2 anos depois...
- Está preparado? - Pergunto segurando a mão de Thimoty.
- Não. Tenho a sensação que vou ter colapsos diários. Posso até sentir o calor das bolas de fogo se aproximando. - Ele diz me fazendo abrir um sorriso.
Acabamos de chegar no canil, viemos buscar um cachorro. Pois Felicia ama cachorros e Ayden entrou no embalo, faz meses que os dois nos pedem um cachorrinho, então eu achei que seria o momento de presentear a nossa família.
Thimoty está apreensivo, pois nunca teve um cachorro, mas depois de muita conversa o convenci que um cachorro seria ótimo para a nossa família, afinal Ayden e Felicia tem se comportado tão bem. Claro que eles fazem bagunça como qualquer criança, mas na escola só recebemos elogios. E a verdade é que também quero um cachorro.
Li muitas coisas e basicamente eu que decidi qual cachorro vamos ter. Escolhi um filhote de Golden, ele vai crescer e se tornar um cachorro de porte grande, inteligente e muito dócil, tenho certeza que ele vai fazer parte da nossa família e que vamos ama-lo muito.
- Relaxa, ursinho. Tenho certeza que o cachorro vai te amar, vocês vão ser como unha e carne. - Digo confiante.
Chegamos ao canil e o dono nos aguarda, pesquisei por um lugar com muitas indicações, pois não queria de maneira alguma comprar um cachorro em um lugar que trata os animais como lixo.
O cuidado com os animais é impecável, eles têm uma rede de comunicação com vários donos de Golden, então muitas pessoas querem que seus animais tenham filhotes, desta maneira eles fazem o encontro dos cachorros e o canil cuida de vender os filhotes, pois as vezes nascem 4 ou mais cachorrinhos e a família só fica com um...
- Ele está animado, comeu bem... - O dono do canil diz e vai buscar nosso cachorrinho.
Um minuto depois ele traz o nosso mais novo bebê.
- Ele está de gravatinha! Olha amor... - Digo me derretendo.
- Ele está elegante. - Thimoty diz avaliando.
- Vem cá meu amor. Aí meus Deus... você é tão fofinho. - Digo pegando o bebêzinho no colo e dando um abraço nele.
Thimoty assina uns papéis, faz o pagamento e vamos para o carro. Parker guia o carro, e eu e Thimoty vamos atrás.
Estou ali com o filhotinho no colo, quando Thimoty olha curioso, ele estica seu dedo indicados e encosta no focinho do filhote.
- Prazer, eu me chamo Thimoty Baker, agora sou de papai. - Thimoty diz movendo seu dedo no focinho do bebê e desce o dedo para a boquinha dele, nesse momento o filhote abre a boca e dá uma mordidinha no dedo de Thimoty, que dá um grito.
- ELE ME ATACOU! - O escândalo berra.
- Você enfiou o dedo na boca dele, queria o que? - Digo exasperada e Thimoty fica empurrado.
- Eu nem enfiei. - Ele diz cruzando os braços.
- Para de drama. Segura ele um pouco. Meu celular vibrou. - Digo entregando o filhotinho para Thimoty.
Pego o celular e é uma mensagem de Emily. Hoje é sábado e ela e Diego ficaram lá em casa com as crianças para podermos sair. Emily pergunta se já pegamos o filhote e falo que sim, explico que vamos passar no pet shop para comprar umas coisas e logo chegamos.
A verdade é que Emily também quer o cachorro, e tenho pra mim que em breve ela vai acabar adotando um filhote. Diego gosta de cachorros, me surpreende que até hoje eles não pensaram em pegar um filhote.
- LUÍZA, ELE ESTÁ ME BOLINANDO! LUÍZA! - Thimoty berra e só não dou um beliscão nele por bom senso.
O filhote está sentado no colo dele e enfiou a cabeça entre suas pernas.
- Pega ele no colo, homem! Que coisa! Ele está te cheirando... - Digo brava e Thimoty pega o cachorrinho.
Viro o olhar um segundo pra guardar o celular e no segundo seguinte Thimoty berra.
- LAMBENDO... SOCORRO!!! - Ele grita e vejo o filhote lambendo seu rosto.
Sento um beliscão em Thimoty e ele grita outra vez.
- Quer deixar todo mundo surdo? - Pergunto brava.
- Ele... não... - Thimoty não consegue dizer, pois começa a gargalhar, o filhotinho tá lambendo o pescoço dele.
Abro um sorriso e avalio Thimoty, ele queria ir buscar o filhotinho de terno, mas acabei o convencendo de que deveria ir de uma maneira despojada.
