Capítulo 13

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Julia


Abri meus olhos e esperei que meu cérebro lentamente assimilasse essa informação, para que eu fosse capaz de entender o que tinha me acordado. Telefone? Não, o toque era diferente. Interfone? Sim. Definitivamente alguém estava interfonando, ás... Que horas eram mesmo? Esfreguei meus olhos e gemi frustrada, já que os toques ficavam cada vez mais insistentes. Alguém precisava se acalmar lá em baixo. 

O relógio sobre o criado mudo mostrava que eram apenas seis. Da manhã. Que merda é essa? Acabei indo dormir muito tarde ontem, e eu precisava repor essas horas.

Exalei com força. — Já estou indo. — gritei para a aparelho insistente. Consegui me arrastar até lá, e o tomei  na mão.

— Oi. — saiu como um gemido.

— Até que enfim. Ainda estava dormindo? — disse uma voz masculina animada.

— Jude?

— Claro. Quem mais? Vai me deixar subir?

Eu ainda estava meio zonza de sono, mas não o suficiente para saber que estava muito cedo para se estar na casa de alguém. Permiti a entrada de Jude, e me arrastei de volta para cama. Ele era suficientemente capaz de encontrar o caminho sozinho.

Ouvi quando a porta abriu e fechou, e fiquei esperando. Mas, ele não veio. Em seguida, ouvi barulhos vindos da cozinha. Eu estava curiosa para saber o que Jude estaria fazendo lá, mas continuei como eu estava. Minutos depois, alguém puxou o edredom que cobria minha cabeça.

— Bom dia! — disse um Jude muito feliz.

— Pra quem? — respondi, enfiando a cabeça embaixo do travesseiro.

— Que mau humor. — disse ele, fazendo aquele barulho irritante de estalar a língua — Vamos, lá. Chega de dormir. Estamos saindo em... quinze minutos é suficiente pra você se aprontar?

Eu estava com muito sono acumulado ou Jude não se encontrava muito coerente essa manhã.

— Jude, o que você está falando? Eu quero dormir. — chorei.

Ele suspirou. — Tudo bem. Olha, eu programei uma viagem. Só que nós precisamos sair agora se quisermos voltar a tempo de... Não importa. Você pode, por favor, se levantar?

Levantei a cabeça, ignorando totalmente o fato de que o meu cabelo possivelmente estaria parecendo um ninho. Jude estava de pé – em toda sua glória – ao lado da cama; vestindo jeans e uma camiseta preta. As mangas se encaixavam bem em seus braços, então meu pensamento ficou girando em torno de algo como: Oh, bíceps!

Por que ele tinha que parecer tão gostoso o tempo todo? Por favor, eram apenas seis da manhã! Isso não era justo. Ficava difícil manter um pensamento lógico perto de um corpo como esse.

Ele pigarreou. Percebi que eu não estava sendo tão discreta ao observar seu corpo delicioso. Quando alcancei seu rosto, ele estampava meu sorriso torto preferido, e um olhar cheio de expectativa.

Ah, é. Ele tinha dito alguma coisa sobre uma viagem.

— Uma viagem? — perguntei.

Ele balançou a cabeça.

— Hoje?

De novo.

— Pra onde?

— É uma surpresa. — disse por fim.

Me sentei, e em seguida passei a mão sobre o cabelo, na tentativa de domá-lo um pouco. Deus sabia no que esses cachos se transformavam todas as manhãs.

Impossível Resistir - Serie Paradise City - Livro 2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora