- Talvez ela só teve um ataque de fúria, talvez depois do ataque ela se acalme. - Diego diz depois de ver as imagens.
Passamos a tarde toda na empresa fazendo os ajustes em relação a segurança. Os advogados já entraram com o processo e tudo está caminhando. Parker vai contratar mais homens e pelos próximos dias estamos em alerta máximo.
- Diego, ela estava com um olhar de ódio. Obviamente está culpando a Luíza a mim e ao Thimoty pela demissão. A mulher não vai parar enquanto não se vingar. Você vai andar com seguranças e pronto. - Emily diz e dou apoio.
- A Emily está certa. Você vai andar com os seguranças e não tem discussão. Vamos todos nos proteger. - Digo e Thimoty coça a cabeça.
- Isso tudo tem um custo. Eu não me sinto confort... - Diego nem consegue continuar, pois Emily o corta.
- Não ouse falar de dinheiro! Essa situação só está acontecendo por culpa minha e do Thimoty, afinal a Luíza conheceu aquela infeliz na empresa. Não quero você preocupado com dinheiro, isso é o menor dos nossos problemas. - Emily fala taxativa.
- Meu papai era um homem muito inteligente. Quando ele se foi eu e a Emily herdamos muitos bens. A empresa é lucrativa, por favor, não se preocupe com a questão financeira. Como a Emily disse, dinheiro não é um problema. Fique despreocupado. - Thimoty fala sério.
- Tudo bem, eu... eu vou orar para que o mal deixe a mente e o coração daquela mulher. - Diego diz aceitando os seguranças.
Emily parece satisfeita e eu também fico, Diego tira algumas dúvidas sobre os seguranças, ele pergunta se deve servir café e como deve se comportar com eles.
- Os homens que contratamos normalmente são ex fuzileiros, eles são resistentes e são treinados para ficar em alerta. Aja como se eles não tivessem por perto. Quanto a alimentação eles se revezam para comer. Se você quiser dar um café ou algo do tipo para eles vai ser uma cortesia... as vezes eu dou chocolates e coisas do tipo para eles. O problema é a distração, entendem? As vezes segundos que eles se distraem e aonde dá a brecha para alguém agir. Eu sempre tratei todos os seguranças com respeito, coisa que não é mais que a minha obrigação, mas temos que estabelecer limites para não atrapalhar o trabalho deles. - Emily explica e está certa.
Conversamos mais um pouco e Camilly vem nos chamar para jantar. Hoje ela fez o jantar, pois viu que todos chegamos em casa com a cabeça a mil.
Tem purê de batatas, bolo de carne, legumes no vapor, salada e suco.
Emily se serve apressada e me sirvo em seguida, afinal também estou com fome.
- Elas comem mais que nós dois. - Diego fala divertido se servindo com toda calma.
- Da Luíza eu não fico surpreso, desde que tivemos nossa primeira refeição juntos eu entendi que ela era gulosa. Mas a Emily? Nunca presenciei minha irmã comendo tanto. - Thimoty diz fitando Emily.
- Tô com fome! - Ela diz dando os ombros e enfia comida na boca.
- Eu vou pegar a pimenta. Deu vontade de colocar na carne. - Digo e vou buscar a pimenta na cozinha.
- Traz o ketchup, por favor. - Emily pede e pego tudo na cozinha.
Volto para mesa e apesar da agressão e de toda a situação na delegacia e na empresa me sinto bem. Estou jantando com a minha família e me sinto extremamente feliz e grata por isso, pois a semanas atrás eu sempre comia sozinha.
- Amor, quer um pouco de pimenta? - Pergunto para Thimoty, estou despejando pimenta na minha carne, que por sinal está bem gostosa.
- Um pouco, por favor. Eu tenho certo trauma de pimentas... - Thimoty fala passando os olhos em Emily.
- Quando ele tinha 8 anos começou a fazer uma pesquisa maluca sobre pimentas. Meu pai tinha uns potes de pimentas das mais fortes, então o esperto do Thimoty comeu quase meio pote de pimenta e foi parar no hospital. - Emily diz negando com a cabeça.
- Era uma pesquisa bem séria... - Thimoty diz ofendido e vai falando sobre a sua pesquisa.
- Ele ficou tão mal, eu chorei feito uma louca, achei que Thimoty ia morrer... depois daquilo passei a ficar de olho nas pesquisas do Thimoty. Certa vez ele queria comprar urânio para fazer uma bomba. - Puta merda.