Então ele vestiu uma camisa polo azul marinho, calça jeans preta e um sapatênis marrom. Thimoty continua tão gato. A barba dele está perfeita, pois ontem ele foi ao barbeiro, inclusive aparou os cabelos.
Thimoty dá risada e depois de um tempo ajeita o bebê no seu colo.
- Fique manso. Juízo... - Ele diz e o filhote fica quietinho.
Faço até uma careta, pelo jeito o cachorrinho já virou melhor amigo de Thimoty.
O filhotinho pega no sono e chegamos ao pet. Tenho uma lista do que comprar, eu havia falado com um veterinário, portanto estou ciente de todos os cuidados que o bebê necessita.
- Quer que eu o leve? - Pergunto quando vamos descer do carro.
- Eu o transporto. Pode ficar tranquila, amor. - Thimoty fala já monopolizando o filhotinho.
Pego um carrinho e os seguranças vem a nosso reboque.
Entramos na loja e pego a ração de filhotes, biscoitos, brinquedos, 2 caminhas, potes de água e de comida, tapetes higiênicos, uma coleira e uma guia, pois no futuro quando ele puder passear com certeza vamos ir para algum parque.
- Ele necessita de gravatas. - Thimoty diz olhando ao redor.
Vamos para a sessão de roupas e acessórios e Thimoty surta, pois quer levar tudo que ele considera elegante.
- Linda, são só 14 gravatas. Ele necessita de acessório apresentáveis. - Thimoty fala como se fosse óbvio.
- Tá certo. - Digo cedendo.
Thimoty faz sua cara de satisfeito e vamos para o caixa, o rapaz vai passando os itens e é bem simpático.
- A senhora tem filhos? - O rapaz pergunta me fitando.
- Um casal. - Digo enfiando umas coisas na sacola.
- Ela é minha esposa. Eu tenho a Certidão de Casamento pra provar. - Thimoty fala do nada tirando a Certidão de Casamento do bolso da calça.
Ele chacoalha a Certidão para o rapaz e reviro os olhos. Sim, pra onde vamos ele carrega a Certidão com ele, de tempos em tempos Thimoty pede uma Certidão nova no cartório, afinal o papel vai se deteriorando, de qualquer maneira ele guarda todas as Certidões antigas em uma pasta lá em casa.
- Claro, Senhor. - O rapaz diz surpreso, acho que é a primeira vez que chacoalham uma Certidão de Casamento na cara dele.
O rapaz termina de passar as compras, pago tudo e vamos para o carro.
- Fim dos tempos! Você viu a maneira que aquele sujeito estava avaliando sua mãe? Ela é muito jovial e os homens ficam a rondando. Eu sofro com ela... sabe ela é muito difícil, meu pobre coração fica acelerado... - Thimoty resmunga baixo com o filhote.
Entramos no carro e Thimoty fica cochichando com o bebê e me espiando de lado, ele ficou com ciúmes do rapaz e está desabafando eu acho.
Durante o trajeto fico pensando em qual nome devemos dar para o filhote.
- Qual nome vamos dar pra ele? - Pergunto para Thimoty.
- Franz. - Ele diz sem titubear.
- Franz? - Pergunto analisando o nome.
- Sim, como Franz Peter Schubert. Compositor Austríaco, que escreveu mais de 600 peças musicais... - Thimoty conta a biografia do homem e me dou conta de quem é, pois, as vezes Thimoty escuta música clássica.
O piano do nosso quarto foi para sala e Ayden está fazendo aulas de piano, pois puxou Thimoty e gosta de tocar. Já Felicia ama música, ama dançar e está fazendo ballet, ela e Angel. Miguel adora natação e todos estão fazendo aulas de francês. As crianças têm dias agitados.
Olho para o bebê que está com a sua gravatinha, e uma carinha meio que esnobe, então acho que ele combina com Franz.
- Gostei, vai ser Franz. - Digo abrindo um sorriso e acariciando o peludinho.
- Franz Baker. - Thimoty diz fazendo um cafuné em Franz.
Chegamos em casa e desço do carro primeiro, abro a porta de casa e entro chamando todo mundo.
- Todos vocês precisam fechar os olhos, é uma surpresa bem legal. - Digo para as crianças.
- Mamãe, cadê o papai? - Ayden pergunta curioso.
- Está lá fora com a surpresa. - Digo gesticulando.
- Deve ser algo espetacular. - Ayden fala animada.
- Algo esplendido. O papaizinho estava misterioso antes de sair. Ele estava com aquela carinha assim. - Felicia diz imitando Thimoty.
