Caos. Uma palavra minúscula quando comparada à aflição e a confusão que os habitantes do pequeno vilarejo de Colmar estavam vivendo. Os humanos, ou meros mortais como eram conhecidos pela realeza local, já estavam desconfiando dos segredos sombrios que cada rua da cidade escondia. Boatos e boatos voavam de um lado para o outro seguindo o curso dos ventos de outono que assombravam a cidade. Os "humanos intelectuais" já estavam preparando-se para o mal que estava por vir. Uma guerra iria acontecer. Todos, por mais idiotas que fossem, sabiam. A seca prejudicava os mais ricos até os mais necessitados. Pragas desconhecidas e violentas invadiam sem dó as plantações. A situação estava tão crítica que até a alma e a sanidade de alguns já tinham se perdido nas trevas que aquele lugar estava mergulhado. A pior parte era: o verdadeiro mal ainda tinha a identidade desconhecida. Não se sabia distinguir os vilões dos mocinhos. Existia mesmo um lado bom para defender os oprimidos? E se a solução para alcançar a paz fosse confiar no desconhecido? A profecia escondida a sete chaves era clara: assim que o mal fosse descoberto, as ruínas do passado seriam abertas.