Capítulo 86

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- Nathália Narrando -

O Kauã hoje foi dormir na casa da minha sogra, mãe do Michel, como o Éverton estava de folga decidimos ficar em casa mesmo bebendo, ele comprou uma batata maluca e algumas cervejas.

- Amanhã é aniversário da Kelly - falou bebendo - O Lekinho chamou a gente

- Eu não vou - falei e bebi um pouco

- Tem algo contra a Kelly? - perguntou confuso

- Contra ela não - dei uma pausa - Tenho algo contra o Lekinho

- Por que? - perguntou bebendo

- O que a Kelly é dele? - perguntei e comi uma batata

- Amante - falou simples - Lanchinho da madrugada, namorada reserva, número 2

- Que lindo - ironizei

- Ué - deu de ombros rindo - O que você tem contra o Lekinho?

- Eu não iria gostar se você tivesse com mulher pelo morro e além de bancar uma festa pra ela - bebi um pouco - Os seus amigos irem e levarem as mulheres

- Mas eu não tenho mulher na rua - falou óbvio

- Mas eu me coloco no lugar delas - falei dando de ombros - Sem falar que eu acho errado esses lances de amante

- A mulher dele sabe e não liga - falou e eu ri - Que foi?

- Ela ligando adianta de algo? Eu e você sabemos que o Lekinho não vai largar ela - falei me levantando

- Mostra que ela gosta dele, talvez por isso ele não larga ela - falou e eu abri o freezer

- Tá dizendo tipo um castigo? - perguntei pegando uma cerveja

- Isso aí - confirmei - Sinal que tá com ele pelo dinheiro

- Desde que ele não tinha um puto no bolso ela tá com ele - falei colocando a cerveja na mesa e me sentei - Comeu o pão que o diabo amassou com ele, até cadeia ela bancou mas pro traste não foi nada e continuou traindo ela. Chega uma hora que a pessoa simplesmente cansa e pra viver uma paz dentro de casa evita muita coisa, sabe? Vai adiantar bater em mulher na rua pra depois ele comer ela na porrada em casa? Certa é ela que tá se fazendo de cega e guardando dinheiro porque quando ele morrer ela vai tá feita e se Deus for justo ele vai morrer invés de ser preso

- Credo, Nat, desejando a morte do cara, isso não se faz - falou abrindo a cerveja

- O que não se faz é tratar a mulher que sempre esteve ao lado dele pior que bicho, o que não se faz é não ligar para os filhos e nem dar um oi quando passa perto - falei séria - A vida vai cobrar dele

- Ok, você tá certa - falou e eu ri baixo

- Sempre - falei dando de ombros

No dia seguinte eu acordei bem cedo, eu fiquei de levar o Kauã em um bloco e não podia descumprir a promessa. Levantei e fui logo tomar um banho pra despertar, me arrumei no banheiro mesmo pra não acordar o Éverton mas quando saí do banheiro ele estava acordado e mexendo no celular.

- Você vai assim? - Éverton perguntou quando eu saí do banheiro

- Vou - falei ajeitando o meu cabelo - Tá ruim?

- Não - negou - O problema é que tá bom até demais

- Problema nenhum - falei colocando os acessórios e ele largou o celular

- Tá mostrando demais - falou e eu revirei os olhos

- Você nunca se incomodou com as minhas roupas e não vai ser agora que vamos discutir por isso - falei respirando fundo

Nathália Where stories live. Discover now