Os avanços científicos em busca da cura de uma terrível doença desenvolveu uma nova espécie, os híbridos. Homens e mulheres com parte de seu DNA mesclado aos de animais, lhes dando novas características. Décadas se passaram e o mundo moderno ainda era um grande desafio a comunidade híbrida. Colocados a margem, se estabelecer de forma digna em sociedade se tornava mais desafiador a cada dia. Park Jimin vivenciava na pele a exclusão. Extremamente talentoso, o excêntrico híbrido de cobra tem em seu coração a paixão pela arte, em especial o balé. Após incontáveis recusas, Jimin resolveu ousar com a sorte, omitindo sua condição híbrida ao se inscrever nos testes de um grande concerto, sendo finalmente chamado para a audição. Os tempos modernos jamais foram feitos de sorte, o bailarino sabia disso, mas talvez ele pudesse abrir concessões. Kim Taehyung não era igual a si. Nem híbrido, bailarino e tão pouco escritor. Mas ao ouvi-lo tocar no instante mais crucial de sua vida, parte da alma de Jimin se conectou a dele através da música como se fossem um, ligados em elo e reconhecimento profundo. O lar um do outro numa paz que excede o entendimento. Essa não é uma história de amor. É a história de duas almas e uma só paixão: arte.