- Vamos nos atrasar. - Digo tentando me vestir.
Coloquei meu despertador pra tocar uns minutos mais cedo e eu e Thimoty tomamos banho juntos, fizemos amor no chuveiro e agora estamos nos arrumando, eu quero comer algo e do jeito que a coisa vai vamos nos atrasar.
- Estou checando o tecido. - O safado diz passando a mão na minha bunda.
Estou de calcinha e sutiã, hoje vou trabalhar com um terninho e casaco, pois está frio.
- A Luizinha parece bem acomodada. - Ele diz passando a mão na minha intimidade.
- Pode sossegar esse fogo na cueca e vai se arrumar. Não quero chegar atrasada. Se isso começar a acontecer vão falar que estou te levando para o mal caminho. - Digo e Thimoty se faz de coitado.
- Meu pênis está muito solitário, ele só quer fazer uma visita rápida para a Luizinha... pobre pênis do Thimoty tão mal compreendido e abandonado. - Ele diz e dou risada.
- Seu pau estava dentro de mim a minutos atrás! Agora controla esse fogo e vai se arrumar. Quero tomar café da manhã antes de sair. Vou comer cereal, uma banana, e um sanduíche. - Conto dos meus planos.
- Pobre Thimoty... vida cruel e triste para o Thimoty, as bolas de fogo devem estar vindo, elas vão acabar com tudo, vai ser o colapso. - Ele diz de forma teatral.
- Você vai ver o colapso se não começar a se arrumar. - Digo e me viro pra ele.
Dou um selinho em Thimoty, e sento um tapa na bunda dele quando vou para o banheiro pegar meu desodorante.
Ele resmunga algo e nem dou bola, passo meu perfume e volto para o quarto, Nos vestimos e então vamos tomar nosso café da manhã.
Pego meu notebook e entro no site de uma loja que vende camas e colchões, foi nessa loja que comprei minha cama box e a cabeceira da cama, eles entregam no mesmo dia desde que se pague uma pequena taxa de entrega.
- É do mesmo tamanho da minha cama, e da mesma marca. Vou comprar e agendar a entrega para as 19:00 horas. - Digo fazendo meu login no site.
- Esse leito é de casal. Seu irmão é donzelo, o correto seria ele dormir em um leito de solteiro. - Thimoty diz enfiando uma colher de cereal na boca.
Ele está do meu lado, pois coloquei uma cadeira ao lado da outra para ele espiar o site comigo.
- Ursinho, nós já falamos sobre isso de tamanho de cama, sem falar que se ele arrumar uma namorada vai ter mais conforto. - Explico calmamente de olho no site.
- Mas ele é donzelo. - Thimoty tenta se justificar.
- Thimoty quando o Diego chegar aqui você trata de fechar esse bico. O Diego ia ficar extremamente desconfortável e constrangido se você ficasse falando que ele é virgem. Então trata de controlar essa boca. - Já o alerto, afinal Thimoty pode ser um boca de trapo, e o pior é que pode falar as coisas sem se dar conta que vai deixar as pessoas desconfortáveis e constrangidas.
- Agora eu não sou mais donzelo e posso dar conselhos para os donzelos. Eu sou um homem experiente. - Thimoty diz movendo as sobrancelhas.
- Quem escuta acha que estamos transando a anos. - Digo negando com a cabeça.
Compro a cama e uma cabeceira bonita. Terminamos de tomar nosso café da manhã, então escovamos os dentes e saímos.
- Tá morta, tá de barriga pra cima. Graças aos céus. - Digo vendo uma barata morta na escada.
Saímos do prédio e entramos no carro. Parker sai guiando para a empresa e pego meu caderninho na bolsa.
Dou uma analisada em tudo e o plano vai ser comprar o restante das coisas depois que eu sair do trabalho.
Chegamos na empresa e tudo parece tranquilo. Subimos para o nosso andar e começamos o expediente.
- Senhor o pessoal do contrato C, acabou de chegar. - Roger diz entrando na sala, ele como sempre bateu na porta e só depois entrou.
- Claro, o esplendoroso contrato C. - Thimoty diz de um jeito estranho.
- Luíza eu tenho que resolver a questão desse contrato. É um contrato muito importante e envolve muitas cláusulas complexas... vou te deixar por alguns instantes solitária nessa sala... - Thimoty diz de forma teatral, pois ele gesticula.
- Tudo bem, eu vou continuar digitando esse documento. - Estou a uma meia hora trabalhando em um documento enorme, Roger pediu para eu ajudá-lo e estou fazendo o meu trabalho.
