Mating Policies

By nymph_L

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Quando o conselho de Yokais o pressiona para gerar um herdeiro, Sesshomaru já não tem mais para onde correr... More

♕ Notas
♕ To Love a Demon - PARTE I
♕ To Love a Demon - PARTE II
♕ To Confuse a Demon - PARTE I
♕ To Confuse a Demon - PARTE II
♕ To Understand a Demon - PARTE I
♕ To Understand a Demon - PARTE II
♕ To Enchant a Demon - PARTE I
♕ To Enchant a Demon - PARTE II
♕ To Madden a Demon - PARTE II
♕ To Madden a Demon - PARTE III
♕ To Tame a Demon - PARTE I
♕ To Tame a Demon - PARTE II
♕ To Outsmart a Demon - PARTE I
♕ To Outsmart a Demon - PARTE II
♕ Agradecimentos + Notas Finais
♕ Glossário

♕ To Madden a Demon - PARTE I

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By nymph_L


Olá!

Esse capítulo bem grandinho +8k no original, então eu preferi dividir em três partes ao invés de duas para conseguir postar hoje e não atrasar tanto assim. Isso significa que a gente vai acabar tendo 15 capítulos ao invés de 14 apenas xD Isso é, fora os extras que temos aqui no Wattpad xD

Não sei se tenho muita coisa pra dizer, além de que curtinho, esse cap apresenta mais coisas do plot e a relação do Sesshomaru e da InuKimi, além de nos apresentar uma nova personagem, a Kaoru.

Aliás, espero que gostem dela. E espero poder supreendê-los com ela também xD

Traduções:

Hanare - separado. Em inglês eu uso hanare room. O Hanare também pode ser um espaço separado para recém casados pros mais tradicionais na cultura japonesa.

Shoji - portas tradicionais feitas de papel translúcido.

Zabuton - almofada tradicional japonesa.

Miss do Vale

22/12/2020


O SOL AINDA NEM HAVIA SURGIDO NO HORIZONTE QUANDO OS GUARDAS ABRIRAM OS PORTÕES DO CASTELO, PERMITINDO A ENTRADA DA PEQUENA CARRUAGEM. Michiko e seu consorte, Hideki, aguardavam, lado a lado, a chegada de sua convidada na entrada principal.

Um suspiro de alívio deixou os lábios de Michiko quando um serviçal abriu a porta da carruagem e ajudou a garota a desembarcar. Com cabelos prateados e olhos dourados, ela se parecia como qualquer outro inu yokai do Oeste.

Em menos de um segundo, ela atirou os braços ao redor dos ombros estreitos da garota e a abraçou com toda sua força. Os guardas notaram o quanto a yokai mais jovem pareceu desconfortável, completamente imóvel, e sem se atrever a abraçar a mulher mais velha de volta.

Em sua face juvenil, um sorriso forçado se delineou.

"Seja bem-vinda, Kaoru!"

Diante da falta de resposta, seu aperto sobre a garota ficou mais firme, até que um som de desconforto a deixasse. Com uma risada praticada, Hideki colocou as mãos sobre os ombros de Michiko e a fez se afastar.

"Pronto, pronto, querida... Deixe a garota respirar!" Ele sorriu, ainda mantendo sua consorte em seus braços, com o rosto dela enterrado em seu peito.

Com um sorriso que exalava cortesia — e um tanto de desconforto —, Kaoru se curvou diante de seus anfitriões, intrigada pela atmosfera silenciosa e pela recepção estranha. Tinha a impressão de que o Senhor do Oeste estava ciente de sua presença e que iria recebê-la. Mas parecia que estava sem sorte. Uma pena, porque ela estava bem curiosa sobre a presença dele.

Michiko-sama falara tão bem dele que ela fora levada a acreditar se tratar de um homem encantador.

"Oh... Sesshomaru-sama está..." Michiko olhou para seu consorte, sem saber o que dizer.

Ele sorriu para a garota e completou, "Ocupado neste momento."

"Ah..."

Foi tudo que ela conseguiu dizer; uma expressão de completo desapontamento anuviava sua face jovial. Ela tentou encobri-la com um sorriso, mesmo que ele soasse falso quando comparado com sua atitude geralmente alegre e animada.

"Não se preocupe, Kaoru-sama," Hideki disse, com os olhos dourados focados em sua consorte. "Eu tenho certeza que o Sesshomaru-sama ficará feliz de fazer companhia a uma Senhorita tão graciosa quanto você no desjejum."

Dessa vez, os lábios dela se curvaram num natural, ainda que tímido, sorriso.

"Venha." Michiko ofereceu a mão para a garota. "Vamos acomodá-la. Você deve estar cansada após uma viagem tão longa e entediante."

"De fato," Kaoru concordou balançando a cabeça. "Obrigada, minha Senhora." Ela fez uma nova e delicada mesura. "Meu Senhor..."

