Quando percebemos, estamos em uma pista. O som do caos invade o ambiente, bagunçando ou anulando a lucidez. Há quem saboreie - às vezes na marra - drinks amargos, embriagando-se de medo, ódio, tristeza e frustrações. Há quem dance conforme a música ou prefira dançar no seu próprio ritmo. Outros mal conseguem caminhar. Há aqueles cujos sentidos morais não têm pilares bem estruturados para discernir o certo do errado. Há quem não consegue controlar os fósforos que acendem as dinamites internas e que explodem em confusão, violência ou meras verdades. Há vítimas, culpados, alicerces tortos e cenários nebulosos que embaralham a visão. Não importa o quanto vivenciamos essa festa ou fizeram a gente dançar. No dia seguinte, mesmo que os machucados doam ou os escombros pesem, é melhor contar o que sobrou e tentar fazer o caminho de volta. Ou ir para algum lugar mais calmo. Mas você pode preferir cair em outra festa e aguentar as consequências. Este livro reúne contos escritos entre 2003 e 2015, que retratam as mazelas e defeitos do ser humano. Engana-se quem pensar que este é um livro pessimista. Leia estes textos com os olhos de quem observa uma tempestade: ela vem, pode fazer seus estragos, mas no final, deixa lições que podem nos tornar uma pessoa melhor, ou pelo menos, nos leva a refletir sobre as nossas atitudes ou, quem sabe, a não cometer os mesmos erros. *Obra protegida por direitos autorais. PLÁGIO É CRIME!
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