- Thimoty! - Exclamo acho até que arregalando os olhos.
- Eu não ia produzir uma bomba! Só queria fazer uns testes, eu só tinha 13 anos. - Thimoty se defende.
- Eu já falei da vez que ele desmontou o motor do carro do papai? - Emily pergunta e dessa eu não sabia.
Emily vai contando tudo e damos risada.
- Depois da bronca do meu papai, eu montei todo o motor e o carro funcionou melhor do que nunca. - Thimoty diz emburrado.
- Isso é verdade. O Thimoty às vezes consertava as coisas em casa. - Emily diz dando um sorriso carinhoso para Thimoty.
Vamos comendo, batendo papo e depois Thimoty e Diego vão para a biblioteca, pois Thimoty tem um livro que Diego está precisando no trabalho.
Eu e Emily vamos para a área dos funcionários e falamos com Parker sobre os rastreadores, ele diz que vai providenciar o mais rápido possível, tudo vai ser interligado em um sistema central.
Voltamos para sala de jantar e pelo celular Emily entra em uma loja virtual e pede dois canivetes, um pra ela e um pra mim, combinamos de nem falar com os rapazes sobre o assunto. Quando os canivetes chegarem guardamos e pronto. Até por conta deles virem em uma caixa embalada, ninguém vai saber o que é.
Vamos atrás dos rapazes e ambos estão na biblioteca feito dois papagaios, então eu pego meu notebook e Emily o dela, vamos para sala de TV e tanto ela como eu compramos alguns presentes que faltaram.
- Humm... acho que se eu usar esse ele vai desmaiar... - Digo baixo dando uma risadinha.
Estou analisando as lingeries de uma loja virtual e acabo de me deparar com uma lingerie linda, é toda vermelha, vem com cinta-liga e espartilho. Acho que Thimoty vai desmaiar se eu usar algo assim.
- Que lindo, você vai comprar? - Emily pergunta do meu lado espiando a tela do notebook.
- Acho que sim. No dia do aniversário do Thimoty descobri que ele fica doidinho ao me ver de lingerie vermelha. Se eu usar essas peças... - Digo apontando para a tela e continuo. - Acho que ele vai ter um treco, ou melhor, vai agir feito um tarado... mas eu gosto, o Thimoty é tão quente e me dá tanto prazer... - Digo com um sorriso bobo nos lábios.
- Luíza! - Emily diz com uma cara engraçada e dou os ombros.
- Você e o Diego também transam... - Digo olhando ao redor.
- Isso é verdade. O Diego é esperto, me pede para ensinar as coisas pra ele. Nunca o sexo foi tão bom e prazeroso. Ele não é mesquinho, me satisfaz e só... é diferente, diferente de um jeito bom, de um jeito que eu gosto. - Ela diz com um sorriso bobo nos lábios.
- O Thimoty é quase um especialista em sexo, quer dizer ele me dá orgasmos múltiplos... - Digo orgulhosa do meu ursinho.
- Puta merda! - Emily diz parecendo envergonhada e dou risada, então continuo. - Vou comprar a peça toda, vai ser um Natal inesquecível para o Thimoty. - Digo e faço a minha compra.
Depois que terminamos Emily avisa os seguranças que alguns pacotes vão chegar. Thimoty e Diego ainda estão na biblioteca e eu e Emily ficamos vendo um filme. Quando o filme terminou Emily já está dormindo e resolvi ir chamar os rapazes, ou vão passar a noite batendo papo.
Entro na biblioteca e Thimoty está em uma das poltronas e Diego na outra, os dois estão com alguns livros abertos pela mesinha de centro e acho que poderiam ficar uma vida ali.
- Ei... vamos dormir? Eu acho que vou tomar um chá e depois vou pra cama. A Emily dormiu no sofá. - Falo me aproximando dos dois.
Ambos saem do mundo dos livros e Diego vai para sala de TV, Thimoty vem comigo para a cozinha.
- Está tudo bem? Você está com desconforto na barriga? Quer que eu verifique seu item de higiene absorvente? - Thimoty pergunta quando pego a chaleira.
- Estou ótima, não se preocupe. - Realmente estou bem.
- Eu vou te ajudar no banho, a pobre Luizinha deve estar tendo momentos terríveis, ela não vai receber minha visita e com certeza vai achar que eu sou um cafajeste que fugiu. - Ele diz de maneira teatral e dou risada.
- Thimoty você é uma figura... - Falo enchendo a chaleira com água.
- Pobre Luizinha, eu estou inconformado... os próximos dias vão ser terríveis e ensanguentados, me sinto em um filme tenebroso de terror. - Ele diz inconsolável.
- Thimoty! Quem tá menstruando sou eu! E para de drama, você vai ganhar chupada... quanto ao sexo podemos fazer no chuveiro, eu não tô com cólica, se quiser fazer na cama é só jogar uma toalha pra forrar tudo, afinal pode manchar o lençol de sangue... pelo que percebi você não tem nojinho, então se eu não estiver com cólica podemos transar. - Digo pegando uns biscoitos no armário.
- Eu ficaria muito satisfeito de visitar a Luizinha. Seria apropriado tentarmos forrar a poltrona com a toalha e fazermos lá, também deveríamos forrar o chão e vários outros ambientes. Meu pênis está muito animado com todas as possibilidades. Nós temos que aproveitar todas as possibilidades antes que as bolas de fogo cheguem. - Ele fala com seu fogo costumeiro
- Fogo na cueca sem fim. - Digo rindo e ele vem me abraçar por trás.
- Incêndio nas ceroulas... - Ele diz dando uma risadinha se esfregando em mim.
Dou risada e faço o chá. Comemos uns biscoitos, tomamos nosso chá e subimos para o quarto. Diego e Emily ainda estão na sala de TV e não quisemos os incomodar.
Tanto eu como o ursinho temos que tomar banho, então pegamos nossos pijamas e fomos para o banheiro.
- Amor, pode deixar que eu te dou todo o suporte para removermos o item absorvente. - Thimoty fala me vendo abaixar as calças para sentar no vaso.
- Ursinho, pode deixar que eu mesma faço isso. - Me sento no vaso, arranco o absorvente da calcinha e o enrolo rapidamente, então pego um pedaço de papel higiênico e enrolo por cima e jogo no lixo.
- Eu ia auxiliar. - Thimoty diz emburrado.
- Para com isso, homem! Daqui a pouco tá querendo limpar minha bunda. - Falo sem frescura, afinal ele é meu marido e não tô nem aí.
- Se você ficasse doente e precisasse do meu suporte para fazer sua higiene, eu faria. Eu faria de tudo por você. Qualquer coisa que te fizesse se sentir confortável. - Ele diz dando os ombros.
- Ursinho... - Digo toda boba puxando ele pra mim e abraçando sua cintura, afinal tô sentada no vaso. - Eu também cuidaria de você, faria de tudo... - Se Thimoty precisasse de cuidados eu faria de tudo por ele.
Depois do longo abraço me limpo e vamos para o nosso banho. Fizemos amor no chuveiro e foi tranquilo. Depois do banho nos trocamos e fico tão brava, pois aquela puta deixou meu seio roxo.
Tentei não ficar pensando na Meredithy, nem em toda a confusão de mais cedo, mas concordo com tudo que a Emily disse, aquela desequilibrada vai se vingar, a questão é só quando e como.
Até que a equipe de segurança seja ampliada todos temos que nos resguardar. O Natal está chegando e só queria que tudo ficasse em paz.
Do nada surge uma doida me atacando, e me culpando por algo que é só culpa dela.
- Te amo... - Sussurro baixinho grudada em Thimoty.
Depois que sequei meus cabelos fomos para a cama e ficamos agarrados, ele já dormiu e eu fiquei acordada pensando no nosso dia.
Honestamente estou mais preocupada com Thimoty e com Diego, na verdade mais com Thimoty, pois ele pode ser muito ingênuo para determinadas situações.
Faço uma oração pedindo proteção para todos nós. Em dado momento oro só por Thimoty, acabo ficando com medo e choro baixinho.
Se algo acontecer com a nossa família nem sei o que faço. Até dias atrás todos nós estávamos cada um em seu canto, longe uns dos outros, mas de uma hora para outra Deus nos uniu e agora que estamos juntos e bem, aparece uma louca saída dos infernos para nos atrapalhar.
Que Deus nos proteja. Tudo aconteceu muito rápido e isso me dá medo, tenho medo que tudo se vá tão rápido quanto veio...