A verdade é que quando saímos Thimoty estava com cara de quem ia aprontar algo.
Felicia imita igualzinho e damos risada. Ela também fala palavras difíceis.
- Eu vi a carinha do titio, ele estava engraçado. - Angel diz com um sorriso nos lábios.
- Titia eu estou ansioso! Traz logo a surpresa, por favor. Eu estou começando a me desgastar! E como todos sabem não tenho mais pepeta... então, por favor... - Miguel pede passando a mão nos cabelos.
Miguel largou sua chupeta tem 3 meses. Os dentes dele começaram a entortar e depois de muita conversa ele entendeu que usar a chupeta estava o afetando. O engraçado é que ele largou a chupeta e pegou a mania de passar a mão nos cabelos.
- Tudo bem, mas coloquem as mãozinhas nos olhos, eu só vou abrir a porta, esperem... - Digo indo para a prova.
- Ninguém pode trapacear, todos com os olhos fechados. - Diego diz para as crianças.
- Estou de olho... nada de espiar. - Emily fala animada.
- Vem, bonitão... - Falo abrindo a porta e Thimoty vem com Franz.
Vamos para frente das crianças e Thimoty começa a falar.
- A partir de agora nós temos um novo integrante nessa família. O nome dele é Franz, e ele é uma criatura espetacular. - Thimoty fala todo formal.
- Atenção... podem olhar! - Anúncio e no segundo seguinte é uma gritaria só.
Todo mundo quer pegar Franz e é uma bagunça gostosa. Todos ficamos grudados em Franz e o dia vai passando, quando anoiteceu nem Angel nem Miguel quiseram ir embora, então levamos uns colchões para a sala de TV e montamos um acampamento para as crianças.
- Amanhã o almoço é lá em casa, qualquer coisa ligue... - Emily diz na hora de ir embora.
- Aproveitem para se divertir um pouco. - Ela e Diego vão ter a casa toda para eles. A mãe de Diego está no Brasil, mas mês que vem ela vem passar uma temporada na casa deles.
- Vamos nos divertir. - Diego diz dando um beijo na bochecha de Emily.
- Vou adquirir algumas gravatas borboletas novas. Estou apreciando muito esse novo estilo. O Franz está um Senhor canino muito elegante... - Escutamos Thimoty falar ao fundo.
- Papai eu também vou aderir esse novo estilo. - Ayden diz animado.
- Eu também vou aderir... - Miguel fala e nos olhamos.
Pois é, esses três são fogo, agora todos vão usar gravata borboleta.
Os dois se vão e volto para sala de TV.
- Quem quer pipoca? - Pergunto e todos querem.
Faço pipoca e as crianças ficam na bagunça até de madrugada. Quando todos dormiram eu e Thimoty ajeitamos algumas coisas e nos deitamos no colchão de casal que jogamos na sala de TV, claro que arrumamos tudo com lençóis e cobertas...
- Todo mundo capotou, até o Franz. - Digo espiando ao redor.
- O Franz foi muito requisitado. Ele é um canino muito inteligente. - Thimoty fala orgulhoso.
Dou um beijo nele e Thimoty me abraça de conchinha, estou virada para a direção das crianças e todos dormem tranquilamente.
- Te amo. - Thimoty sussurra no meu ouvido.
- Também te amo. - Falo baixinho.
Fecho os olhos e acabo dormindo rápido, pois também estava um pouco cansada...
Acordei com o dia já claro, estava sozinha no colchão, olhei ao redor e todas as crianças estavam dormindo.
- 11 horas... - Digo pegando meu celular.
Dou falta de Thimoty e de Franz, mas sinto um cheiro gostoso de bolo.
Subo rapidamente para o meu quarto e vou para o banheiro, faço minha higiene e desço indo para a cozinha.
- É o meu autor predileto. Claro que aprecio inúmeros outros autores... - Entro na cozinha e observo Thimoty de pé batendo uma massa em uma bacia e Franz nos seus pés olhando pra cima.
Thimoty está conversando com Franz. O bebê me vê e vem até mim.
- Bom dia, ursinho. - Digo e Thimoty se vira me dando um sorriso.
- Bom dia, esposa linda. - Ele diz e pego Franz no colo.
- Coisinha gostosa da mamãe. Iti... iti... - Digo toda boba, pois Franz está todo feliz balançando o rabinho.
Passo os olhos em Thimoty, ele está de chinelo, bermuda e camiseta, parece que seus cabelos estão húmidos.
- Acordou cedo? - Pergunto me aproximando e trocamos um selinho.