Os três adentraram o castelo, sem notarem o par de olhos dourados que assistia à interação desde o princípio. Um som de escárnio deixou os lábios roxos enquanto passos leves e controlados guiaram a figura diminuta até o hanare.

♕♕♕

"Você me ouviu, Sesshomaru?" InuKimi estava perdendo a paciência com seu filho — e ninguém poderia dizer que ela não era paciente, porque ela estava provando para todos que tinha mais daquele sentimento dentro de si do que achara possível.

Tão logo ela adentrara o quarto em que os recém-casados deveriam estar compartilhando, ela notou que seu filho não estava em lugar algum. Rin dormia, sozinha, de uma forma completamente reprovável para a mulher que se tornaria a Senhora do Oeste. InuKimi suspirou e seguiu seu filho pelo cheiro. Ele estava, como esperado — que criatura mais patética e previsível —, em seu escritório.

Ao invés de ler os contratos, como de costume, ele pintava. Não conseguia se lembrar da última vez que ele se permitira perder tempo, como ele próprio gostava de dizer, com aspirações artísticas. Ele era sempre tão sério e concentrado nos negócios que era bastante estranho pensar que tivesse uma veia artística.

Ele afundou o pincel num tom mais escuro de azul ao pintar o céu. O cenário que surgia no quadro quase a fez rolar os olhos. Havia um inu yokai gigante e uma pequena mulher ningen que o abraçava.

"O que você quer?" ele perguntou num tom neutro, sem se preocupar em se virar para encará-la.

Quando ela adentrara seu escritório e parecera prestes a abordá-lo, ele rosnara em aviso. Queria ser deixado em paz e em paz significava bem longe dela. Sesshomaru não tinha tempo — e muito menos cabeça — para lidar com suas provocações naquele momento.

InuKimi rolou os olhos. Que cumprimento mais típico. Que natureza mais entediante. Um sorriso curvou seus lábios e iluminou sua face ao contar a ele sobre a chegada de Kaoru.

Ao contrário do que ela esperava, ele não parecera surpreso. Parecia, na verdade, feliz por ela haver finalmente chegado. Como se sua presença trouxesse uma certa sensação de normalidade que ele não sentia nos braços de sua esposa. Inukimi estreitou os olhos. O comportamento de seu filho não fazia sentido.

Mas ela rapidamente compreendeu a situação.

E sorriu.

Sesshomaru estava fugindo de tudo aquilo.

E aquilo representava aquela situação que o fazia se questionar quanto ao funcionamento de seu mundinho entediante — e questionar seus próprios sentimentos.

Aquilo representava a incerteza que martelava em sua cabeça.

Aquilo representava os sentimentos diferentes que faziam seu coração bater mais rápido.

Sesshomaru estava fugindo de seus sentimentos.

Tsc, que criatura mais previsível.

"Mais alguma coisa?"

Ela não perdeu tempo e se sentou confortavelmente no zabuton, fazendo-o rosnar em irritação, e abriu um dos documentos que jazia em sua mesa.

"Eu não achei que você tivesse a coragem de mandar InuYasha como seu representante em uma transação comercial tão importante."

Sesshomaru preferiu não responder, concentrado no quadro diante de si. Seus dedos longos, no entanto, fecharam-se ao redor do pincel.

"Ah... Entendi..." Ela riu levemente; seus olhos dourados brilhavam em malícia. "Foi ideia da Rin. Que garota mais esperta." Houve silêncio por um momento; seu filho não se atrevia a dizer nada. Seu sorriso só aumentou e ficou ainda mais malicioso ao provocá-lo, "Claro que você não teria essa ideia sozinho. É óbvio que a garota é muito mais inteligente do que você."

"Mãe!"

O pincel escapou de sua mão e caiu no chão, para o deleite de InuKimi. Ela finalmente conseguira tirá-lo do sério. Ela deu duas batidinhas no zabuton ao seu lado, indicando que ele deveria se sentar. Quando ele não se moveu e continou a encarar o quadro — ela sabia o quanto ele odiava ser interrompido no que considerava ser seu único momento de lazer —, ela estreitou os olhos.

"Sente-se, filhote."

Ele demorou para obedecê-la, mas quando o fez, o fez de mau humor e com um olhar irritadiço direcionado a ela. Satisfeita que ele finalmente fizera o que ela mandara, ela começara a contar a ele sobre a chegada de Kaoru e como a garota frustrara suas expectativas.

Mas sua voz era só um chiado na cabeça dele. O que ocupava sua mente e o mantinha ansioso e preocupado era a forma como a voz suave de Rin ainda ecoava em seus pensamentos.

Mas eu não vou desistir de você.

Aquelas palavras o fizeram se lembrar do que ela dissera quando os dois compartilharam a cama pela primeira vez. Quando ele a segurara em seus braços pela primeira vez.