- Perfeito. O contrato C requer muito cuidado. Temos que ter cuidado com esse tipo de contrato, afinal um errinho e o colapso está formado. - Thimoty diz ainda de um jeito estranho.
- Pode ir tranquilo, e presta bastante atenção no contrato. - Digo e Thimoty assente.
- Pode ficar despreocupada, eu vou ficar atento. Mas antes de eu me retirar acho que meus lábios querem encostar nos seus, eles que querem, nem sou eu... - Thimoty diz com aquele jeitinho dele.
- Vem logo me dar um beijo e vai para a sua reunião, daqui a pouco você se atrasa. - Digo e Thimoty se aproxima me dando um selinho.
Ele me dá um selinho e me olha de um jeito diferente, então me senta um peteleco no braço.
- Você está lindaaaa... - Ele diz arrastado e só observo Roger nos olhando.
- Obrigadaaa... agora vá trabalhar, o coitado do Roger tá te esperando... - Digo e Thimoty parece se tocar.
- Eu te amo. - Ele diz me dando um sorrisinho e movendo as sobrancelhas.
- Eu também te amo. - Digo e Thimoty se vai, mas se vai de uma maneira estranha.
Ele anda até a porta de olho em mim, tô achando tão estranha a atitude dele, mas vindo de Thimoty tenho que me acostumar, afinal ele é peculiar.
Fico ali digitando o documento e é um verdadeiro aprendizado. Presto atenção em tudo e aos poucos vou fazendo o documento.
- COLAPSO! MILHARES DE FUNCIONÁRIOS E NENHUM PARA ME DAR SUPORTE! AS BOLAS DE FOGO ESTÃO VINDO, EU ESTOU SENTINDO... - Escuto Thimoty berrar e no segundo seguinte ele entra na sala parecendo um furacão.
- LUÍZA, MEU POBRE CORAÇÃO ESTÁ PARANDO, EU SINTO QUE É O MEU FIM. - Thimoty diz e fico até preocupada.
Será que outra pomba entrou prédio?
- O que aconteceu? - Pergunto me levantando.
- TODOS QUEREM ACABAR COMIGO. - Thimoty grita de maneira teatral.
- Para de berrar e me explica o que está acontecendo. - Falo me segurando pra não sentar um beliscão nele.
- A reunião estava sendo conduzida com perfeição, no momento da assinatura do contrato seria necessário três testemunhas, mas ninguém está disponível. Tudo está sendo arruinado. Minha vontade é de demitir a todos. Eu só tenho duas testemunhas e ninguém se disponibiliza para ser a terceira. - Thimoty diz e reviro os olhos.
- Calma, se eu entendi você só precisa de mais algum funcionário para assinar como testemunha? - Pergunto o fitando.
- Sim, mas as pessoas parecem estar ocupadas. Tudo está arruinado. - Ele diz jogando as mãos para o céu.
- Thimoty eu sou funcionária da empresa, posso assinar como testemunha. - Falo o óbvio, minha documentação foi toda atualizada e está tudo certo.
- Claro! Eu sou um bobalhão, não me dei conta que a solução está na minha frente. - Thimoty diz de uma maneira estranha e continua. - Todos estão na sala de reunião, são homens impacientes, deveríamos nos dirigir para o local imediatamente. - Thimoty diz e assinto.
Vou pra perto dele e Thimoty arregala os olhos.
- Você está bem? - Pergunto desconfiada.
- S... sim, tudo bem, perfeitamente bem, melhor do que nunca. - Ele diz e pega a minha mão.
Saímos andando para a sala de reuniões e penso que eu deveria pegar meus documentos.
- Thimoty vai precisar de algum documento meu? - Pergunto achando que pode precisar.
- Não, basta assinar as cinco vias, todos já assinaram e só falta uma assinatura, todos lá são impacientes, temos que ser rápidos, extremamente eficientes. - Ele diz e assinto.
- Bom dia. - Digo para os senhores, são cinco estranhos e Roger.
Todos estavam sentados, mas se levantaram quando entramos.
- Aqui está ela. Vamos assinar a papelada para finalizar a documentação. - Thimoty diz e vejo os papéis e uma caneta na mesa.
- Aonde assino? - Pergunto entendendo que não posso enrolar, afinal o ursinho disse que o povo é impaciente.
- Por favor, Senhora. Nesta linha. - Um dos Senhores diz apontando para o papel e assinto.
Rapidamente assino as cinco vias e o Senhor pega os papéis.
