Thimoty

By Tyrelly

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Peculiar, incomparável e um tanto quanto excêntrico. Talvez essas palavras consigam definir Thimoty Baker. L... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Epílogo

Capítulo 22

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By Tyrelly

- Vamos nos atrasar. - Digo tentando me vestir.

Coloquei meu despertador pra tocar uns minutos mais cedo e eu e Thimoty tomamos banho juntos, fizemos amor no chuveiro e agora estamos nos arrumando, eu quero comer algo e do jeito que a coisa vai vamos nos atrasar.

- Estou checando o tecido. - O safado diz passando a mão na minha bunda.

Estou de calcinha e sutiã, hoje vou trabalhar com um terninho e casaco, pois está frio.

- A Luizinha parece bem acomodada. - Ele diz passando a mão na minha intimidade.

- Pode sossegar esse fogo na cueca e vai se arrumar. Não quero chegar atrasada. Se isso começar a acontecer vão falar que estou te levando para o mal caminho. - Digo e Thimoty se faz de coitado.

- Meu pênis está muito solitário, ele só quer fazer uma visita rápida para a Luizinha... pobre pênis do Thimoty tão mal compreendido e abandonado. - Ele diz e dou risada.

- Seu pau estava dentro de mim a minutos atrás! Agora controla esse fogo e vai se arrumar. Quero tomar café da manhã antes de sair. Vou comer cereal, uma banana, e um sanduíche. - Conto dos meus planos.

- Pobre Thimoty... vida cruel e triste para o Thimoty, as bolas de fogo devem estar vindo, elas vão acabar com tudo, vai ser o colapso. - Ele diz de forma teatral.

- Você vai ver o colapso se não começar a se arrumar. - Digo e me viro pra ele.

Dou um selinho em Thimoty, e sento um tapa na bunda dele quando vou para o banheiro pegar meu desodorante.

Ele resmunga algo e nem dou bola, passo meu perfume e volto para o quarto, Nos vestimos e então vamos tomar nosso café da manhã.

Pego meu notebook e entro no site de uma loja que vende camas e colchões, foi nessa loja que comprei minha cama box e a cabeceira da cama, eles entregam no mesmo dia desde que se pague uma pequena taxa de entrega.

- É do mesmo tamanho da minha cama, e da mesma marca. Vou comprar e agendar a entrega para as 19:00 horas. - Digo fazendo meu login no site.

- Esse leito é de casal. Seu irmão é donzelo, o correto seria ele dormir em um leito de solteiro. - Thimoty diz enfiando uma colher de cereal na boca.

Ele está do meu lado, pois coloquei uma cadeira ao lado da outra para ele espiar o site comigo.

- Ursinho, nós já falamos sobre isso de tamanho de cama, sem falar que se ele arrumar uma namorada vai ter mais conforto. - Explico calmamente de olho no site.

- Mas ele é donzelo. - Thimoty tenta se justificar.

- Thimoty quando o Diego chegar aqui você trata de fechar esse bico. O Diego ia ficar extremamente desconfortável e constrangido se você ficasse falando que ele é virgem. Então trata de controlar essa boca. - Já o alerto, afinal Thimoty pode ser um boca de trapo, e o pior é que pode falar as coisas sem se dar conta que vai deixar as pessoas desconfortáveis e constrangidas.

- Agora eu não sou mais donzelo e posso dar conselhos para os donzelos. Eu sou um homem experiente. - Thimoty diz movendo as sobrancelhas.

- Quem escuta acha que estamos transando a anos. - Digo negando com a cabeça.

Compro a cama e uma cabeceira bonita. Terminamos de tomar nosso café da manhã, então escovamos os dentes e saímos.

- Tá morta, tá de barriga pra cima. Graças aos céus. - Digo vendo uma barata morta na escada.

Saímos do prédio e entramos no carro. Parker sai guiando para a empresa e pego meu caderninho na bolsa.

Dou uma analisada em tudo e o plano vai ser comprar o restante das coisas depois que eu sair do trabalho.

Chegamos na empresa e tudo parece tranquilo. Subimos para o nosso andar e começamos o expediente.

- Senhor o pessoal do contrato C, acabou de chegar. - Roger diz entrando na sala, ele como sempre bateu na porta e só depois entrou.

- Claro, o esplendoroso contrato C. - Thimoty diz de um jeito estranho.

- Luíza eu tenho que resolver a questão desse contrato. É um contrato muito importante e envolve muitas cláusulas complexas... vou te deixar por alguns instantes solitária nessa sala... - Thimoty diz de forma teatral, pois ele gesticula.