O que você faria caso eu decidisse cortejá-lo, Sesshomaru-sama?

Ao se recordar daquelas palavras de dias tão distintos e pensar no quão irônico era o fato de que apesar de se tratarem de situações completamente diferentes, seu significado era bem parecido, a voz de sua mãe ficou mais e mais distante... até que ele não conseguisse mais ouvi-la.

No entanto, ela rapidamente percebeu que estava falando sozinha. InuKimi rolou os olhos e estalou os dedos no rosto dele.

"Você ouviu o que eu falei, Sesshomaru?"

Ele estava em silêncio, mas se virou para encará-la. Piscou duas vezes, tentando dissipar a face de Rin de sua mente.

"Rin consegue falar na minha mente," comentou com sua mãe, ainda desinteressado na chegada da Princesa do Sul. No atual momento, a situação era de pouca importância.

Para qualquer pessoa de fora, pareceria que ele valorizava a vida de Rin muito pouco. Afinal, se não se importava com a chegada de uma mulher que poderia — e assim o faria, se tivesse a chance — matar sua esposa a qualquer momento, era porque não se importava. Mas para sua mãe estava claro que ele quebraria as regras se fosse necessário para salvar aquela garota novamente.

A boca de InuKimi se abriu e se fechou diante de tal revelação. Dizer que fora pega de surpresa seria um eufemismo dos grandes. Que a garota conseguisse tal feito um dia, mais para frente, não era nenhuma surpresa, mas que ela conseguisse aprender aquilo tão rapidamente era certamente algo para se admirar.

"Ótimo."

Os olhos dourados de Sesshomaru se fixaram nos de sua mãe e por um momento ele não soube o que dizer ou que pensar. Ótimo? Ela só poderia estar louca. O que tinha de ótimo numa humana desenvolvendo um laço daqueles com um yokai quando os dois sequer acasalariam?

Melhor: quando não poderiam acasalar.

"Ótimo... Perfeito!"

Ele estreitou os olhos e inalou profundamente.

"Quais os seus reais interesses, mãe?"

"Perdão?" Ela rolou os olhos. "Como assim reais interesses?"

Ele demorou para responder, como se procurasse pelas melhores palavras. Colocou as mãos sob o queixo enquanto ela lhe oferecia uma pequena dose de saquê. Ele até tentou farejar suas intenções — quaisquer que fossem —, mas não encontrou nada... Nada que pudesse incriminá-la. Sua mãe era, afinal de contas, uma mestre na arte de manipular as próprias emoções e até mesmo em manipular o próprio cheiro para atrair e enganar seus inimigos.

"Só parece completamente estranho que você tenha passado a amar humanos do dia para a noite."

"Mas eu não amo os humanos!" Ela riu levemente, nem um pouco incomodada pelo fato de que ele usava as mesmas palavras que o Conselho usara contra ela na manhã anterior.

"Você certamente está fazendo um esforço descomunal para tornar a Rin uma consorte ideal."

Dessa vez, ela atirou a cabeça para trás e riu com gosto. Riu tão alto que provavelmente fez com que algumas almas que ainda dormiam no castelo acordassem, assustados com a crise de riso da Senhora.

"E está funcionando?" Seu tom jocoso fez com que Sesshomaru estreitasse os olhos e se ocupasse com sua bebida. "Nem precisa responder, filhote amado, seu quadro já disse tudo por você."

Ele preferiu não responder.

"É bem óbvio quem são os protagonistas do quadro."

Um som de escárnio deixou os lábios dele.

"Você deixou que ela te abraçasse em sua forma yokai, ela já consegue falar na sua cabeça..." InuKimi farejou o ar do redor dele e sorriu. "E é óbvio que vocês dois tem se entregado aos prazeres carnais com certa frequência..." Ela tocou o próprio queixo, como se medisse suas próximas palavras, "Por que você não a marca de uma vez?"

"Eu nunca farei isso."

Sua resposta veio tão rápida, tão preenchida por um desgosto e nojo que InuKimi teve dificuldade para entender aquela reação tão incomum. Ele se levantou do zabuton e caminhou em direção às portas de shoji. Ele definitivamente não ficaria ali ouvindo as sugestões absurdas de sua mãe.

Ele, o poderoso Sesshomaru, filho de InuTaisho, o maior General do Oeste, tomando uma humana como sua consorte? Sua mãe certamente havia perdido a pouca sanidade que ainda lhe restava. Essa era a única explicação lógica para aquela sugestão tão absurda.

"Tsc... Tsc... Você está em negação."

Se ele a escutou, preferiu não dar nenhuma indicação disso ao deixar seu escritório e uma InuKimi tão intrigada quanto deliciada para trás.

"Muito bem, filhote amado... Vamos ver até onde essa sua teimosia vai te levar."

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