Capítulo 51

6K 396 13
                                    

- Nathália Narrando -

Assim que eu peguei o Kauã na minha mãe eu levei ele na quadra, ficou todo feliz quando viu os amigos brincando e correu pra brincar. Fiquei sentada e um tempo percebi alguém se sentando ao meu lado, precisei nem olhar, só pelo perfume eu reconheci o Cuíca.

- Estamos brigados? - perguntou e eu olhei pra ele

- Não - falei simples

- Tá com raiva de mim? - falou e eu segurei uma risada

- Também não - falei sincera

- Menos mal - falou suspirando - Eu não parei de pensar no que você falou

- Bem feito - falei sorrindo de lado

- Você é má - falou e eu ri baixo

- Não sou - neguei e ele se levantou

- É sim - afirmou - Já volto

- Ta bom - falei e voltei a prestar atenção no Kauã e gritei quando ele fez um gol

- Coruja - Cuíca voltou a se sentar ao meu lado

- Meu filho joga bem pô - falei e vi que ele estava com um pacote de fofura e um guaravita

- Sim - concordou - Tem futuro

- Será? - falei e ele assentiu

- Quer? - perguntou e eu neguei

- Ai que ranço - falei quando vi a Pâmela passando

- Começa não - falou e eu bufei - Ela até que é legal

- Pra tá achando legal já deve ter comido, né? - falei e ele tossiu nervoso

- Lógico que não - falou rápido - O Menor que já atuou ali

- Combinam - falei e ele negou com a cabeça - Posso te perguntar uma coisa?

- Pode - falou simples

- Você é bi? - perguntei e ele me olhou confuso

- O que é isso? - perguntou bebendo

- Bissexual - falei e ele se engasgou com o guaravita

- Não - falou tossindo - Tá louca?

- Ué, não tem nada demais - falei dando de ombros

- Mas eu não sou - falou e eu assenti

- Tem algo contra bi ou gay? - testei

- Não, cada um faz o que quiser com o próprio cu - falou e eu revirei os olhos

- Cuíca - repreendi

- É pô, tenho nada a ver se nego quer dá ou comer cu de outro homem - falou e bebeu mais um pouco

- Entendi - falei e ele comeu o biscoito

- Falei besteira? - perguntou me olhando

- Não - falei sorrindo

O Rael tinha levado o Kauã pra casa dele e eu fiquei de bobeira, vi algumas coisas que estavam faltando e decidi ir no mercadinho pra comprar as coisas. Quando eu estava terminando de pegar as coisas o Dg se aproximou.

- Você é brava, hein? - perguntou me olhando

- Não, só não sou uma mosca morta - falei olhando pra ele

- Briguenta - falou e eu neguei

- Não - falei simples - O que você quer?

- Você me odeia, né? - perguntou me olhando

Nathália Onde histórias criam vida. Descubra agora