- Tudo bem, eu vou continuar digitando esse documento. - Estou a uma meia hora trabalhando em um documento enorme, Roger pediu para eu ajudá-lo e estou fazendo o meu trabalho.

- Perfeito. O contrato C requer muito cuidado. Temos que ter cuidado com esse tipo de contrato, afinal um errinho e o colapso está formado. - Thimoty diz ainda de um jeito estranho.

- Pode ir tranquilo, e presta bastante atenção no contrato. - Digo e Thimoty assente.

- Pode ficar despreocupada, eu vou ficar atento. Mas antes de eu me retirar acho que meus lábios querem encostar nos seus, eles que querem, nem sou eu... - Thimoty diz com aquele jeitinho dele.

- Vem logo me dar um beijo e vai para a sua reunião, daqui a pouco você se atrasa. - Digo e Thimoty se aproxima me dando um selinho.

Ele me dá um selinho e me olha de um jeito diferente, então me senta um peteleco no braço.

- Você está lindaaaa... - Ele diz arrastado e só observo Roger nos olhando.

- Obrigadaaa... agora vá trabalhar, o coitado do Roger tá te esperando... - Digo e Thimoty parece se tocar.

- Eu te amo. - Ele diz me dando um sorrisinho e movendo as sobrancelhas.

- Eu também te amo. - Digo e Thimoty se vai, mas se vai de uma maneira estranha.

Ele anda até a porta de olho em mim, tô achando tão estranha a atitude dele, mas vindo de Thimoty tenho que me acostumar, afinal ele é peculiar.

Fico ali digitando o documento e é um verdadeiro aprendizado. Presto atenção em tudo e aos poucos vou fazendo o documento.

- COLAPSO! MILHARES DE FUNCIONÁRIOS E NENHUM PARA ME DAR SUPORTE! AS BOLAS DE FOGO ESTÃO VINDO, EU ESTOU SENTINDO... - Escuto Thimoty berrar e no segundo seguinte ele entra na sala parecendo um furacão.

- LUÍZA, MEU POBRE CORAÇÃO ESTÁ PARANDO, EU SINTO QUE É O MEU FIM. - Thimoty diz e fico até preocupada.

Será que outra pomba entrou prédio?

- O que aconteceu? - Pergunto me levantando.

- TODOS QUEREM ACABAR COMIGO. - Thimoty grita de maneira teatral.

- Para de berrar e me explica o que está acontecendo. - Falo me segurando pra não sentar um beliscão nele.

- A reunião estava sendo conduzida com perfeição, no momento da assinatura do contrato seria necessário três testemunhas, mas ninguém está disponível. Tudo está sendo arruinado. Minha vontade é de demitir a todos. Eu só tenho duas testemunhas e ninguém se disponibiliza para ser a terceira. - Thimoty diz e reviro os olhos.

- Calma, se eu entendi você só precisa de mais algum funcionário para assinar como testemunha? - Pergunto o fitando.

- Sim, mas as pessoas parecem estar ocupadas. Tudo está arruinado. - Ele diz jogando as mãos para o céu.

- Thimoty eu sou funcionária da empresa, posso assinar como testemunha. - Falo o óbvio, minha documentação foi toda atualizada e está tudo certo.

- Claro! Eu sou um bobalhão, não me dei conta que a solução está na minha frente. - Thimoty diz de uma maneira estranha e continua. - Todos estão na sala de reunião, são homens impacientes, deveríamos nos dirigir para o local imediatamente. - Thimoty diz e assinto.

Vou pra perto dele e Thimoty arregala os olhos.

- Você está bem? - Pergunto desconfiada.

- S... sim, tudo bem, perfeitamente bem, melhor do que nunca. - Ele diz e pega a minha mão.

Saímos andando para a sala de reuniões e penso que eu deveria pegar meus documentos.

- Thimoty vai precisar de algum documento meu? - Pergunto achando que pode precisar.

- Não, basta assinar as cinco vias, todos já assinaram e só falta uma assinatura, todos lá são impacientes, temos que ser rápidos, extremamente eficientes. - Ele diz e assinto.

- Bom dia. - Digo para os senhores, são cinco estranhos e Roger.

Todos estavam sentados, mas se levantaram quando entramos.

- Aqui está ela. Vamos assinar a papelada para finalizar a documentação. - Thimoty diz e vejo os papéis e uma caneta na mesa.

- Aonde assino? - Pergunto entendendo que não posso enrolar, afinal o ursinho disse que o povo é impaciente.

- Por favor, Senhora. Nesta linha. - Um dos Senhores diz apontando para o papel e assinto.

