26 | narrative.

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POV's Vinnie.

Durante toda a tarde, eu consegui escutar quando passava pelo corredor o chororô alto de Chloe. Também não tinha visto Blair sair do seu quarto hoje. Por onde eu andava, conseguia sentir o olhar torto de Layla pra mim. Nem eu sei mais o quão chata toda essa situação é.

Diante de tudo que passa pelos meus olhos e depois do episódio daquela garota literalmente quase quebrar um vaso na minha cara, eu não podia mais continuar brincando de casinha. Óbvio que foi bom. Ter alguém que está ali pra você, te mimando e saciando suas vontades é ótimo, mas não é pra mim. Não isso, não ela.

Além do mais, não tinha só a paixonite de uma adolescente em jogo. A Blair está no meio disso. Eu nunca me perdoaria se a prejudicasse de alguma forma.

Eu seria ingrato demais fazendo ela se desentender com a irmã mais nova por causa de aventuras minhas. Ela sempre esteve do meu lado pra tudo, seu colo nunca deixou de ser o melhor lugar que eu podia descansar e eu sei que ela era, de fato, a minha melhor amiga. Por isso eu sei que não posso mais continuar olhando só pro próprio umbigo. Todo mundo gosta de alguém inflando seu ego, mas já tinha passado dos limites. Eu só quero paz, e envolvido em toda essa merda, a última coisa que terei seria isso.

Pelo que aparentava, iríamos à uma boate do outro lado da cidade. Nash disse que era uma das melhores da Califórnia e que tudo estava na conta dele, mais uma vez. Pude escutar os gritinhos animados de todos presentes. Porém, não o que eu esperava.

Até mesmo Chloe já estava lá, sentada na ponta de um dos sofás com o rosto inchado. Ela permanecia de cabeça baixa enquanto digitava algo em seu celular. Parecia tentar ao máximo não erguer o olhar e acabar esbarrando com o meu. Que puta merda.

Mais uma vez, eu procuro a Weeks mais velha com os olhos numa tentativa falha de encontra-la. Não está mesmo presente ali. Estranho, pois mesmo que se atrase, ela sempre é a mais ansiosa para saber qual é o programa perfeito do dia.

Paro de andar pelo corredor assim que chego até a porta destino e suspiro, abrindo a maçaneta sem mesmo bater. Óbvio que estou errado. Mas já que a merda está até a cabeça, não é muita preocupação se afundar ainda mais.

Eu escuto o som do chuveiro ligado logo ao adentrar seu quarto e respiro fundo, me sentando na cama e fixando o olhar nas mãos. Minha perna não para de chacoalhar. Eu daria tudo por um baseado agora, porém, sei que se eu acendesse um cigarro em seu quarto, Blair provavelmente me faria beber gasolina. Rio fraco ao lembrar das vezes que ela reclamou do cheiro forte de maconha, até mesmo quando ela também dava tragos.

— Jesus! — O grito feminino chama minha atenção e faz eu olha-la. Ela segura firmemente a toalha em seu corpo e seus olhos estão arregalados. — Qual o seu problema? O que tá fazendo aqui?

— A gente pode conversar agora? — Pergunto, ainda balançando a perna em nervosismo.

Blair revira os olhos e vai até sua mala, se agachando e pegando uma muda de roupas para se trocar. Puxo os lábios numa linha fina e rapidamente volto à olhar pro chão. Está tudo bem, eu não sou um tarado.

— Não tem nada pra conversar. — Se levanta novamente.

— Claro que temos, Blair — Eu também fico de pé. — É o último dia aqui. Logo você vai voltar pra aquele trabalho que suga tudo de si pra tentar pagar sua faculdade, não vai me ver direito, não terá tanto contato com a Chloe por causa da sua família e as coisas deixarão de ser um conto de fadas. Você não pensa nisso?

— Tenha a consciência de que você que causou tudo isso. Sua necessidade de ter mulheres inflando esse seu ego e seu egoísmo enorme que estão me afastando de você. — Ela coloca as roupas em cima da casa. — Por favor, vai embora, quero me trocar.

— Não é como se eu nunca tivesse visto.

— Esse não é o ponto, Vincent. Eu quero que você vá embora — Ela cruza os braços. — Essa história já chegou ao fim. Você não fica mais com a minha irmã, nós continuamos com a nossa amizade linda e inofensiva e nada volta à acontecer. Não há mistério.

— Nossa amizade nunca vai voltar à ser inofensiva, Blair — Ela suspira, encostando as costas na parede e abaixando a cabeça.

O silêncio se instala naquele quarto por algum tempo. Logo, ela respira fundo novamente e volta à me encarar.

— Por que você insiste tanto nisso? Já não estragou o suficiente? — Tento fingir que suas palavras não me machucaram.

Eu balanço a cabeça repetidamente e passo os dedos pelos cabelos totalmente nervoso.

— O que nós temos é bom. Muito bom. — A olho. — Eu ainda não sei direito o que é, mas não é de se jogar fora. — Em passos lentos, me aproximo de si, parando em sua frente ao estar há centímetros e encarar suas íris de perto. — Sente o mesmo?

Ela pisca de forma lenta e continua com os olhos fixos aos meus. Aos poucos, aproximo meu rosto do dela e quando as pontas dos nossos narizes se roçam, ela pressiona os próprios lábios.

— Vai embora, Vincent.

Blair se desvencilha de mim e pega as roupas na sua cama, correndo e se trancando no banheiro. Murcho meus ombros e travo o maxilar de forma rígida, batendo a porta com brutalidade ao me retirar do quarto.

Loucuras só são boas de se fazer na hora do calor. As consequências são de rasgar o peito.

me desculpa se fui rude de mais no aviso antes desse capítulo, mas eu precisava falar aquilo para algumas pessoas aqui do wattpad se ligarem

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me desculpa se fui rude de mais no aviso antes desse capítulo, mas eu precisava falar aquilo para algumas pessoas aqui do wattpad se ligarem...

𝐁𝐈𝐑𝐓𝐇𝐃𝐀𝐘 𝐒𝐄𝐗, vinnie hacker. 𝙝𝙞𝙖𝙩𝙪𝙨¡Onde as histórias ganham vida. Descobre agora