28 | narrative.

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POV's Blair

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POV's Blair

Não sei se sorte é a palavra certa pra usar, mas de fato, o pequeno lado bom dessa história é que nenhum carro de polícia me parou para descobrir que eu estava dirigindo levemente bêbada. Se bem que só saberiam se fizessem o tal teste de bafômetro, porque literalmente, toda e qualquer expressão tinha sumido do meu rosto. Eu fazia de tudo pra as minhas mãos não tremerem como papel. Meus dedos estão brancos de tanta força que seguro o volante. Estou tomada de fúria e é muito nítido por eu ser tão transparente em relação ao que sinto.

Eu só escutava baixos gemidos de dor vindo do cara sentado no banco do passageiro. Porém, ele não ousava me direcionar uma palavra. Sabia que eu estava há um pé de arremessa-lo pra fora do carro. Quando viu a gravidade de toda a situação, Nash me emprestou seu carro e disse que iria dar um jeito de levar todo mundo embora depois. Afinal, não era uma briguinha besta que iria acabar com a última noite do pessoal. Infelizmente, a minha já tinha acabado faz tempo.

Assim que estacionei o veículo de Nash em frente à mansão, eu nem sequer ajudei Vinnie à sair. Ando como um furacão pra dentro da casa e sabia que ele viria, mesmo ainda estando tonto pela porrada que levou.

- Blair! - Escuto sua voz. Não paro de andar em direção às escadas. - Porra, cara...

- Senta aí! - Aponto pro sofá e digo em tom de ordem. Ele me encara confuso mas assim que nota meu olhar ameaçador, não diz mais nada antes de sentar rapidamente.

Subo as escadas pulando os degraus e vou até o meu quarto, fuçando as minhas coisas até achar um pequeno kit de primeiros socorros. Digamos que eu sou uma atendente de cafeteria, mas pelo fato de meu sonho ser cursar medicina, eu me preocupava demais até com as mínimas partes. Num desses improvisos e aulas online da vida, aprendi à fazer curativos na área da enfermagem.

Tomo cuidado para não tropeçar nos meus próprios pés ao voltar pra sala e me sento ao lado de Vincent no sofá, abrindo a caixa de primeiros socorros e pegando ali itens para fazer um curativo. Vinnie estava com um corte na sobrancelha que escorria sangue pela lateral do rosto e tinha certeza que amanheceria com o olho roxo. Minha garganta estava travada para lhe dizer mil coisas, mas eu não daria mesmo esse veredito. O silêncio é a melhor opção agora.

Ele geme pela ardência quando encosto o algodão molhado de álcool em seu corte e limpo a ferida delicadamente. Seus olhos estavam em mim, prestando atenção em cada mínimo gesto que eu fazia. Ele me atrapalhava, se mexendo até demais e isso me irrita profundamente.

- Para de se mexer. - Mando, vendo ele suspirar.

- Vai ficar brava comigo agora por ter te defendido? - Pergunta.

𝐁𝐈𝐑𝐓𝐇𝐃𝐀𝐘 𝐒𝐄𝐗, vinnie hacker. 𝙝𝙞𝙖𝙩𝙪𝙨¡Onde as histórias ganham vida. Descobre agora