- Tudo feito. Meus parabéns, a Certidão e o contrato devem ficar prontos amanhã. - O homem diz e acho estranho, Certidão de quê? Será que Thimoty adquiriu algum imóvel? Pode ser uma Certidão que dão ao proprietário.
- Certidão? - Pergunto sondando.
- Ai... aí... meu peito... tem algo de errado! Me ajudem, eu... eu... - Thimoty diz segurando o peito e no segundo seguinte se abaixa, logo em seguida ele se deita de lado e desmaia.
- Thimoty! Thimoty! Me ajudem! Chamem uma ambulância! - Digo desesperada indo para cima de Thimoty.
Escuto um burburinho, mas só me abaixo e fico dando uns tapinhas de leve no rosto de Thimoty.
- Acorda! Não morre! - Digo desesperada e sem pensar sento um beliscão no braço dele.
Nisso Thimoty dá um berro e abre os olhos.
- Graças a Deus! Amor, fala comigo... fala comigo. - Digo e Thimoty faz cara de coitado.
- Dor... no peito... - Ele diz baixinho e fica piscando os olhos.
- Não fecha os olhos. Eu estou aqui, fica calmo, vamos para o hospital. Eu estou aqui, ursinho... eu estou aqui. - Digo e olho ao redor.
- ME AJUDEM! - Berro olhando ao redor.
- Os seguranças estão subindo, vamos levá-lo para o hospital. - Roger diz calmamente e fico chocada.
- Roger ele tá enfartando! - Falo desesperada.
- Deve ser gases. - Roger diz coçando a cabeça.
- Gases? - Pergunto sem entender.
- O último check-up que ele fez está ótimo, a saúde do Sr. Thimoty é perfeita. - Roger diz tranquilo.
- Amor seu braço tá formigando ou doendo? - Até onde sei dor no peito, braço direito formigando ou doendo podem ser sintomas de enfarto.
- Ahamm... - Thimoty diz e fico mais desesperada ainda.
Quando vou berrar outra vez me viro e vejo Parker com os seguranças.
- ME AJUDEM, ELE TÁ MORRENDO. - Peço exasperada.
Um dos seguranças que parece um armário se aproxima e vejo Roger cochichando algo com Parker, que também subiu com os seguranças.
- Vamos lá, Senhor. - O segurança armário diz e pega Thimoty o jogando nos seus ombros.
Thimoty é enorme e mesmo assim parece um saco de batatas no ombro do segurança.
- Amor eu tô aqui, fica calmo, ursinho. Aguenta firme. - Digo colocando a mão nos cabelos de Thimoty, estou atrás do segurança armário.
- Tenham calma, todos para os elevadores. - Parker diz e assim descemos.
Fico o tempo todo quase sentindo meu coração sair pela boca, e quando chegamos ao carro dou graças.
- Senhora Luíza, entre no carro, por favor, assim a Senhora ampara o Senhor Thimoty. - Parker diz e faço como ele pede.
Entro no carro e o segurança armário tira Thimoty dos ombros, ele coloca Thimoty no banco de trás.
- Vai ficar tudo bem, eu prometo. - Digo beijando a testa de Thimoty, ele mesmo enfartando conseguiu se ajeitar e está meio que deitado de lado, ele está encolhido e seu rosto está nos meus peitos.
O segurança armário bate à porta do carro e olho ao redor, vejo Roger falando com Parker e os seguranças, e fico tão brava.
- ELE VAI MORRER E VOCÊS TÃO AI DE CONVERSINHA! OU ALGUÉM ENTRA PRA DIRIGIR ESSA BOSTA DE CARRO, OU EU VOU CHUTAR A BUNDA DE TODO MUNDO. - Berro nervosa e Parker vem rapidamente para dentro do carro, o segurança armário entra no banco da frente do passageiro e assim Parker sai guiando o carro.
- Desculpe Senhora. Estávamos combinando para qual hospital levar o Sr. Thimoty. - Parker diz e assinto sem desviar os olhos de Thimoty.
Ele tem cara de coitado e me bate um medo.
- Fica comigo, nós não vamos nos separar... você não pode me deixar... - Digo chorando.
Vou o caminho todo até o hospital aos prantos. Começo a orar para que Thimoty fique bem.
Nós nem tivemos tempo de nada, foi tudo tão intenso e rápido que começa a me bater mais medo ainda.
Que ele fique bem e não me deixe. Meu amor por ele é verdadeiro, se algo de ruim acontecer nem sei como vai ser.