04 - Palavra de escoteira

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Logo durante a manhã, os corredores de todos os andares do prédio tiveram o silêncio mortal interrompido por uma música ruim dos alto falantes

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Logo durante a manhã, os corredores de todos os andares do prédio tiveram o silêncio mortal interrompido por uma música ruim dos alto falantes. Agora, nossa atenção a possíveis ataques estava dobrada.

Quando a música parou, todos respiraram aliviados por não ter durado muito tempo. Se ficássemos quietos, nada de ruim aconteceria conosco, mas se havia algum humano perambulando pelos corredores, certamente estaria morto antes do entardecer.

Mais uma vez, outro barulho tomou conta de nossos ouvidos. Uma voz, rouca e calma, sendo repassada para cada canto do prédio pelos mesmos alto falantes que nos acordaram.

"Sobreviventes do prédio; tragam comida, remédio e armas para o primeiro andar. Aviso, o primeiro andar está seguro agora, e é muito mais seguro ficarmos juntos. Nós, sobreviventes, temos que ficar juntos. Por favor, desçam. Por favor."

Foi uma proposta chamativa. Entre nós, Ji-Su e Jae-Heon foram os que ficaram mais interessados. Eu imaginei que em algum momento, alguém aqui iria querer ir embora, para tentar uma vida do lado de fora. Mesmo assim, achei que eu fosse ser a primeira a arrumar minhas coisas só para mudar de andar. Não via a hora de voltar ao meu apartamento, mas ainda não havia encontrado o momento certo para iniciar uma despedida. Pelo menos agora, com os dois se preparando para ir embora, eu podia aproveitar essa chance.


Eles pararam em frente a porta, as mochilas praticamente vazias nas costas, as armas na mão. Senhor Du-sik não parecia nem um pouco satisfeitos com isso. Me pergunto se ele vai fazer essa mesma cara quando eu disser que também vou embora. Espero que não.

- Não podem confiar naquele anúncio. - avisou ele. - Vão ficar bem?

- Não podemos ficar dependendo de você. Temos que ir. - disse Ji-su, dando um sorriso de agradecimento.

Era estranho vê-la sorrir. Ji-su era uma garota muito irritada. Ontem a noite, depois que ela descobriu o que realmente sou, achei que sua desconfiança sobre mim fosse aumentar ainda mais. Estava enganada. Desde aquele momento, passamos a nos dar bem. Com isso, quero dizer que as frases de Ji-su direcionaras a mim deixaram de ser ameaçadoras e atacantes. Ela era uma garota confusa.

- Obrigado pela comida e pelo escudo também. - disse Jae-Heon. - Eu desejo que Deus lhe abençoe.

- Eu sou budista.

Mordi os lábios e abaixei a cabeça, evitando que eles vissem o sorriso que se formava em meu rosto. Agradeci mentalmente por Ji-su não deixar o silêncio constrangedor continuar, antes que ele fosse interrompido pelo meu riso.

Os Mais Fortes Sobrevivem - Sweet HomeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora