Thimoty

By Tyrelly

2.3M 229K 177K

Peculiar, incomparável e um tanto quanto excêntrico. Talvez essas palavras consigam definir Thimoty Baker. L... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Epílogo

Capítulo 45

26.8K 2.9K 1.6K
By Tyrelly

- Só tem um, vou precisar comprar mais. - Digo pegando um absorvente na minha bolsa, tenho mais absorventes em casa, mas vou precisar trocar de tarde e não tenho outros comigo.

Hoje é segunda-feira, e já passa das 10 da manhã, estamos na empresa e fui ao banheiro, minha menstruação veio e já era esperado, pois está na data prevista.

- Suas regras chegaram? Eu quero ver. - Thimoty diz me fitando.

- Ver o que, homem? - Pergunto fazendo uma careta.

- É a primeira vez que esse evento acontece na minha vida. Nunca tive uma esposa, e nunca presenciei o evento da menstruação. - Thimoty fala como se fosse óbvio.

- Amor não é um evento! É só sangue... - Falo gesticulando.

- Para mim é um evento. Seu útero está descamando e há muitas coisas envolvidas. Você pode ficar raivosa e ter dores e desconforto. Eu preciso estar presente a cada detalhe, vamos posicionar o absorvente. - Thimoty diz me rebocando para o banheiro.

- Mas... que coisa... - Falo enquanto ele me reboca.

Entramos no banheiro e Thimoty fecha a porta.

- Com licença. - Ele diz pegando o absorvente da minha mão.

Thimoty tira a embalagem e olha pra mim.

- Estou pronto. - Ele diz fazendo uma careta.

- Tá pronto pra quê? - Pergunto baixando minhas calças.

Está um frio absurdo e nevando, então vim trabalhar de meia calça e com um terninho preto social, também trouxe um sobretudo.

- Para encaixar esse item de higiene na sua ceroula. - Thimoty diz e fico mortificada.

- Thimoty! - Digo franzindo o cenho e ele dá os ombros.

Rapidamente pego o absorvente da mão dele e coloco na minha calcinha.

- Luíza! Eu sou seu marido. - Ele diz exasperado.

- Amor, eu não estou inválida! Pelo amor. - Digo arrumando o absorvente e subindo a calcinha.

- Colocou certo? Deixa-me analisar. - Thimoty diz se debruçando e espiando minha calcinha.

- Tá tudo certo! Eu faço isso a anos, que coisa... - Digo brava e subo minhas calças.

- Parece tudo sob controle. Daqui quando tempo temos que trocar o item de higiene? - Ele pergunta curioso.

- Vou trocar de tarde. Se der na hora do almoço vou até a farmácia, pois só tinha um absorvente na minha bolsa, e não gosto de ficar com o mesmo absorvente por horas. - Digo ajeitando minha calça. - Se bem que a Emily pode ter na bolsa dela, qualquer coisa depois vejo se a Emily tem um pra me emprestar. - Falo já pronta para sair do banheiro.

- Eu como seu Senhor vou providenciar os itens de higiene. - Thimoty fala decidido.

- Amor, não precisa. Sério, relaxa. - Digo dando um selinho nele e continuo. - Vamos voltar a trabalhar, pode deixar que a história do absorvente eu resolvo depois. - Voltamos para a sala e retomamos nosso trabalho.

Estava ali digitando um documento quando percebo que Thimoty está me encarando.

- Oi... - Digo o fitando.

- Está tudo bem? Você está aborrecida, ou sentindo desconforto? - Ele pergunta preocupado.

- Estou ótima. - Falo dando um sorriso para o ursinho.

- Eu vou providenciar um chá para você. - Ele diz todo carinhoso.

- Nhai, ursinho... - Falo toda boba.

Thimoty puxa o telefone da sua mesa e diz.

- Roger, por favor, peça para trazerem um chá para a minha sala. A Luíza está com as suas regras ativas e quero que ela tenha todo o conforto. - Thimoty fala e arregalo os olhos mortificada. - Obrigado. - Ele diz e encerra a ligação.

- Thimoty fecha esse bico! Não é pra você sair por aí falando que estou menstruando. Que coisa. - Falo exasperada. - Daqui a pouco você anuncia pra empresa toda que tô menstruando. - Falo olhando feio pra ele.

- Eu estou temeroso. Você pode ter dores e ficar mal. Se todos souberem vai ser bem satisfatório. Assim ninguém te importunar. - Ele diz com ar superior e sento um beliscão em seu braço.

- Fecha esse bico. Não vai sair por aí falando disso com mais ninguém... - Começo a dar um sermão em Thimoty que fica emburrado.

- Você é muito difícil. - Ele diz e cerro os olhos.

- Não me provoca! E volta a trabalhar. Homem, linguarudo. - Digo dando uma boa olhada para Thimoty. Ele se encolhe e parece com medo.

- Não me olha assim. - Ele diz com medo e depois de uns segundos desvio o olhar e volto a trabalhar.

Alguns minutos depois a copeira trás o chá e a agradeço. Dou um golinho no meu chá e ofereço para Thimoty.

Ele aceita e vamos dividindo o chá.

Ontem saímos para fazer compras, na realidade passamos quase o dia todo fora. Fomos ao mercado, no shopping e até compramos uma árvore de Natal gigante. Eu, Thimoty, Emily e Diego montamos a árvore de Natal, decoramos a casa toda e foi bem divertido, principalmente quando fomos decorar o lado de fora da casa, pois estava nevando e fizemos guerra de bola de neve.

Todas as carnes e coisas para ceia foram compramos, algumas frutas e o que faltou Camilly vai comprar, mas todos ficamos satisfeitos, pois as roupas que vamos usar e até alguns presentes já conseguimos comprar.

Dá a hora do almoço e vamos para a sala da Emily, pois estou com vontade de comer no restaurante self-service, quero comer um prato bem grande, afinal no frio temos que comer bem.

- Também estou com fome, já comi uns biscoitos, mas não foi o suficiente. - Emily diz se levantando e pegando sua bolsa.

- A Luíza está menstruando e precisa do item de higiene chamado absorvente. Ela ia verificar se você podia emprestar algum, pois segundo ela você poderia ter um desses itens na sua bolsa. - O linguarudo diz e sento um beliscão nele.

Thimoty dá um berro e fico tão brava.

- Eu vou ter que repetir tudo que disse lá na nossa sala? - Falo brava.

- A Emily é da família. - Ele diz se defendendo.

- Mesmo assim! Que coisa. - Falo exasperada e Emily está rindo. Thimoty olha feio pra ela e nego com a cabeça.

Emily dá uma olhada dentro da sua bolsa e puxa uma bolsinha menor.

- Estou sem, também preciso comprar. Falando nisso... nossa, esse mês estou atrasada, mas sempre atraso... - Ela diz dando os ombros.

- Bom vamos lá almoçar e depois passamos na farmácia. - Digo e assim saímos.

Vamos de carro e fico surpresa na hora que vamos nos servir, pois Emily monta um prato maior que o meu.

- A convivência está fazendo a Emily pegar seus hábitos. - Thimoty diz divertido.

- Até parece, ela só deve estar com fome. - Digo dando os ombros.

Nos sentamos pra comer e Emily come como se não houvesse amanhã, acho engraçado e vamos almoçando.

Depois do almoço Thimoty pagou tudo e comprou uns bombons pra gente.

Saímos e vamos a pé para a farmácia, vamos comendo os bombons e tenho uma sensação estranha, parece que alguém está nos observando.

Continuo a andar e meio que desencano, afinal os seguranças estão nos seguindo, então devem ser eles nos olhando.

Chegamos na farmácia e pego um pacote de absorventes, aproveito para comprar um shampoo e um condicionador para Thimoty, pois ele só está usando os meus e quero saber se o masculino da diferença nos cabelos dele.

- Vou levar para o Diego, acho que ela vai gostar... - Emily diz pegando os mesmos que eu peguei, e também pegando absorventes pra ela.

Damos uma olhada pela farmácia e acabo pegando um hidratante para os pés, pois no frio fica complicado.

Vamos para o caixa, pagamos tudo e quando saímos decidimos voltar a pé para a empresa, mesmo estando frio, estamos tão perto.

Fico toda boba olhando as vitrines das lojas. Tudo está enfeitado para o Natal e é lindo... em dado momento paro em frente a uma das vitrines, pois há um trenzinho lindo, a decoração é fantástica, no caso é uma loja de brinquedos artesanais.

- Olha que gracinha. - Digo toda boba.

- Engenhoso. - Thimoty diz espiando.

- O Thimoty tinha um trem desses quando era pequeno, eu acho que está lá no quarto de bugigangas... - Emily diz também olhando a vitrine.

- A Emily destruiu meu trenzinho. - Thimoty diz olhando para Emily de rabo de olho.

- Que exagero! O negócio descarrilhou sozinho. Sem falar que o pai colou a peça que quebrou. - Emily diz se defendendo.

No segundo seguinte sinto alguém puxar meu braço e mal tenho tempo de pensar, quando olho para o lado sinto um soco que pega no meu seio.

Em fração de segundos reconheço quem está me atacando. Vejo que é Meredithy, a ex-gerente do setor de marketing que fica no 1° andar da empresa, no caso a mulher foi demitida, afinal estava fazendo o trabalho igual a bunda dela.

Sem pensar e rapidamente sento um soco que pega na cara da infeliz, a mulher berra e avanço, puxo os cabelos dela e sento a mão, afinal quem ela pensa que é pra vir me bater do nada? Não sou saco de pancadas nem uma idiota pra apanhar e ficar olhando. Emily me ajuda e a mulher berra, enquanto Emily berra e a coisa sai de controle.

Estou ali descendo a porrada na infeliz quando Thimoty e os seguranças nos afastam

- ME SOLTA PORRA! - Berro nervosa querendo socar a vagabunda.

- ME LARGA! - Emily berra enquanto um outro segurança a segura.

- VOCÊS VÃO ME PAGAR! ME DESCARTARAM COMO SE EU FOSSE LIXO! - A infeliz berra, há dois seguranças a segurando.

- VOCÊ FOI DEMITIDA POR SER UMA FOLGADA! SEU SETOR ERA O PIOR DE TODOS! FILHA DA PUTA! VOU TE ARREBENTAR. - Berro tentando avançar para cima da puta.

- Amor, calma... - Thimoty diz me segurando.

- EU VOU DAR NA CARA DELA! ME LARGA. - Falo irritada.

- CALMA É O CARALHO! ME LARGA CACETE. - Emily grita e nisso dois policiais surgem sei lá de onde.

A louca filha da puta berra e a situação vira uma zona, quando vemos estamos todos dentro dos carros indo para a delegacia.

Chegamos à delegacia e levam a filha da puta para o outro lado. O delegado nos chama e explico o que aconteceu.

- Ela me agrediu do nada... - Explico tudo que aconteceu e falo sobre o contato que tive com a infeliz na empresa.

Thimoty faz questão que um Boletim de Ocorrência seja feito, pois vamos processar a filha da puta, afinal a mulher é louca. Se ela foi demitida, foi por não fazer o seu trabalho. Eu só constatei o problema, pois parte da nova função que assumi é tornar a empresa mais produtiva.

A descarada também fez um Boletim de Ocorrência e sai da delegacia revoltada, na verdade eu e Emily.

- Se eu ver aquela puta na minha frente, arregaço ela. - Emily diz e concordo.

- Batemos é pouco naquela louca, meu peito tá dolorido, aquela quenga... - Digo sentindo meu peito doer.

Thimoty insiste para irmos ao hospital, mas não precisamos. Eu e Emily socamos a vagabunda. Ela só me acertou no peito, já Emily nem foi atingida, só sentou a porrada.

Voltamos para a empresa e Thimoty e Emily chamam toda a equipe de segurança, Parker e outros advogados.

- Temos as imagens da câmera que fica na frente da loja, dá para ver nitidamente que a Sra. Luíza foi atacada... - Parker diz virando o notebook para nós.

- Mulher louca. - Digo vendo a cena.

- Vagabunda! Arregaçamos a infeliz. - Emily diz também olhando o notebook.

- Eu quero essa mulher atrás das grades! Ela atacou minha esposa, e agora mesmo vamos redigir o processo... - Thimoty diz decidido.