- Oito horas. O Franz despertou comigo, então tomamos café da manhã e ele me fez companhia enquanto eu me exercitava. Depois de algumas seções de exercícios me banhei e vim preparar o café da manhã. O Franz fez as necessidades no tapete higiênico, e alterei as vestes dele. - Thimoty diz me dando um sorriso. Franz está de gravata borboleta vermelha.
- Que marido prendado. - Falo toda boba e continuo. - Fez bolo? - Pergunto olhando ao redor e vejo uma forma com bolo, no caso a forma retangular grande, afinal não adianta fazer bolo pequeno.
- Bolo de chocolate, com calda de brigadeiro e granulado. Agora estou preparando Waffes. - Ele diz com um ar orgulhoso.
Thimoty cozinha muito bem, e tem todas as receitas gravadas na memória.
- Nossa... que delícia... - Digo descendo uma mão e apertando a bunda dele.
- Luíza! Não podemos fazer bolinação na frente do Franz. - Thimoty diz exasperado e dou risada.
- Vou te mostrar a bolinação hoje de tarde. - Digo dando uma boa olhada pra ele.
- Hoje de tarde? Quais planos você está conjecturando? - Thimoty sussurra olhando ao redor.
- Depois do almoço vou falar com a Emily e com o Diego. Vamos deixar as crianças com eles e vir pra cá sozinhos, então vamos fazer muita sacanagem. - Vamos almoçar do outro lado da rua na casa da Emily e do Diego, portanto depois do almoço podemos vir sozinhos pra casa e aproveitar.
Camilly ainda trabalha conosco, mas ela folga de fim de semana, portanto temos a casa toda só para nós dois. E como Diego e Emily aproveitaram na noite passada, com certeza vão ficar com as crianças para darmos uma escapulida.
Sempre nos ajudamos nesse sentido, afinal as vezes precisamos dar uma escapulida.
- Engenhoso. Eu aprovo. - Thimoty diz e olha ao redor. - Meu P.Ê.N.I.S vai apreciar muito toda a bolinação envolvida. - Ele diz baixo soletrando pênis e dou risada.
Fico por um tempo com Franz no colo e depois de mimar o bebê um pouco o coloco no chão.
Thimoty pega seu celular e coloca pra tocar uma música clássica gostosa. Ficamos batendo papo e arrumo a mesa para o café das crianças.
- Bom dia, amorzinhos da minha vidinha. - Escuto e vejo que é Felicia com carinha de quem acabou de acordar.
Ela é carinhosa e doce, as vezes acordo ela e Ayden falando que eles são os amorzinhos da minha vida, então ela pegou a mania e diz que somos os amorzinhos dela. Claro que nos derretemos com as fofuras da nossa bebê.
Damos bom dia, beijinhos na sua bochecha e ela gruda em Franz, vou com ela para seu quarto e Felicia faz sua higiene, então descemos e vamos chamar as crianças.
- Vamos lá dorminhocos... tem bolo, waffes e mais um monte de coisas gostosas... - Digo chamando todos.
- Aqui está um cheiro divino. Vou apreciar muito o café da manhã. - Ayden diz se esticando, até o jeito que ele se espreguiça é igual ao do Thimoty.
- Felicinha sonhei com você. Estávamos contemplando o pôr do sol. - Miguel diz com cara de bobo olhando pra Felicia que dá um sorriso pra ele.
- Titia a mamãe e o papai já vieram pra cá? - Angel pergunta sonolenta.
- Ainda não, amor. Acho que devem estar preparando o almoço, quer ligar pra ele? - Acho que Emily e Diego devem estar hibernando, afinal já são quase meio dia.
- Daqui a pouco, titia. Eles devem estar namorando e dando beijinhos. - Angel diz e abro um sorriso, ela está crescendo.
- Blasfêmia, eles estão fazendo o almoço, eles não estão dando beijinhos. - Miguel diz ciumento.
- Meus papais dão beijinhos. - Fecilia diz me fitando.
Claro que eu e Thimoty trocamos uns abraços e uns selinhos na frente das crianças, mas não passa disso, acho que temos que ter respeito. Agarramento e coisas sacanas sempre fazemos longe das crianças, sozinhos e na nossa intimidade.
- Miguel eles são casados. Pessoas casadas podem beijar na boca. - Ayden diz e se for nessa linha de pensamento vai ser igual ao Thimoty.
