alguns minutos atrás quando tive a brilhante ideia de arrancar as roupas de Hunter antes que ele dissesse que não era uma ideia tão brilhante assim, porque Matt poderia chegar a qualquer momento.

Porém Hunter não reclamou, pois estava muito ocupado beijando cada parte do meu corpo como só ele sabia fazer.

Haviam quatro semanas que estávamos nos pegando às escondidas, não queríamos complicar a situação contando para os amigos, manteríamos segredo, até porque esse nosso envolvimento não passava de uma coisa física, éramos amigos com benefícios, uma diversão passageira.

Passageira.

Não sabia o motivo, mas essa palavra causava um nó em minha garganta.

Afastei tais pensamentos quando Hunter me fez mais uma pergunta:

— Qual a data do seu aniversário? Você ainda não me disse.

Contei a ele que minha mãe morreu no mesmo dia do meu aniversário, mas não havia revelado o dia exato.

Apertei os lábios para impedir as lágrimas.

— Quinze de janeiro. — murmurei, escondendo meu rosto em seu peito, senti ele deixar um beijo no topo da minha cabeça.

Nos últimos dias não paramos muito para conversar, nossas bocas sempre estavam ocupadas coladas uma na outra.

E também minhas aulas ocupavam a outra parte do tempo. Hunter estava se dedicando à fisioterapia que aumentou para três vezes na semana, ele tinha aulas quase todas as manhãs, os treinos de beisebol, a fisioterapia e os turnos do bar, nosso tempo era curto para conversas mais profundas.

Era fácil estar com ele, a maior parte dos meus problemas desapareciam, com nossos corpos grudados um nos outro, nossas vozes não tinham tanto poder, não precisávamos falar sobre nada, havia algo leve nesse tipo de relacionamento, mas de alguma forma eu sentia que Hunter queria conhecer mais sobre minha história, apesar das poucas conversas no decorrer dessas últimas semanas, ele sempre dava um jeito de fazer alguma pergunta pessoal.

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