- Isso não vai ser o suficiente. Aquela puta vai vir atrás de nós. Hoje mesmo vou comprar uma arma. - Emily fala decidida.

- Emily eu sou contra esse tipo de atitude. - Thimoty diz exasperado.

- Eu também quero, digo, a arma. - Estou com a Emily.

- Ninguém aqui vai adquirir uma arma. - Thimoty diz sério e taxativo, então continua. - Nós vamos ampliar a equipe de segurança. Daqui pra frente toda cautela será necessária. Nenhum Baker vai sujar suas mãos de sangue. - Thimoty fala decidido.

- Thimoty hoje aquela vaca atacou a Luíza e a equipe de segurança nem viu. - Emily argumenta e concordo.

Não estou desmerecendo o trabalho dos rapazes, mas sei lá, eles também não tinham como prever que uma louca do nada ia me atacar.

- Realmente foi um furo da equipe. O problema é que o lugar estava movimentado. Eu aconselho que os passeios em público sejam evitados. - Parker diz e realmente a calçada estava cheia.

- Ótimo! Agora não podemos nem andar na porra de uma calçada. - Emily fala nervosa e entendo a reação dela.

Pelo visto nem no mercado vamos poder ir mais.

- O papai sempre disse que a segurança vinha em primeiro lugar. Eu não vou colocar a minha preciosa família em perigo. Vamos todos nos acalmar e expandir a segurança. Todos os carros devem ser blindados, todos nós incluindo o Diego vão ter seguranças. Quero alguém no rastro daquela doidivanas. - Thimoty anuncia e daí pra frente Parker e os outros seguranças começam a alinhar tudo.

Em dado momento vou com Emily no banheiro e ela parece puta.

- Você tá bem? Se machucou? - Ela pergunta preocupada.

- Meu peito tá dolorido e minha mão tá doendo, mas estou bem. E você? - Pergunto enquanto lavo as mãos.

- Só minha mão está doendo. Queria a porra de uma arma. Você viu o olhar daquela mulher, sabe que ela não vai parar enquanto não se vingar. - Emily diz e concordo.

- Vamos tomar cuidado. O Thimoty é ingênuo, talvez não entendeu a gravidade da situação. Daqui pra frente vamos ficar mais em casa, e quando sairmos vamos ficar de olho aberto. Tem como a gente usar rastreador? - Pergunto e Emily cerra os olhos.

- Boa ideia, vamos meter rastreadores no Diego e no Thimoty. Eu sei que existem e que são pequenos, talvez podemos usar junto com uma gargantilha... - Ela diz e ambas ficamos nos olhamos.

- Vamos proteger os dois, eu vou comprar dois canivetes, um pra mim e um pra você. Se a puta atacar nós furamos a infeliz. - Emily diz e concordo.

Naquele momento fechamos um acordo. Temos que proteger os rapazes, pois se depender de Thimoty e de Diego vamos deixar tudo na mão dos seguranças, e isso pode não ser o suficiente.

Mesmo que Diego ainda não saiba do ocorrido sabemos que ele é todo da paz, já Thimoty é ingênuo, portanto vamos colocar rastreadores em todo mundo e nos proteger.

Ou cuidamos do que é nosso, ou nos ferramos. E nem fodendo eu e Emily estamos dispostas a deixar algo de ruim acontecer.

Somos uma família e cuidamos uns dos outros. Aquela desgraçada, infeliz da Meredithy que se prepare, pois quando ela chegar vamos estar prontas.

Continue Reading

You'll Also Like

381K 40.8K 56
Está história é totalmente fictícia! Tudo que Adônis queria era ver a ruína de seu pai, Klaus, poder tomar a herança que o mesmo almejava. Adônis ir...
581K 27.1K 38
💟 Ela: doce. Ele: rude . Ela: virgem Ele:galinha. Ela:carinhosa. Ele:carinhoso. Ela:ciumenta mas não sabe. Ele:ciumento e possessivo ao estremo. Vam...
2.6K 150 8
Até no amor existe fronteiras, e a fronteira deles é o passado. Lara morava na fazenda com seus pais e decidiu ir embora da fazenda, e foi realizar s...
69.2K 5.6K 72
Essa mina rouba minha brisa, Acelera o meu coração...