Rapidamente assino as cinco vias e o Senhor pega os papéis.

- Tudo feito. Meus parabéns, a Certidão e o contrato devem ficar prontos amanhã. - O homem diz e acho estranho, Certidão de quê? Será que Thimoty adquiriu algum imóvel? Pode ser uma Certidão que dão ao proprietário.

- Certidão? - Pergunto sondando.

- Ai... aí... meu peito... tem algo de errado! Me ajudem, eu... eu... - Thimoty diz segurando o peito e no segundo seguinte se abaixa, logo em seguida ele se deita de lado e desmaia.

- Thimoty! Thimoty! Me ajudem! Chamem uma ambulância! - Digo desesperada indo para cima de Thimoty.

Escuto um burburinho, mas só me abaixo e fico dando uns tapinhas de leve no rosto de Thimoty.

- Acorda! Não morre! - Digo desesperada e sem pensar sento um beliscão no braço dele.

Nisso Thimoty dá um berro e abre os olhos.

- Graças a Deus! Amor, fala comigo... fala comigo. - Digo e Thimoty faz cara de coitado.

- Dor... no peito... - Ele diz baixinho e fica piscando os olhos.

- Não fecha os olhos. Eu estou aqui, fica calmo, vamos para o hospital. Eu estou aqui, ursinho... eu estou aqui. - Digo e olho ao redor.

- ME AJUDEM! - Berro olhando ao redor.

- Os seguranças estão subindo, vamos levá-lo para o hospital. - Roger diz calmamente e fico chocada.

- Roger ele tá enfartando! - Falo desesperada.

- Deve ser gases. - Roger diz coçando a cabeça.

- Gases? - Pergunto sem entender.

- O último check-up que ele fez está ótimo, a saúde do Sr. Thimoty é perfeita. - Roger diz tranquilo.

- Amor seu braço tá formigando ou doendo? - Até onde sei dor no peito, braço direito formigando ou doendo podem ser sintomas de enfarto.

- Ahamm... - Thimoty diz e fico mais desesperada ainda.

Quando vou berrar outra vez me viro e vejo Parker com os seguranças.

- ME AJUDEM, ELE TÁ MORRENDO. - Peço exasperada.

Um dos seguranças que parece um armário se aproxima e vejo Roger cochichando algo com Parker, que também subiu com os seguranças.

- Vamos lá, Senhor. - O segurança armário diz e pega Thimoty o jogando nos seus ombros.

Thimoty é enorme e mesmo assim parece um saco de batatas no ombro do segurança.

- Amor eu tô aqui, fica calmo, ursinho. Aguenta firme. - Digo colocando a mão nos cabelos de Thimoty, estou atrás do segurança armário.

- Tenham calma, todos para os elevadores. - Parker diz e assim descemos.

Fico o tempo todo quase sentindo meu coração sair pela boca, e quando chegamos ao carro dou graças.

- Senhora Luíza, entre no carro, por favor, assim a Senhora ampara o Senhor Thimoty. - Parker diz e faço como ele pede.

Entro no carro e o segurança armário tira Thimoty dos ombros, ele coloca Thimoty no banco de trás.

- Vai ficar tudo bem, eu prometo. - Digo beijando a testa de Thimoty, ele mesmo enfartando conseguiu se ajeitar e está meio que deitado de lado, ele está encolhido e seu rosto está nos meus peitos.

O segurança armário bate à porta do carro e olho ao redor, vejo Roger falando com Parker e os seguranças, e fico tão brava.

- ELE VAI MORRER E VOCÊS TÃO AI DE CONVERSINHA! OU ALGUÉM ENTRA PRA DIRIGIR ESSA BOSTA DE CARRO, OU EU VOU CHUTAR A BUNDA DE TODO MUNDO. - Berro nervosa e Parker vem rapidamente para dentro do carro, o segurança armário entra no banco da frente do passageiro e assim Parker sai guiando o carro.

- Desculpe Senhora. Estávamos combinando para qual hospital levar o Sr. Thimoty. - Parker diz e assinto sem desviar os olhos de Thimoty.

Ele tem cara de coitado e me bate um medo.

- Fica comigo, nós não vamos nos separar... você não pode me deixar... - Digo chorando.

Vou o caminho todo até o hospital aos prantos. Começo a orar para que Thimoty fique bem.

Nós nem tivemos tempo de nada, foi tudo tão intenso e rápido que começa a me bater mais medo ainda.

Que ele fique bem e não me deixe. Meu amor por ele é verdadeiro, se algo de ruim acontecer nem sei como vai ser.

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