- Namorados também podem beijar na boca, mas só quando forem quase adultos, tipo com uns 16 anos ou mais... - Não vou ser uma hipócrita e vir com um bla blá blá de que só podem beijar depois de casar. Se com uns 16 anos eles começarem a namorar tudo bem, afinal pretendo instruir muito bem Ayden e Felicia, e vejo que Emily e Miguel também pensam assim.
- Eu só vou beijar quando me casar. - Ayden diz decidido.
- Eu vou beijar com 16 anos. - Felicia fala decidida.
- Nunca, Felicia. Ninguém aqui vai beijar nada. - Miguel diz ciumento olhando para Felicia, ele até se levanta do colchão.
- E começou o desgaste. - Angel fala divertida.
- Não deboche, Angel. Não deboche. - Miguel diz passando a mão nos cabelos.
- Calma, primo. Nós só vamos beijar quando estivermos casados com as nossas esposas. Se elas duas quiseram beijar antes, contamos tudo para nossos papais. - Ayden diz de forma conspiratória.
- Que feio, Ayden! - Angel fala negando com a cabeça.
- Pode contar. No dia que eu beijar, vou chegar em casa e contar eu mesma para o papai. - Felicia diz decidida e sinto um orgulho dela.
- Isso é... isso... - Miguel diz ficando com o rosto vermelho. Acho que ele não sabe nem o que dizer. Mas está se remoendo de ciúmes de Felicia, acho que se ele fosse adulto ia soltar diversos palavrões.
- Bom, por enquanto ninguém vai beijar ninguém, então todo mundo indo fazer a higiene para tomar o café. - Falo antes que Miguel tenha um treco.
Ele continua com sua paixonite por Felicia, mas o que podemos fazer?
Angel se vai com Felicia e ficamos eu, Ayden e Miguel.
- Primo não fica exaurido, isso faz mal para o coração. Vamos contar tudo para os nossos papais. - Ayden fala pacientemente.
- Eu vou contar tudo... mal acordei e me sinto exausto, completamente desgastado. - Miguel diz e tem horas que eu seguro o riso.
Quando ele e Ayden forem adultos vão ser duas figuras, mas enfim... isso é história para outro livro.
Tomamos nosso café da manhã, e Emily e Diego nos ligaram, eles perderam a hora, mas vão fazer o almoço na casa deles, então só atravessamos a rua com as crianças.
Ajudamos com o almoço, e de tarde eu e Thimoty demos nossa escapulida.
- Não se mova. Vou obter uma surpresa. - Thimoty diz deixando uns beijos nas minhas costas.
- Surpresa? - Pergunto curiosa.
- Especial. - Ele diz e se vai acho que para o closet.
Estou na nossa cama na preguiça, provavelmente daqui a pouco vamos tomar um banho e ir para a casa da Emily.
- Para a minha magnífica esposa. - Ele diz dando um beijo no meu ombro, e colocando uma caixinha de veludo na minha frente.
- Ursinho... - Thimoty sempre me dá presentes, e vivo falando que não precisa, mas mesmo assim ele faz questão.
- Ele já te pertence. Por favor, abra a embalagem. - Ele pede e antes de abrir me viro e dou um beijo nele.
- O que eu faço com você, em? Sempre me agradando e fazendo essas coisas... sempre tão lindo e tão educado, doce e carinhoso... eu te amo tanto... tanto... - Falo sincera, pois Thimoty é um sonho.
- Eu sou seu ursinho, tenho que te satisfazer. - Ele diz com aquele jeitinho dele que me encanta.
- Bonitão... - Digo enchendo Thimoty de selinhos.
Quando abro a caixa me deparo com uma pulseira Life, no caso é uma pulseira com pingentes de coisas que marcaram a sua vida.
Vejo uma baratinha, uma cartola, um coração com as letras T&L gravadas, um pequeno mini pingente que parece uma folha, com as letras CC, ele me diz que é a Certidão de Casamento, um menininho, uma menininha, e até um cachorrinho.
- Como tínhamos dialogando sobre adotar um canino, eu me precavi. - Ele diz e acho tão fofo.
- Isso é perfeito! Realmente lindo. - Coloco a minha pulseira e vou para cima de Thimoty.
- Você é perfeito, vou me casar com você outra vez... - Digo dando um cheiro no seu pescoço.
- Eu aceito. Vamos fazer a corte novamente? Preciso de informações... - Ele diz todo sério.
Dou risada e ataco meu amor.
Thimoty me encanta. Sua inocência chega a ser doce, mas eu o entendo, o amo e sempre vai ser assim.
Sempre eu e ele.
Eu e o meu ursinho.
Meu Thimoty... meu eterno...
--- Thimoty ---
The End